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Ex-moradora de rua leva livro para a 19º Bienal

Gilberto Dimenstein

Grandes nomes da literatura brasileira como Fernando Moraes e Ruy Castro estarão, a partir de amanhã, na 19º edição da Bienal do Livro de São Paulo. Entre eles, uma anônima escritora fará presença. Durante quatro anos, Maria Isabel Marcondes - Bell, como é conhecida - foi moradora de rua. Nunca teve uma condição econômica boa, mas foram as drogas que a levaram de vez para a berlinda. Até então atuava como produtora de shows.

Com pouca ajuda e muita força de vontade conseguiu se libertar. Para contar sua história -"e tentar me limpar"-, Bell escreveu o livro "Estou viva, não uso mais drogas", lançado numa edição quase artesanal, vendida de bar em bar. Conseguiu sensibilizar a editora Geração para relançá-lo na Bienal. "Estou insegura."Quase já não tem mais amigos -e os que lhe restaram não conseguiriam comprar ingresso para entrar na bienal. "Sei que vou me sentir lá tão anônima quanto no tempo em que estava nas ruas.”

Por causa desse projeto, Bell está se juntando a um grupo batizado de "Quebrando Muros", composto de gente que, como ela, conheceu o extremo da solidão pelos mais diversos motivos, acabou viciada ou numa prisão, mas está conseguindo, mesmo que precariamente, se equilibrar. Muitos deles também escreveram livros e querem organizar encontros nos mais diferentes ambientes, de presídios a escolas de elite, para que suas histórias inspirem outras histórias.


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