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Todos os números mostram
que estamos vivendo no meio de uma bomba jovem no Brasil,
que só tende a piorar. Cada vez mais jovens, especialmente
nos grandes centros, engrossam a marginalidade, o que explica,
em larga medida, a violência.
O episódio do assassinato do
casal de namorados em São Paulo mostrou dramaticamente
a periculosidade dessa bomba, o que está motivando
essa campanha pela redução da maioridade penal.
É necessário, porém, ir mais fundo.
Há tempos, muitos estudiosos,
baseados nas estatísticas sombrias, têm alertado
para o óbvio: o país precisa urgentemente de
uma política para a juventude, unificando programas
federais, estaduais e municipais, associados a entidades não-governamentais,
devidamente focados nas regiões mais vulneráveis.
O que de deve perguntar é
o seguinte: quantas mais mortes serão necessárias
para que não fiquemos mais parados e se crie uma política
consistente para a juventude?
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