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O paradoxo de Lula

O programa "Fome Zero" revelou uma curiosa marca nos primeiros trinta dias de mandato do presidente Lula: o governo está sendo profissional em economia, área em que havia os maiores temores de improvisação, mas amador em questões sociais, a especialidade histórica do PT, incubadora dos melhores programas de renda mínima do país.

Por ser orientado mais pelo marketing e menos pelo rigor técnico, o programa de combate à fome transformou-se num contra-exemplo de política contra a miséria, alvo de críticas e até mesmo de pilhérias.

Descamba para o deboche a criação de comitês para investigar como o indigente vai gastar seu dinheiro, submetido a uma auditoria e obrigado a colecionar documentos e testemunhos sobre sua vida intestinal. Sinceramente, ainda não consegui entender como Lula aprovou tamanha asneira, expondo-se a um desgaste desnecessário, capaz de comprometer sua principal prioridade social. Revela-se aqui uma deficiência, grave, de assessoria ou de teimosia preocupante do presidente.

Se o mesmo amadorismo tivesse sido usado na orientação econômica, podem apostar que o dólar já estaria valendo bem mais do que R 4,00 e possivelmente estaríamos discutindo algum tipo de moratória, em meio a fugas de capitais.

No final, repete-se a lógica de que o econômico sempre merece mais seriedade do que o social.

 
 
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