Os
animais do futebol estão soltos
O tema
do Carnaval de São Paulo deste ano é a paz.
Depois do que acabamos de assistir, o tema parece até
piada de mau gosto: rivalidades entre torcidas, cujos blocos
desfilaram no Sambódromo, geraram uma carnificina inusitada
até para os nossos padrões. A culpa é,
em boa parte, da polícia.
Há
anos estamos assistindo à guerra entre torcidas, transformadas
em gangues uniformizadas. A polícia investe aqui e
ali contra a fúria desses animais futebolísticos,
reprimindo, de um lado, e tentando, de outro, o diálogo.
Por conta
desses animais, o futebol perdeu a alegria e querem, agora,
entristecer o Carnaval.
O problema
é que a polícia simplesmente não faz
o que deveria fazer para acabar com essa selvageria. Eles
deveriam usar sistemas de inteligência para prender
líderes delinquentes das torcidas organizadas, interceptando
conversas telefônicas e infiltrando agentes. O que vimos
no sábado é reflexo da impunidade.
O ideal
para esses animais talvez nem fosse a cadeia, onde as pessoais
saem pior do que entram, se é que, nesse caso, é
possível piorar.
O correto
seria dar uma pena alternativa para que eles trabalhassem
num pronto-socorro público para ver o que sente uma
pessoa quebrada. Em Brasília, juizes deram essa pena
a adolescentes que dirigiam em alta velocidade e funcionou.
|
|
|
Subir
|
|
|