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25/04/2008

Livro infanto-juvenil em bibliotecas é quase zero

Keila Baraçal



O número de livros disponíveis para crianças, jovens e adultos em bibliotecas é praticamente nulo em quase todas as regiões da cidade de São Paulo. Os dados, coletados em 2006 e divulgados ontem no Observatório Cidadão Nossa São Paulo, organizado pelo Movimento Nossa São Paulo, através da Secretaria Municipal de Cultura, mostram que apenas as subprefeituras da Lapa, Pinheiros, Vila Mariana, Mooca e Sé apresentam alguns poucos exemplares. A quantidade de livros dedicados à literatura adulta é pior ainda. Em todas as localidades, exceto na região da Sé, a quantidade é zero.

Embora existam acervos que tenham títulos infanto-juvenis, os números são pequenos. A região da subprefeitura da Lapa (mais os bairros de Perdizes, Barra Funda, Vila Leopoldina, Jaguaré e Jaraguá), apresenta a menor disponibilidade, com apenas 3,12 exemplares por habitante. Já na subprefeitura da Sé (abrangendo os bairros da República, Bela Vista, Consolação, Santa Cecília, Bom Retiro, Liberdade e Cambuci), os índices são os maiores, se comparados ao restante da capital, há 13,37 livros por habitante.

As demais áreas ficam na média de cinco livros por pessoa. Subprefeitura de Pinheiros (bairros de Pinheiros, Jardim Paulista, Alto de Pinheiros e Itaim Bibi) estão com 4,57 exemplares. Em seguida, está a região de Vila Mariana (bairros de Vila Mariana, Moema e Saúde), com 4,94 e, por fim, aparece a Mooca (bairros de Água Rasa, Brás, Tatuapé, Belém, Pari e Mooca) - 6,93 livros por habitantes.

No que corresponde ao número de exemplares indicados para leitores adultos, somente a região da Sé tem disponibilidade. Ou seja, o número de livros por habitante ficou na casa dos 10,78. Todas as demais regiões não apresentavam tais índices.

Pesquisa
Segundo Oded Grajew, um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo, a pesquisa, de um modo geral, levou um ano para ficar pronta e mais de 200 pessoas se envolveram com o trabalho. “Este observatório vai ficar em eterna atualização.”

Além dos dados sobre a falta de livros, foram coletadas informações (de todas as subprefeituras) nos âmbitos da Assistência Social, Cultura, Educação, Esporte, Habitação, Meio Ambiente, Orçamento, Saúde, Trabalho e Renda, Transporte e Violência. “Para solucionar os problemas, acho que temos que focar esforços nas regiões mais pobres. Há regiões que não têm nenhum tipo de serviço público”, concluiu Oded.

Link relacionado:
Jaçanã, Guaianases, Tremembé e Perus são as regiões de maior carência cultural

   
 
   
 

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