Leia
repercussão da coluna: A
cadela Michelle, a modelo Gisele e a prefeita Marta
Caro
Gilberto:
Acredito
que a cada vez maior atenção dedicada
à maneira como o governo usa o dinheiro arrecadado
via impostos deve-se, em grande medida, ao contínuo
aumento da carga tributária sobre os ombros do
cidadão de nosso país. Afinal de contas,
aonde no mundo são mais rigorosos os controles
sobre os gastos do governo?
De
forma geral, nas social-democracias escandinavas, que
é justamente aonde são mais altos os impostos
cobrados pelo governo. Ou seja, os cidadãos destas
nações do norte da europa entendem que
é aceitável que a carga de impostos seja
alta, desde que: a) O dinheiro destes impostos seja
adequadamente revertido em sistemas de amparo social
e infra-estruturas que beneficiem o conjunto dos habitantes
do país e; b) Este mesmo dinheiro não
seja desperdiçado nem tampouco desapareça
via corrupção.
Isto
me parece o estado de coisas mais adequado. Como já
lhe disse antes, não acho válidas as reclamações
de parte de nossa classe média contra os supostamente
altos impostos cobrados no Brasil. Penso que, se exigimos
que o Estado invista mais e mais em educação,
em saúde, em saneamento básico, em infra-estrutura
e mais uma miríade de necessidades, então
temos de aceitar que este mesmo Estado cobre impostos
altos para que possa fazê-lo.
Uma
coisa puxa a outra. Agora, é claro que não
se pode tolerar que nossos impostos sejam desperdiçados
em bobagens, ou em áreas não prioritárias
ou ainda não condizentes com as ações
próprias do poder público.
Um
abraço,
Alex Ricciardi.
alexricciardi@hotmail.com
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