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Leia
a repercussão da coluna: Pagamos
o Carnaval de Gil
Olá
Gilberto, como vai?
Desde
adolescente sou admirador do artista Gilberto Gil -
cantor, compositor, instrumentista, poeta e outras profissões
na qual o seu perfil se enquadre, dependendo das circunstâncias.
Minha
primeira mesada, que recebi do meu pai, foi direto para
comprar o "LP" - A gente precisa ver o luar
- Gostei de quase todas as músicas. Lembro de
algumas até hoje - a canção título
do LP, cores vivas, sonho molhado, lente do amor, flora,
se eu quiser falar com Deus e palco - que era de onde
Gil nunca deveria ter saído.
Tornei-me
engenheiro de mineração, e acompanho até
hoje, um pouco mais distante, a obra do poeta. Cheguei
a discutir com um amigo que afirmava categoricamente
que o Gil - boa praça - não estava preparado
para o cargo, pois pesa sobre este a liturgia inerente
à qualquer exercício de função
pública.
Mesmo
sendo profissional de área técnica consigo
discernir claramente o uso da "coisa" pública.
Será que o Gil não está sendo bem
acessorado ou a máscara do ídolo caiu?!
Espero que estejamos equivocados, pois de todos dos
doces bárbaros, era por ele que nutria a mais
tenra admiração. Nunca comprei disco do
Caetano. Tenho 1 ou 2 da Gal e Betânia. Hoje não
assistiria nenhum espetáculo, estrelados por
eles. Não sei se estou sendo pouco tolerante
com a postura desses artistas, que parece-me conseguiram
mascarar por muito tempo a impáfia, falta de
formação moral e contradição
nas idéias que por eles são contadas e
cantadas.
Desculpe
se não consigo redigir com a clareza e com um
portugês apurado, mas espero que esta venha te
ajudar a suportar as críticas que você
deve estar recebendo no momento. Principalmente daqueles
que não conseguem imparcialidade para julgar
fatos prosaicos, segundo os defensores de tais atitudes,
mas que na realidade são sérios desvios
de condutas ou de procedimentos.
Cordialmente,
Hermínio
Medeiros de Oliveira.
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