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Dia 20.12.02

 

Nova pesquisa do IBGE eleva desemprego para 10,9% em SP

A nova Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já mostra mudanças importantes no cálculo de indicadores do mercado de trabalho do país. A taxa de desemprego oficial saltou de 7,1% em novembro, de acordo com os antigos critérios de medição, para 10,9%, atingindo dois dígitos e se aproximando mais da taxa da Fundação Seade, de São Paulo.

A renda média do trabalhador - que vinha em ritmo de queda desde janeiro de 1991 pela pesquisa antiga, apresentou um crescimento de 3,75% em outubro, passando de R$ 826,06 para R$ 857,10 nos cálculos da nova PME. Na conta velha, a renda foi de R$ 797, 82 ou 3,9% abaixo do valor apresentado no igual mês de 2001.

Shyrlene Ramos, coordenadora da pesquisa, atribuiu parte das discrepâncias entre os indicadores as alterações na metodologia dos levantamentos. Na nova PME, a idade mínima para a População em Idade Ativa (PIA) cai de 15 para 10 anos, abrangendo um universo maior de pessoas.

No novo cenário, o país passa a ter um contingente de desempregados muito maior que o levantado anteriormente e certamente a taxa de desemprego medida pelo IBGE no governo Lula será maior que no governo FHC.

Leia mais:
- Mudança na metodologia do IBGE eleva desemprego em SP para 10,9%

Leia também:
- Pesquisa Seade/Dieese projeta taxa de 19% para o fechamento do ano

 

 
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Mudança na metodologia do IBGE eleva desemprego em SP para 10,9%

A nova Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, já mostra mudanças importantes no cálculo de indicadores do mercado de trabalho do país. A taxa de desemprego oficial saltou de 7,1% em novembro, de acordo com os antigos critérios de medição, para 10,9%, atingindo dois dígitos e se aproximando mais da taxa da Fundação Seade, de São Paulo.

A renda média do trabalhador - que vinha em ritmo de queda desde janeiro de 1991 pela pesquisa antiga, apresentou um crescimento de 3,75% em outubro, passando de R$ 826,06 para R$ 857,10 nos cálculos da nova PME. Na conta velha, a renda foi de R$ 797, 82 ou 3,9% abaixo do valor apresentado no igual mês de 2001.

Shyrlene Ramos, coordenadora da pesquisa, atribuiu parte das discrepâncias entre os indicadores as alterações na metodologia dos levantamentos. Na nova PME, a idade mínima para a População em Idade Ativa (PIA) cai de 15 para 10 anos, abrangendo um universo maior de pessoas. Além disso, o instituto incorporou novos municípios às seis regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) e ampliou o prazo de abrangência da coleta de dados de uma semana para 30 dias. A nova PME adotou ainda a coleta eletrônica de dados e incorporou sub-ocupados e desalentados ao seu universo.

No novo cenário, o país passa a ter um contingente de desempregados muito maior que o levantado anteriormente e certamente a taxa de desemprego medida pelo IBGE no governo Lula será maior que no governo FHC.

O presidente do instituto, Sérgio Besserman, reagiu a esta observação. Ele fez questão de frisar , na entrevista, que a divulgação do novo modelo de pesquisa, que captou taxas de desemprego mais altas que a metodologia antiga, não tem motivos políticos e nada a ver com o resultado das eleições.

Em números absolutos, o total de pessoas desocupadas que estão em busca de trabalho em novembro somaram 1.198.841, dentro dos critérios adotados até então pela PME, expandindo para 2.226.621 na metodologia nova.

No que se refere as diferenças observadas na medição do rendimento, Shyrlene culpou à influência do índice deflator. " O deflacionamento da taxa média de desemprego das seis regiões era feito pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) das 11 regiões metropolitanas do Brasil mais o Distrito Federal. Agora, passa a ser feito pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) médio das seis regiões.

A coordenadora da PME adianta, porém, que o IBGE ainda não fez uma análise de compatibilização das duas pesquisas no caso do cálculo do rendimento. Mas, ela argumenta que além da diferença do deflator usado, pode-se levar também em conta a inclusão de rendimentos de outras parcelas de trabalhadores, como as crianças de 10 a 14. A taxa de desemprego calculada pela antiga PME não será mais divulgada. Ela será calculada apenas para compor sua série histórica.

(Valor - 20/12/02)

 

 
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Pesquisa Seade/Dieese projeta taxa de 19% para o fechamento do ano

A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo deve terminar o ano próxima a 19% da População Economicamente Ativa (PEA), estima o diretor técnico do Dieese, Sérgio Mendonça. Para a elaboração da projeção, Mendonça considera que o contingente de desempregados em dezembro diminuirá.

Embora alta, o técnico garante que a taxa ficará abaixo do recorde de 19,3%, verificado em 1999. No pior dos cenários, a taxa média de desemprego em 2002 deve situar-se em 19,1% da PEA. No ano passado, esse índice ficou no patamar dos 17,6%.

Hoje, o Dieese e o Seade divulgaram a Pesquisa de Emprego e Desemprego da região metropolitana de São Paulo relativa a novembro. O índice permaneceu inalterado, em 19%, ante outubro. Apesar da estabilidade, o técnico nota que este resultado é "preocupante", uma vez que se trata de um mês em que o desemprego deveria estar recuando. Mendonça destacou o reflexo dos problemas macroeconômicos observados na segunda metade de 2002 sobre o mercado de trabalho.

O mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo viverá um primeiro semestre "tenso" no próximo ano, antevê o diretor técnico do Dieese, Sérgio Mendonça. Ele vislumbra, contudo, uma melhora do quadro na segunda metade de 2003.

Para o técnico, a possível persistência da pressão inflacionária nos primeiros seis meses do ano, aliada à eventual manutenção dos juros num patamar elevado, turbulências externas e a tensão do início do governo devem afetar negativamente o mercado de trabalho. Na sua avaliação, a próxima gestão não terá no curto prazo margem de manobra no que diz respeito à possível corte de juros.

Mendonça nota que essas pressões devem influenciar as negociações coletivas dos trabalhadores. Segundo estima, no curto prazo, a reindexação salarial não será bandeira do movimento sindical.

No entanto, o técnico acredita que há chances de um cenário melhor no segundo semestre de 2003. Mendonça pondera, contudo, que o país está sujeito a choques externos pesados como, por exemplo, possível ataque ao Iraque que alçaria fortemente os preços da commodity com conseqüentes reflexos no Brasil.

Ele considera que eventual choque de confiança no novo governo pode fazer com que o dólar e o risco Brasil recuem. Além da manutenção do bom desempenho do saldo comercial, ele lembra que são esperados bons resultados da safra agrícola em 2003. Com isso, considera, as linhas de crédito podem retornar e a economia retomaria sua trajetória ascendente.

O Dieese e o Seade consideram que a taxa média de desemprego no ano que vem deve ser inferior à verificada em 2002, situando-se entre 18,4% e 18,5% da População Economicamente Ativa (PEA) em São Paulo, contra projeção de cerca de 19% esperada para este ano.

(Valor - 20/12/02)

 

 
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