Sobrevivência
de regimes políticos depende do crescimento econômico
Quanto mais
alta for a renda per capita de uma nação mais chances
ela tem de permanecer democrática. É o que aponta
pesquisa desenvolvida por cientistas políticos de três
universidades americanas (Yale, DePaul e New Yok University) e pela
Universidade de São Paulo, que analisaram regimes políticos
-ascensão e morte- de 135 países no período
de 40 anos (1950 -1990). O resultado do estudo está no livro
"Democracy and Development"(editora Cambridge, 312 págs,
US$ 20).
O limiar de
transições de regimes democráticos para autoritários
registrados pela pesquisa está na renda da população.
Na média, quando há uma faixa de renda entre US$ 4
mil e US$ 6 mil existe uma pequena possibilidade de transição
de um regime democrático para um regime autoritário.
Estima-se que, nesse contexto, a expectativa de vida da democracia
seja de 75 anos. Na verdade, os regimes democráticos encontram
maior perigo quando apresentam uma renda abaixo de US$ 1 mil.
Nessa relação
de crescimento econômico e democracia, não há
uma distinção entre regimes consolidados e não
consolidados. Os risco de um regime é independente da idade
da democracia, alerta o livro. Isto é, se uma ditadura manter
altos índices de crescimento econômico, poderá
se manter até a onda desenvolvimentista passar. É
o pleno desenvolvimento da dobradinha política-economia que
dita as regras.
(Valor)
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