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economia
07/03/2005
Mercado espera juro maior neste mês após altas do ferro e ônibus

O mercado espera mais um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia (Selic) em março.

Segundo o relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central a partir de consultas aos agentes do mercado, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve elevar o juro para 19,25% ao ano na sua reunião deste mês. Até a semana passada a previsão era de alta para 19%.

A taxa básica da economia, a Selic, está atualmente em 18,75%, após seis elevações consecutivas.

O aumento na previsão do juro acompanhou as projeções para a inflação. Os analistas voltaram a elevar a estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, de 5,68% para 5,72%, índice acima da meta ajustada do BC, que é de 5,1%.

No boletim anterior, divulgado após a ata da reunião do Copom de fevereiro, a projeção para o IPCA fechado do ano havia recuado, de 5,70% para 5,68%.

Aumentaram também as previsões do IPCA para março, de 0,45% para 0,55%. Entretanto, houve uma pequena redução na estimativa do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, de 0,45% para 0,43%. Para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe, a previsão de taxa para este mês passou de 0,35% para 0,56%.

Em São Paulo, vai pesar na inflação de março o reajuste de 17,6% promovido na tarifa de ônibus municipal passou de R$ 1,70 para R$ 2, o que terá impacto também no IPCA do IBGE.

Outro fator que deve influenciar a inflação deste ano é um possível aumento do preço do aço. A Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo, reajustou o preço do minério de ferro utilizado na fabricação do aço em mais de 70%.

Com isso, o aço produzido pelas siderúrgicas a partir desse minério vai ficar mais caro, e esse custo extra pode ser repassado para o restante da cadeia produtiva.

As previsões dos demais indicadores apontaram pouca alteração em relação a última semana. O mercado promoveu pequena redução na estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), de 3,70% para 3,69%, e manteve em 4,63% a projeção de expansão na produção industrial.

Em relação ao comércio exterior, os analistas prevêem um superávit comercial saldo positivo entre exportações e importações de US$ 27,09 bilhões, levemente acima da estimativa anterior (R$ 27 bilhões). O dólar deve chegar ao final do ano em R$ 2,80, mesma projeção da semana anterior.


IVONE PORTES
da Folha Online

   
 
 
 

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