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Dia 29.05.02

 

Brasil é prata no ranking do desemprego mundial

Por pouco o Brasil não assegura mais uma medalha de ouro em suas conquistas. A situação periclitante do emprego garantiu ao país o segundo lugar no ranking mundial do desemprego em números absolutos, com 11,454 milhões de pessoas sem trabalho em 2000. Perde apenas para a Índia, que tem 41,344 milhões de desempregados.

Os dados fazem parte do estudo "Globalização e Desemprego: Breve Balanço da Inserção Brasileira", divulgado ontem pela Secretaria de Desenvolvimento,Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo. Os números referem-se ao ano 2000, com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da OIT (Organização Internacional do Trabalho), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, entre outras entidades internacionais.

Enquanto isso, o próprio tucanato troca acusações. Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, a culpa por toda essa situação é da políticas econômicas do governo de Fernando Henrique Cardoso e dos altos juros do mercado. Afinal, é justamente esse juro que, somado à queda da renda, impedem o crescimento econômico brasileiro. Resultado: queda no Produto Interno Bruto (PIB) e mais desemprego.

Cabe aqui lembrar, que, no mês de abril o desemprego bateu recorde, passando para 20,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Como disse o colunista José Simão, do jornal Folha de S. Paulo, "trabalho no Brasil , só se for de macumba".

Leia mais:
- Brasil é o 2º do mundo em desemprego

Leia também:
- Economia surpreende e PIB piora pouco
- Pesquisa aponta escassez de empregos permanentes

 

 
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Brasil é o 2º do mundo em desemprego

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial do desemprego em números absolutos, com 11,454 milhões de pessoas sem trabalho em 2000. Perde apenas para a Índia, com 41,344 milhões de desempregados.

Há 20 anos, o país estava na nona posição, com 964,2 mil desempregados. Em 90, ocupava o sexto lugar, com 2,368 milhões. Em 2000, havia 164,4 milhões de desempregados no mundo.

Os dados fazem parte do estudo "Globalização e Desemprego: Breve Balanço da Inserção Brasileira", divulgado ontem pela Secretaria de Desenvolvimento,Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo. Os números referem-se ao ano 2000, com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da OIT (Organização Internacional do Trabalho), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, entre outras entidades internacionais.

"Os países desenvolvidos sofreram mais com o desemprego na década de 80. A partir dos anos 90 -e, portanto, da globalização-, a desigualdade entre as nações aumentou. Os mais desenvolvidos colheram melhores resultados econômicos e sociais, registrando queda na participação no desemprego mundial. As nações não-desenvolvidas perderam participação no PIB [Produto Interno Bruto" e ganharam no desemprego", disse o secretário municipal do Trabalho, o economista Marcio Pochmann. "Também quebra o mito de que a inovação tecnológica traz o desemprego. Não, ela aumenta as chances de crescimento de um país."

O secretário cita como exemplo o que ocorreu nos países que integram o G-7 (grupo que reúne os países mais ricos do mundo). Em 80, dos oito países com maior número de desempregados, cinco pertenciam a esse grupo: EUA, Itália, Inglaterra, França e Japão. Em 2000, eram apenas três -EUA, Alemanha e Japão.

"Os países em desenvolvimento fizeram o caminho inverso. O Brasil perdeu participação na soma do PIB e disparou no ranking do desemprego mundial, superando o total de desempregados dos EUA, da Rússia, da Alemanha e até da Indonésia", afirmou.

O estudo revela ainda que, apesar de o Brasil possuir 3% de toda a força de trabalho do mundo, responde por 7% do desemprego mundial. Há duas décadas, concentrava 2,6% da PEA (População Economicamente Ativa) e 1,7% do desemprego mundial.

Em relação à taxa de desemprego, levantamento feito com 114 países mostra que o Brasil passou da 91ª posição com 2,2%, em 80, para o 23º lugar, com 15% de taxa de desemprego, em 2000, ficando atrás da Argentina, na 22ª posição com 15,1%. Já os EUA passaram do 27º lugar nesse ranking, com 7,2% de taxa de desemprego, em 80, para o 64º em 2000, com 4%.

Para Pochmann, o Brasil se inseriu "mal" no mundo globalizado. "A falta de políticas voltadas para a expansão econômica associada à globalização fez com que o país abrisse sua economia sem critérios. Fomos passivos nesse processo. O resultado foi desastroso para o mercado de trabalho." Ele cita como exemplo de perda de oportunidade a instalação de bancos estrangeiros no Brasil. "Poderíamos deixar que viessem em troca de reduzir a nossa dívida externa."

O secretário também afirmou que a crise do emprego pode ser invertida se houver crescimento econômico de 6% a 7% ao ano, necessário para gerar cerca de 1,6 milhão de vagas para absorver o número de trabalhadores que ingressam todo ano no mercado de trabalho, além de aumento das exportações e de políticas de incentivo ao crédito.

(Folha de S. Paulo)

 

 
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Economia surpreende e PIB piora pouco

A produção brasileira de bens e serviços (o PIB) nos primeiros três meses do ano diminuiu menos que a média das previsões de analistas privados, que era de cerca de -1,6%, também o número cravado pela previsão do Ipea (instituto de pesquisas econômicas ligado ao governo federal).

Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, nos primeiros três meses do ano o país produziu 0,73% menos que no primeiro trimestre de 2001, quando a economia estava aquecida e se previa um crescimento de 4% ou 5% para o ano todo (acabou sendo de 1,51% devido ao racionamento e aos juros altos). Como a base de comparação era alta e a economia não dá sinais de reação, esperava-se resultado pior. Com os números disponíveis ainda não é possível explicar a relativa melhora -ou piora menos expressiva.

No entanto, a produção acumulada nos últimos 12 meses mostra estagnação: o Produto Interno Bruto cresceu apenas 0,29%, menos que a população do país, que tem aumentado cerca de 1,3% ao ano. Isto é, os brasileiros continuam a empobrecer. De resto, o PIB encolheu pelo segundo trimestre consecutivo em relação ao mesmo período de 2001.

Para economistas ouvidos pela Folha, incluindo os do IBGE, responsáveis pelo cálculo, a queda em dois trimestres sucessivos não significa que o país está em recessão, embora esse seja um dos muitos conceitos para definir o termo. "Há uma desaceleração do ritmo de crescimento. Não dá para dizer que é recessão", afirma Eduardo Pereira Nunes, diretor de Contas Nacionais do IBGE.

Nunes argumenta com o número que compara o PIB do primeiro trimestre deste ano com o do último trimestre de 2001. Na comparação, a economia cresceu 1,34%. Normalmente, os economistas consideram a comparação com o período anterior como mais adequada para medir a tendência da economia. Neste caso, os técnicos do IBGE preferem esperar o próximo trimestre. "Não dá para falar em recuperação", diz Roberto Olinto, coordenador da Equipe Técnica do PIB.

Os técnicos também avaliam que não dá para jogar toda a culpa da queda do PIB no efeito estatístico provocado pela base de comparação elevada (no primeiro trimestre de 2001 ele havia crescido 4,33%). Para eles, a construção civil caiu 8,9% e não foi por efeito da base, da mesma forma que a queda de 23,4% da indústria de veículos foi um fato real.

"A verdade é que o consumidor está angustiado e o empresário está em compasso de espera", afirma a economista Virene Roxo Matesco, professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Segundo ela, o consumidor está sofrendo com a queda de renda, com o desemprego e com os juros altos. Por isso, não compra. A economista avalia que os juros fazem hoje o papel que era feito pela inflação como redutor de renda da população mais pobre.
Quanto ao empresário, Virene avalia que ele decidiu adiar seus investimentos até ter clareza das propostas dos candidatos à Presidência da República. Com isso, a economia estaria encolhida tanto pelo lado da oferta (empresas) como da procura (consumidor).

Mas ela rejeita a hipótese de recessão."Vivemos uma desaceleração, que é a redução do uso da capacidade produtiva. Recessão é a redução dessa própria capacidade produtiva", afirma.

Eustáquio Reis, diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, também rejeita a idéia de que o país esteja em recessão, mas não vê sinais de melhoria. "A recuperação não foi consistente até o momento."

A queda da renda, o desemprego e a interrupção da queda dos juros estariam na raiz dos problemas. O Ipea prevê que este ano a economia brasileira não crescerá mais de 2%. Quanto à queda do PIB ter sido menor que a esperada, Reis entende que foi apenas uma questão de "magnitude".

(Folha de S. Paulo)

 

 
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Pesquisa aponta escassez de empregos permanentes

Pesquisa divulgada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que pelo menos metade dos domicílios na cidade de São Paulo possui pessoas sem um emprego permanente. De acordo com o levantamento - encomendado pela associação à empresa Toledo e Associados -, 50% das mil pessoas pesquisadas responderam que não possuem um trabalho regular. "Os números do levantamento são assustadores", disse o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, que participou do anúncio do estudo. "Mostram o grau de distorção a que chegou o mercado de trabalho."

A pesquisa, que utiliza metodologia qualitativa - diferente da usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), ligada ao governo de São Paulo -, aponta ainda que, do total de entrevistados, somente 21% possui trabalho fixo com carteira de trabalho assinada. "Este tipo de emprego se tornou um bem de luxo", comentou Gianetti, acrescentando que a proporção de pessoas com carteira assinada é menor do que as que possuem automóveis e computadores. Segundo o levantamento, 46% dos pesquisados possuem carros e 27% têm microcomputadores em casa.

Para Gianetti da Fonseca, o quadro de desemprego no País está se agravando. "O Brasil cresce pouco e as instituições não facilitam a criação de emprego", disse. Segundo o economista, nos últimos oito anos o Brasil apresentou crescimento médio de 2,3%, número insuficiente para incorporar o aumento da População Economicamente Ativa (PEA).

O estudo da Toledo e Associados foi realizado em março, e tem como objetivo verificar como os entrevistados se colocam no mercado de trabalho. Segundo os dados, dos 50% que não possuem trabalho permanente, 51% estão desempregados e procurando trabalho; 26% estão desempregados, fazendo "bicos" e buscando emprego; 14% estão desempregados e fazendo "bico"; e outros 8% estão sem trabalho e não procuram emprego.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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