inclusão
07/08/2007

Para expor na Galeria Central, artista tem que ensinar garotos em situação de rua

João Batista Jr.


Em um galpão de 200 m² instalado na divisa entre Higienópolis e Santa Cecília, a Galeria Central trabalha a arte urbana com o víeis da cidadania. “Aqui discutimos todo tipo de arte, mas desde que a cidadania esteja envolvida”, conta Danilo Blanco – que, ao lado de Fernando Zelman, criou, em 2006, o galpão cultural no centro da cidade de São Paulo.

A cidadania não está apenas na temática das obras, mas também na dinâmica de funcionamento da galeria. Artistas multimídias, grafiteiros, escultores e palestrantes que quiseram usar o espaço para expor seus trabalhos podem fazê-lo, mas com uma condição: devem prestar assistência cultural aos meninos em situação de rua.

“As pessoas podem expor, mas depois devem dar oficinas, aulas, palestras.” A Galeria Central também tem como foco os estudantes das escolas municipais que ficam no entorno. “Não som os uma ONG, e sim um núcleo sócio-educativo”, avisa Blanco. Para isso, as parcerias são importantes para viabilizar todas mostras. “Fazemos parcerias com os artistas e com o poder público.” Olga Arruda é o nome do poder municipal que auxilia a viabilização do trabalho feito pela Galeria Central

Mostras e intervenções
A Galeria Central não atua apenas em seu espaço físico. Orientados por Blanco e Zelman, um grupo de grafiteiros firmou parceria com a ONG Quixote para intervir no Hospital Vera Cruz: os artistas se uniram aos pacientes para grafitar as paredes da casa da de saúde. O resultado do trabalho foi conferido na Central, por meio de uma exposição de fotos e exibição de vídeos.

Programada para estear no próximo dia 18, sábado, a mostra “Uma Mão Lava a Outra e as Duas Lavam o Rosto” vai abordar o uso racional da água. “Será uma instalação de 24 lavatórios, com pias, torneiras e espelhos e papel toalha”.O papel que as pessoas usam para secar as mãos nos banheiros públicos foi o espaço de criação dos grafiteiros. “Aristas que passaram por oficinas mais alguns jovens grafiteiros fizeram desenhos especiais para o papel toalha dos lavabos”.

Independência
“Queremos ensinar aos jovens uma forma de ganhar dinheiro com a produção de artesanato que se aproxima do design”. Marchetaria, “a arte de juntar pedaços de madeira”, é o que mais se destaca nas oficinas.

   
 
   
 

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