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Semana de 19.11.01 a 25.11.01

 

Mulheres grávidas começam a ser contratadas

Mesmo grávidas, as mulheres começam a ser contratadas pelas grandes empresas. Elas não são o padrão de contratações e acontecem, na maioria, com profissionais de nível gerencial para cima dentro das empresas. A redução do preconceito se deve, segundo especialistas, ao crescimento do número de companhias estrangeiras no país, principalmente depois das privatizações.

As mulheres representam 40% da força de trabalho no país e ainda são alvo de discriminação. Apesar de todas as conquistas, seus rendimentos equivalem a 60% do que ganham os homens. No que se refere à maternidade, a situação só começou a mudar de cinco anos para cá. Até então as recém-casadas entre 25 e 35 anos e sem filhos formavam um "grupo de risco" que deveria ser evitado.

O novo espaço conquistado tem um preço: em geral, a mulher tem a licença-maternidade reduzida de quatro meses para três. É um acordo informal - a licença é um direito constitucional - que beneficia ambos os lados. A empresa não deixa de contratar uma profissional competente e a mulher não perde a oportunidade de um bom emprego.

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Empresas começam a abrir espaço para a contratação de mulheres grávidas

Ana Cristina Dutra, 32 anos, estava no terceiro mês de gravidez quando terminou o mestrado no Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead), no Rio de Janeiro. À espera do primeiro filho, achou inútil participar do recrutamento que algumas empresas fazem ao fim do curso com os recém-formados.

"Nunca pensei que me chamariam para alguma vaga", diz. Por insistência dos colegas, mandou o currículo para três seleções, pensando apenas em alguma oportunidade no futuro. A surpresa: depois de entrevistas em que falou abertamente da gravidez, foi selecionada para testes e ganhou o emprego em duas empresas. Descartou a vaga em um banco e optou pela Repsol YPF, grupo espanhol do setor de petróleo.

O crescimento da barriga não a impediu de ficar até mais tarde nos dias necessários e trabalhar até a véspera do nascimento de seu filho, Gabriel, que hoje está com 1 ano e meio. "Ela era a melhor candidata e pensamos a longo prazo", diz o diretor de recursos humanos da Repsol no Brasil, Marcelo Nóbrega.

Histórias como a de Ana Cristina ainda não são o padrão de contratações e acontecem, em maioria, com profissionais de nível gerencial para cima dentro das empresas. Mas mostram que o preconceito começa a diminuir mesmo quando não se é a superexecutiva Maria Silvia Bastos Marques, que, em 1996, assumiu o comando da Companhia Siderúrgica Nacional no quarto mês de gestação de gêmeos.

"No último ano, tivemos três contratações de grávidas. Notamos que isso reforça seu comprometimento com a empresa", diz Joaquim de Sousa Correia, diretor de recursos humanos da Embratel, que pretende aumentar a presença feminina, hoje de 30%, em seu quadro de pessoal.

As mulheres representam 40% da força de trabalho no país e ainda são alvo de discriminação. Apesar de todas as conquistas, seus rendimentos equivalem a 60% do que ganham os homens. No que se refere à maternidade, a situação só começou a mudar de cinco anos para cá. Até então as recém-casadas entre 25 e 35 anos e sem filhos formavam um "grupo de risco" que deveria ser evitado.

O novo espaço conquistado tem um preço: em geral, a mulher tem a licença-maternidade reduzida de quatro meses para três. É um acordo informal - a licença é um direito constitucional - que beneficia ambos os lados. A empresa não deixa de contratar uma profissional competente e a mulher não perde a oportunidade de um bom emprego.

Para especialistas, o crescimento do número de companhias estrangeiras no país, principalmente depois das privatizações, ajudou a reduzir desigualdades no mercado de trabalho. "Esses grupos trouxeram políticas de recursos humanos nas quais minorias e mulheres não são discriminadas. O que vale é o talento", diz o headhunter Antônio Carlos Martins, presidente da Perfil Consultores. Bem-vinda seja a mudança.


(Veja)

 
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