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Dia 10/12/01

 

 

Jovens abandonam sonhos profissionais para fugir do desemprego

Raquel Souza
Equipe GD

"Nos sonhos e planos, eles querem ser fotógrafos, nutricionistas, engenheiros ou ter seu próprio negócio. Na vida real, vale tudo". A afirmação é da socióloga Régia Cristina Oliveira que, para concluir seu trabalho de mestrado, acompanhou a trajetória da vida profissional de 41 jovens.

O resultado está na dissertação "Jovens Trabalhadores: representações sobre o trabalho na contemporaneidade", defendida em novembro na Universidade de São Paulo (USP). O estudo aponta que, apesar de ainda sonharem com um futuro promissor, esta parcela da população encontra poucas alternativas para a realização de seus planos profissionais.

No caso dos jovens empregados, a formação profissional acaba se voltando para as exigências do empregador. Já os desempregados procuram uma formação de acordo com o número de vagas oferecidas em anúncios. Como exemplo, a socióloga conta que as meninas com freqüência optam pelos cursos de telemarketing e atendimento ao cliente.

Esses jovens não possuem uma estrutura financeira e social que possibilite o investimento no futuro, sendo obrigados a traçar planos para a resolução de problemas imediatos. "O trabalho é encarado por eles como um exercício de manutenção da vida", explica a socióloga.

A dificuldade é ainda maior para os filhos de pais desempregados. Nesses casos, é o jovem que se responsabiliza por assegurar aos familiares condições mínimas de sobrevivência, tornando-se o provedor da casa.

"A relação com o trabalho ganha dimensões do mundo adulto. Não se ganha autonomia em relação aos pais, como acontece com os jovens de classe média, mas sim a responsabilidade de manter a família", conclui Régia.

 
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