Leia
a repercussão da coluna: Aulas
de marketing de Kelly Key e da cadelinha Perepepê
Prezado Dimenstein,
Talvez
o maior problema relacionado à palavra "Marketing"
seja o fato de que, mesmo sendo largamente utilizada,
são poucos os que se arriscaram a ir a um dicionário
ou, melhor ainda, a um compêndio de marketing,
saber o que a mesma significa.
Como
fica muito claro no seu artigo "Aulas de Marketing
de Kelly Ley...", você não tem a menor
idéia do que é Marketing. Respeito-o como
colunista, mas acho que um pouco de humildade, assim
como canja de galinha, não faz mal a ninguém.
Marketing é o estudo das relações
de troca. Propaganda e promoções são
apenas a ponta do iceberg.
Propaganda
está para o marketing assim como pneus estão
para um carro - e não se pode dizer que um pneu
seja um carro, apesar de ser uma parte importante para
que um carro cumpra com sua finalidade de meio de transporte.
Aliás,
é crença unânime nos meios mercadológicos
e mesmo publicitários (sim, são meios
diferentes, pois a propaganda é apenas uma ferramenta
de Marketing, portanto publicitários são
do meio, mas o meio comporta muito mais gente que apenas
os publicitários) que uma boa propaganda não
sustenta um mau produto (lembra do Collor?).
Marketing
bem feito é aquele que leva o produto/serviço
certo ao consumidor que o deseja, no local em que ele
é procurado, pelo preço que o consumidor
acha justo, gerando, dessa forma, satisfação
e recompensa a todos os envolvidos (produtores, revendedores,
distribuidores e consumidores finais). Marketing não
é, portanto, nem deveria ser usado como, um termo
pejorativo, que serve para designar ações
desprovidas de consistência e conteúdo
(como você insinua quando cita que "As cotas
universitárias para pobres e negros são
bem-intencionadas, mas beiram o marketing".
É
por essas e por outras que eu não gosto de jornalistas:
escrevem sobre tudo mas não sabem de nada. Escrevem
sobre todos mas não são ninguém.
A
ignorância é uma lástima... E é
ainda pior quando vem revestida da arrogância
de quem fala a multidões como se realmente tivesse
substrato.
Vá
pensar na vida e deixe quem trabalha (sim, mercadologia
é trabalho sério e respeitável)
em paz. Enganação não é
o que a Vera Loyola faz, pois nem ela se leva a sério.
Enganação é estar desinformado
e posar de sabichão.
Alberto
Adler
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