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Dia 07.06.02 às 18h10min
 

 

Terceiro Setor ainda sofre para avaliar ações sociais, diz especialista

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Complexidade na metodologia, percepção equivocada do processo, confusão no direcionamento da avaliação e até certa imprecisão na definição de objetivo das iniciativas são os principais empecilhos para avaliar ações sociais no Brasil. Sem análises efetivas, muitas ONGs perdem financiadores e tornam-se "elefantes brancos" de qualidade duvidosa.

As conclusões fazem parte dos trabalhos realizados no painel Avaliação do Impacto Social, promovido pelo Instituto Ethos, no terceiro dia de trabalhos da II Conferência Nacional 2002 - Empresas e Responsabilidade Social, em São Paulo. Durante as discussões, muito se falou da potencialidade das experiências serem replicadas, porém elas esbarram na falta de análises consistentes para sistematizá-las.

Segundo a socióloga Rebecca Raposo, diretora-executiva do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), as ONGs não conseguem criar parâmetros avaliativos de seus próprios projetos. "Não existem indicadores modelos. Cada entidade deve criar os seus, pois eles estão intimamente ligados à elaboração do projeto", explicou.

Embora sejam muitas as deficiências nesse sentido, a mais alarmante é a falta de clareza sobre a missão dos projetos. "E a falta de foco só é percebida na hora em que se deve constatar a eficácia do processo, seja ele qual for", criticou.

Outro ponto importante levantado por Rebecca é a confusão que se faz entre impactos de uma ação e seus resultados, definições essencialmente diferentes. Os resultados são constatados logo após a conclusão das atividades, sobre seu público alvo. Enquanto os impactos, reúnem um conjunto de fatores que mostram a consolidação das idéias propostas na intervenção e a apropriação da iniciativa pela comunidade local. "No entanto, todos falam resultados e impactos, como se fossem sinônimos."

As conseqüências da incompetência para aplicar a auto-avaliação são catastróficas para as ONGs: perdem patrocinadores e não conseguem visibilidade. Não é difícil entender: se não possuem pesquisas para solidificar sua credibilidade em um segmento que não pára de crescer, como o Terceiro Setor, elas perdem seus apoiadores para outras entidades que os tenham. "Já a mídia não vai divulgar uma ação sem ver os resultados", ironizou.

 

 
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