Reforma
trabalhista virá aos poucos, afirma ministro
A reforma trabalhista
deverá ser encaminhada de forma "fatiada" para
votação no Congresso. É no que acredita o ministro
do Trabalho, Jaques Wagner. A idéia é que o Fórum
Nacional do Trabalho negocie capítulo por capítulo
da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e os envie
ao Legislativo após consenso entre empregadores e funcionários.
Ele informou
que a negociação sobre a estrutura sindical, considerada
uma das mais polêmicas, já começou Na próxima
semana, o tema em pauta será o das negociações
coletivas. Depois, virá a composição dos conflitos
trabalhistas. Cada tema é discutido por um dos oito grupos
temáticos que atuam no fórum. Ao todo, são
21 representantes dos empregadores, 21 dos trabalhadores, 21 do
governo e nove de outras entidades, como cooperativas.
Ainda justificando
a iniciativa de fatiar a reforma, Wagner disse que, ao contrário
das mudanças nos sistema tributário e previdenciário,
onde o governo é o "grande ente arrecadador e pagador",
na trabalhista os protagonistas são as empresas e os trabalhadores.
"É óbvio que o Estado tem o papel de promover
o equilíbrio quando há uma assimetria de forças.
É o papel de mediador". Segundo ele, a reforma será
encaminhada ao Congresso entre outubro e novembro e deverá
ser concluída somente em 2004.
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mais:
- Ministro também quer fatiar reforma trabalhista
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Ministro
também quer fatiar reforma trabalhista
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner disse que a reforma trabalhista
deverá ser encaminhada de forma "fatiada" para
votação no Congresso. A idéia é que
o Fórum Nacional do Trabalho negocie capítulo por
capítulo da Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) e os envie ao Legislativo após consenso entre empregadores
e funcionários. "A CLT tem inúmeros capítulos.
A idéia é que você possa discutir capítulos
e se houver consenso, por exemplo, na questão da estrutura
sindical, você remeta ao presidente da República e
ao Congresso logo depois", disse Wagner, em durante debate
sobre a reforma realizado na TV Câmara na sexta-feira.
Ele informou que a negociação sobre a estrutura sindical,
considerada uma das mais polêmicas, começou ontem.
Na próxima semana, o tema em pauta será o das negociações
coletivas. Depois, virá a composição dos conflitos
trabalhistas.
Cada tema é
discutido por um dos oito grupos temáticos que atuam no fórum.
Ao todo, são 21 representantes dos empregadores, 21 dos trabalhadores,
21 do governo e nove de outras entidades, como cooperativas. "Se
eu negocio um capítulo e se todos comungam da idéia
de que ele está pronto e não depende de algum outro
ponto que ainda será trabalhado pelo fórum ele pode
ser enviado ao Congresso", disse o ministro.
Ainda justificando
a iniciativa de fatiar a reforma, Wagner disse que, ao contrário
das mudanças nos sistema tributário e previdenciário,
onde o governo é o "grande ente arrecadador e pagador",
na trabalhista os protagonistas são as empresas e os trabalhadores.
"É óbvio que o Estado tem o papel de promover
o equilíbrio quando há uma assimetria de forças.
É o papel de mediador". Segundo ele, a reforma será
encaminhada ao Congresso entre outubro e novembro e deverá
ser concluída somente em 2004.
Durante o debate,
o presidente em exercício do TST (Tribunal Superior do Trabalho),
ministro Vantuil Abdala, afirmou que concorda com o "fatiamento"
da reforma. Ele ressaltou, porém, que o primeiro tema que
deve ser negociado pelo fórum trabalhista e votado pelo Congresso
é o que trata do sistema sindical.
Abdala considera
a questão envolvendo a contribuição sindical
obrigatória o ponto mais polêmico da reforma. "Eu
acho que esse deve ser o primeiro passo e acho que é o passo
mais difícil. Na verdade os sindicatos têm um discurso
para fora e outra realidade para dentro. A grande maioria deles
não quer acabar com a contribuição sindical
obrigatória. Se encontrarmos uma saída para esse problema
eu creio que essa questão toda da reforma vai caminhar mais
facilmente", disse o presidente do TST.
Ele afirmou
também que o momento não é favorável
aos trabalhadores nas negociações com as empresas.
De acordo com Abdala, em um cenário de de desemprego, o trabalhador
costuma aceitar até a perda de direitos básicos.
"Acho que
temos que tomar muita cautela. Não adianta termos sindicatos
autênticos, representativos se nós não temos
uma igualdade de vontades. Se estão todos pressionados com
o medo do desemprego, os próprios associados do sindicato
vão pressionar para abrir mão de direitos", disse.
Ele citou as férias e o repouso semanal remunerados como
exemplos de direitos dos quais não se pode abrir mão.
Abdala propôs o fim das horas extras que fazem parte do contrato
escrito na carteira de trabalho. Para o ministro, as horas extras
contratuais não favorecem a geração de mais
empregos.
(Valor Econômico
- 18/08/03)
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