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Semana de 11.02.02 a 17.02.02

 

Crianças das favelas cariocas preferem o tráfico à escola

As crianças das favelas cariocas preferem trabalhar para o tráfico a ir à escola. Um dos motivos é a percepção de que o grau de escolaridade não significa, automaticamente, retorno financeiro em futuro próximo. Elas sabem ainda que a competição social é desigual, pois a qualidade do ensino público é inferior ao particular. Some-se a isso a carga horária integral do trabalho para narcotraficantes. O tráfico exige ação, movimento, disponibilidade de ficar ligado o tempo inteiro.

Os dados são parte e uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS). O estudo, encomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ouviu 50 menores e jovens, entre 12 e 33 anos, de 12 comunidades carentes da cidade, empregados no mercado ilegal de entorpecentes. A pesquisa identificou justificativas distintas para explicar os motivos que levaram esses garotos a entrar no tráfico.

Os menores de 18 anos apontaram, em primeiro lugar, a identidade com o grupo, seguida da adrenalina natural à atividade. Ajudar a família e o desejo de ganhar dinheiro foi a terceira principal justificativa. No quadro de remuneração do tráfico, levantado pelo IETS, um olheiro (vigia), cargo mais baixo na hierarquia do comércio ilegal de drogas, ganha entre R$ 600,00 e R$ 1 mil por semana, com carga horária variável entre 40 e 72 horas.


Leia mais:
- Crianças preferem o tráfico à escola no Rio
- "Percebi que teria o que quisesse no movimento"


 
 
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