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Roubei
o título e a citação do economista canadense
Michael Hart, que, por sua vez, se servira de Holmes, o qual
se referia a Dean Acheson e, por essa intermediação,
a Afonso, o Sábio, de Castela. Fiz isso por dupla razão.
Primeiro, por achar apropriada a idéia de “presente
à criação” na introdução
de obra dedicada a conceito em formação, em
processo de evolução, um “work in progress”.
Mais ainda, porque esse mesmo conceito tem como conteúdo
principal a criação de condições
para favorecer a criatividade. Tudo a ver, portanto.
Além disso, nada ilustraria melhor a natureza da criatividade,
que quase sempre depende de longa série de criatividades
de outros que nos precederam, do que desfiar o novelo emaranhado
de pensamentos que nos levam de um autor àquele que
o inspirou e assim por diante.
O começo do meu novelo pessoal de contactos com a economia
da cultura ou da criatividade data de várias décadas
atrás, tanto tempo que não recordo bem a data
nem as circunstâncias. Estava lendo um livro de John
Kenneth Galbraith, talvez “The Affluent Society”,
e lembro apenas de minha reação de incredulidade
diante da profecia de que, em futuro não muito distante,
o motor da economia seria a produção e o consumo
de bens culturais. Pura ficção de intelectual
sonhador, pensei.
Pois bem, conforme escreve John Howkins nas primeiras linhas
do seu “The Creative Economy”, em 1997, os Estados
Unidos produziam US$ 414 bilhões em livros, filmes,
música, programas de TV e os produtos cobertos por
copyright tornaram-se a exportação número
um do país, ultrapassando carros, substâncias
químicas, computadores, aviões, roupas.
Em livro posterior, “The Culture of Contentment”,
o próprio Galbraith admite que a concentração
na produção e consumo de bens culturais não
é para todos. Haverá divisões e exclusões
no seio das sociedades avançadas e entre estas e as
demais, aquelas onde a maioria das pessoas continuará,
segundo as palavras de Thoreau, a levar vida de “quiet
desperation”, de calado desespero e de trabalho embrutecedor.
Não obstante, é inegável que a economia
criativa representa claramente o futuro e esta obra vem recheada
de cifras e argumentos para não deixar dúvidas
sobre a direção para a qual aponta a curva da
expansão econômica. O rumo é o da crescente
acumulação de riqueza em bens intangíveis,
em larga medida produtos da engenhosidade, da criatividade
humana e relativamente pouco dependentes dos fatores tradicionais
de produção associados a vantagens naturais,
capital, mão de obra barata. O que conta mais e mais
é a infinita e maravilhosa capacidade do ser humano
de tirar algo do nada ou quase nada, a partir de sua interioridade
e de sua interrelação construtiva com os outros,
reflexo, dirão os crentes, da fagulha divina que fez
com que Deus deixasse inacaba sua criação a
fim de que pudessem os homens ajudar a completá-la.
Uma das coisas maravilhosas da criatividade é que ela
brota até em terrenos pobres e de pouca água.
“O Espírito sopra aonde quer” e suscita
talentos naturais em toda a parte. Saint Exupéry lamentava
os incontáveis pequenos Mozarts que se perdiam por
falta de oportunidades e de cultivo. Essa revelação
foi o passo seguinte de meus contactos, já aí
profissionais, com o tema.
Como Secretário Geral da Conferência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD),
acompanhei com interesse o trabalho realizado por uma de nossas
funcionárias mais brilhantes, Zeljka Kozul-Wright,
com o governo jamaicano. A Jamaica é, como Cuba, aliás
também ilha caribenha de cultura e sociedade formadas
sob a influência da produção de açúcar
por população de origem africana, uma das fontes
mais ricas e originais de geração inesgotável
de rítmos e músicas que marcaram fortemente
o jazz e a música popular de nosso tempo. Basta pensar
que a influência do reggae tem sido avassaladora até
no distante Maranhão e mesmo na Bahia, berço
igualmente de incontáveis modas musicais.
Acontece que muito pouco, para não dizer quase nada,
dos benefícios materiais aportados pelos rítmos
e músicas jamaicanos ficam no país de origem
ou redundam em melhoria de vida para as pessoas do povo da
ilha, afinal o caldo de cultura de onde brota tanta invenção.
Os músicos e intérpretes emigram para Londres
ou Nova York, se é que já não vivem nesssas
cidades, sedes também das companhias que monopolizam
a impressão, distribuição, venda de discos,
detendo os direitos de propriedade sobre a exploração
daquilo que foi, num momento, o reflexo do patrimônio
comum e anônimo do povo.
O projeto de Kozul-Wright visava a diagnosticar a situação
e, a partir desse levantamento, trabalhar com o governo e
a comunidade para a criação de agências
capazes de melhor proteger a propriedade intelectual originária
do país. Um dos objetivos era a adoção
de políticas públicas para fomentar o desenvolvimento
dos talentos naturais, ajudando-os no aperfeiçoamento
técnico e impulsionando a criação de
uma indústria musical local. O êxito desse trabalho
pioneiro levou-o gradualmente a atrair a atenção
de toda a região caribenha, de Cuba, de países
africanos.
Em maio de 2001, as iniciativas em
torno do assunto estiveram em posição destacada
em Bruxelas, na grande Conferência das Nações
Unidas sobre os Países Menos Avançados, os Least
Developed Countries ou LDCs da nomenclatura da ONU, que constituem
os pobres dentre os pobres, as 50 economias mais vulneráveis
do mundo, das quais 34 na Africa. Desde então, as “creative
industries” ou economia criativa se converteram num
dos programas da UNCTAD para promover o desenvolvimento de
países da África, Ásia, América
Latina, Caribe, mediante o pleno aproveitamento do seu potencial
cultural em termos de desenvolvimento econômico e social.
Todo esse esforço culminou
na XI Conferência das Nações Unidas sobre
Comércio e Desenvolvimento em São Paulo, em
junho de 2004, da qual saíu o programa sistemático
da UNCTAD na área, sob a liderança de uma das
profissionais mais dinâmicas e competentes das Nações
Unidas, a brasileira Edna dos Santos-Duisenberg. Graças
em grande parte ao empenho de Edna e ao entusiasmo esclarecido
do Ministro Gilberto Gil, tomou-se a decisão de estabelecer
em Salvador da Bahia um Centro Internacional para a Economia
Criativa. No desenho, concepção e planejamento
do Centro, contou-se muito com a participação
de Ana Carla Fonseca Reis e de sua associada Lala Deheinzelin,
momento em que nossos caminhos finalmente se cruzaram e vim
a conhecer o que Ana Carla vinha já realizando no Brasil,
de onde eu me encontrava ausente há dez anos.
Narrei essa história para mostrar que minha aproximação
com os problemas da economia criativa ocorreu sobretudo a
partir do ângulo de sua capacidade de servir como instrumento
de riqueza e desenvolvimento de povos que não dispõem
com frequência de muitas outras condições
propícias. Quando plenejávamos a reunião
da UNCTAD em São Paulo, queríamos marcar sua
celebração com um grande concerto com músicos
e bandas da Jamaica, Cuba, Brasil, Senegal, Mali, de inúmeros
outros países africanos e asiáticos. Não
conseguimos infelizmente resolver o desafio do financiamento
e patrocínio comercial e o concerto acabou não
se realizando.
Se ele tivesse ocorrido, nossa intenção era
de chamá-lo “A riqueza dos pobres”, a fim
de mostrar precisamente que, em matéria de cultura
e arte, os que chamamos de pobres – os músicos
de jazz de New Orleans e do Mississipi, os cantores de “blues”
da Georgia e do Alabama, os “guajiros” cubanos
inventores do “son”, os compositores dos morros
cariocas, os Cartolas, Nelson Cavaquinhos, Carlos Cachaças,
que vendiam sambas a dez mil reis para cantores do rádio
– eram os verdadeiros milionários a esbanjar
talento, a desperdiçar beleza em troca de uns tostões
para sobreviverem e não serem obrigados a lavar automóveis,
conforme aconteceu com Cartola até ser redescoberto.
Não se pense que o fenômeno é restrito
à música popular. O panorama é universal:
as cores deslumbrantes dos tecidos africanos, dos “panos
da Costa”, como se dizia no Brasil de outrora, as tonalidades
inesgotáveis dos saris indianos, as máscaras
e esculturas do Mali, de Burkina, do Congo, do Gabão,
as pinturas do Haiti, do sul da África, o cinema do
Irã, a poesia dos cordeis ou dos poetas repentistas
do Nordeste, ficaríamos a encher páginas aqui
se buscássemos fazer o inventário da criatividade
anônima dos povos ditos atrasados.
É essa diversidade das culturas e dos produtos que
elas engendram que, desde tempos imemoriais, alimentou o comércio
de sedas, damascos, brocados, incenso, perfumes, especiarias,
entre Oriente e Ocidente, Sul e Norte. O que é inédito
em nossos dias é a escala estonteante de multiplicação
desses contactos e o aparecimento de um público de
massa, de milhões de indivíduos com capacidade
de compra, dispostos a pagar para assistir um concerto de
cítara indiana ou de músicos tuaregues do deserto
do Mali, comprando-lhes os discos editados por casas especializadas
em “world music”.
A globalização, em outras palavras, expandiu
em dimensão geométrica a demanda por variedade
cultural. Quem, 60 ou 70 anos atrás, se interessaria
pela música dos bardos da África Ocidental ou
dos cantores sacros muçulmanos do Paquistão
se não meia-dúzia de etno-musicólogos?
Como a globalização também tende dialeticamente
a espalhar por toda a parte a praga do que há de pior
nos modismos culturais degradados dos Estados Unidos e do
Ocidente, houve quem se fixasse apenas em tal tendência,
esquecendo a outra, a da fome de diversidade num mundo que
se afoga na mediocridade e no grotesco da televisão
e do consumismo.
A relação ambígua, contraditória,
da diversidade cultural com a economia globalizada oferece
alguma analogia com tendência anterior, a da relação
igualmente ambivalente da cultura e das artes com o surgimento
de métodos industriais que permitiram multiplicar em
massa as obras artísticas, por meio de processos reprodutivos
como a fotografia. A rigor, tudo começa muito antes,
quando a tipografia de Gutemberg põe fim à longa
era do livro-pergaminho, privilégio de poucos. De modo
análogo, a fotografia, o cinema, os discos, a televisão,
os meios eletrônicos abalam o paradigma tradicional
da obra de arte única, produto do gênio criador
do artista, para contemplação ou enriquecimento
espiritual dos “happy few” admitidos aos palácios
dos Medici, à missa na Capela Sixtina, à execução
das Paixões ou das Cantatas nas catedrais de Leipzig
ou Dresde, ao público atingido pela companhia de teatro
de Shakespeare.
À medida que se alarga o círculo de pessoas
alcançadas pela obra de arte, um movimento similar
faz com que a ênfase do conceito de cultura se desloque
da produção de cultura para seu consumo, desfrute
ou apreciação. Enquanto os produtos culturais
eram sobretudo proporcionados por meio de representações
ao vivo, como no teatro ou nos espetáculos dos jograis
das feiras medievais, o vínculo entre sua produção
e seu consumo era ainda bem visível. Isso muda radicalmente
no momento em que idéias culturais passam a ser incorporadas
em objetos reprodutíveis fornecidos a um mercado de
massa disperso no espaço e no tempo. Tal foi o processo
que conduziu à associação da cultura
com as idéias de entretenimento, diversão e
consumo de massa.
A mesma razão explica que o debate sociológico
sobre a cultura alterne entre uma perspectiva de produção
ou de consumo. Partindo do ângulo da criação,
Walter Benjamin foi dos primeiros a explorar como a produção
artística era moldada pelas condições
tecnológicas existentes. Em seus escritos sobre fotografia,
entre outros, ele encarou a produção em larga
escala de cultura como tendência essencialmente positiva.
Já seu contemporâneo e colega Adorno e, antes
dele, Nietzsche, associaram a co-modificação
da cultura com um processo destrutivo, frequentemente ligado
à abordagem industrial ou mercadológica do consumo
da cultura.
Muito da atual discussão sobre cultura e globalização,
em especial o enfoque sobre o poder e a influência das
gigantescas corporações globais de mídia,
tem seguido Nietzsche e Adorno, mais do que Benjamin. Teme-se
que, devido à maciça influência da TV,
dos filmes, da mídia americanos ou ocidentais em geral
e agora de uma Internet dominada pelos Estados Unidos, a globalização
possa conduzir à uniformidade cultural, à perda
de identidade e à adoção de modos de
pensamento e vida, idéias, gostos e estilos totalmente
estrangeiros a muitos povos. A consequência seria um
empobrecimento em diversidade cultural cujas implicações
seriam tão graves como as derivadas da destruição
da biodiversidade.
A globalização possui, efetivamente, dimensão
cultural fundamental, uma vez que ela não se resume
à unificação, em escala planetária,
dos mercados para o comércio, o investimento e as transações
financeiras. Esses são, de fato, componentes importantes
de um processo histórico muito mais amplo e abrangente,
impulsionado pelas revoluções tecnológicas
em telecomunicações e eletrônica. Seu
efeito mais tangível é tornar as comunicações
cada vez mais rápidas e baratas quase a cada mês
que passa. Dois dos elementos cruciais dessa transformação
são culturais por natureza : o caráter dos avanços
em ciência e tecnologia, ambas produtos da cultura e
seu resultado, que é de promover a transmissão
de informações, conhecimento e idéias,
ou seja, da essência da cultura.
Desse ponto de vista, é preciso reconhecer o incalculável
potencial positivo da globalização para multiplicar
e facilitar as possibilidades de intercâmbio e de interação
entre diferentes culturas e civilizações. Afinal
de contas, boa parte do progresso histórico nas ciências,
nas artes e na cultura em geral ocorreu como resultado direto
da transmissão intercultural. Se isso era verdade mesmo
quando os contactos eram fragmentários e esporádicos,
não seria razoável esperar retornos muito mais
altos agora que o processo de trocas entre culturas está
recebendo um poderoso impulso da globalização?
É dessa complexa trama entre economia e cultura, entre
globalização e diversidade, entre criatividade
gratuita e utilidade comercial que trata o estudo de Ana Carla.
Chama a atenção que ela tenha chegado a essa
etapa seguindo caminho de certo modo surpreendente. Poucos
anos atrás, em 2003 se não me engano, ela havia
publicado “Marketing Cultural e Financiamento da Cultura”,
com o subtítulo “Teoria e prática em um
estudo internacional comparado” (Editora Thomson, São
Paulo). O livro adotava enfoque eminentemente concreto e prático,
procurando mostrar as diversas alternativas existentes nos
países líderes em termos de financiamento das
atividades culturais e de sua promoção e distribuição.
Basta percorrer com o olhar o índice desse trabalho
para ter o interesse despertado pela sua enorme potencialidade
em matéria de orientação utilitária
para todos os que, de uma forma ou outra, trabalham com o
mundo da cultura e da economia. Há, por exemplo, capítulos
dedicados aos métodos de seleção de projetos,
de avaliação dos resultados, de treinamento
de pessoal habilitado e até, numa das passagens que
achei mais originais, à grande participação
possível para pequenas e micro empresas.
O que até certo ponto me surpreendeu foi que, após
demonstrar sua faceta “matter of fact” ou “businesslike”
(desculpem o inglês, mas é difícil evitar
nessas matérias práticas o recurso ao idioma
do país que um dos seus presidentes, Clavin Coolidge,
assim definiu : “The business of the United States is
business”) , a autora empreendesse vôo teórico
muito mais desafiador com esta nova obra. “O Caleidoscópio
da Cultura – Economia da cultura e desenvolvimento sustentável”
é, como se pode perceber da abrangência do título,
esforço de envergadura de asas muito mais ampla e generosa.
Trata-se, em realidade, do estudo mais sistemático
e completo que conheço em língua portuguesa
sobre o universo em gestação da economia da
cultura e da cultura da economia, aliás título
de seu primeiro capítulo.
O caminho que se poderia talvez considerar mais usual teria
sido partir de alguns conceitos básicos de caráter
geral e descer gradualmente ao particular e específico.
Ana Carla abriu caminho inverso porque, conforme deixa claro
na introdução do livro anterior, sua trajetória
pessoal nessa área foi sempre marcada por uma constante
e inseparável interação entre reflexão
e prática, pela unidade entre o pensamento teórico
e sua transformação em resultados concretos,
que fazem sentido do ponto de vista rigoroso de uma economia
preocupada com custos financeiros e dividendos objetivos.
Dessa perspectiva, vale observar como, logo após discutir
os grandes conceitos e definições que balizam
o debate contemporâneo sobre “economia criativa”,
“indústrias criativas”, “economia
da cultura ou da criatividade” e seus possíveis
conteúdos, ela não perde o pé nesse terreno
especulativo em ebulição e imediatamente calça
a narrativa com o capítulo seguinte, que sugestivamente
se volta para “Os Números da cultura.”Creio
que um dos aspectos que explicam a riqueza e valor da arquitetura
interna da obra e de sua concretização é
precisamente a feliz coincidência, na autora, de vivência
pessoal do tema nas suas atividades profissionais, com a experiência
provada no competitivo mundo das grandes transnacionais globalizadas
e com uma acentuada vocação para a exploração
das idéias, de análise de conceitos com rigor
universitário.
Esta é uma área de bibliografia parca e insatisfatória,
conforme a própria Ana Carla comenta na introdução
do primeiro livro, ao confessar sua surpresa com a quase inexistente
bibliografia no Brasil e ao notar como eram raros, mesmo no
exterior, “os livros de referência com a solidez
que eu buscava.”Nessa confissão esconde-se possivelmente
o secreto projeto desde então da autora no sentido
de esboçar, ela mesma, a obra sólida necessária,
que toma corpo agora com este novo trabalho, a partir da sistematização
do exame do problema em seus diversos níveis possíveis
de generalização e de análise dos casos
particulares.
A maioria dos escritos sobre este campo em proceso de desbravamento
provém, com efeito, de gente da universidade, sobretudo
dos países de língua inglesa, Reino Unido, Austrália,
Canadá, Nova Zelândia, Irlanda onde já
existem cursos estabelecidos de economia criativa. Outros
títulos foram escritos de uma perspectiva essencialmente
prática. O que é, de fato, extremamente raro
é encontrar alguém que alie essa duas dimensões
de forma harmoniosa e fecunda como no caso da autora.
Ademais, ela demonstra, entre outras coisas, que ser prática
e terra-a-terra não exclui a sensibilidade para a linguagem
clara e elegante, para uma cultura universal e com capacidade
de escolher o melhor, para o conhecimento atualizado do que
se está no momento fazendo nesse domínio, o
que acentua o valor e a utilidade do que será um roteiro
seguro para quem se aventure nos caminhos ainda pouco mapeados
da economia criativa. Não tenho dúvidas de que
Ana Carla Fonseca Reis conseguiu realizar o que buscava :
uma obra sólida, que constituirá, a partir de
agora, o marco inicial e a referência insubstituível
para o estudo da economia criativa no Brasil.
Rubens Ricupero, 70, diretor
da Faculdade de Economia da Faap e do Instituto Fernand Braudel
de São Paulo, foi secretário-geral da Unctad
(Conferência das Nações Unidas sobre Comércio
e Desenvolvimento) e ministro da Fazenda (governo Itamar Franco)
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mpricupero@uol.com.br
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