Manual
incentiva empresários a investir em trabalho prisional
Rodrigo Zavala
Equipe GD
Quando falamos
em sistema penitenciário o brasileiro é unânime:
o preso deve trabalhar durante seu período de reclusão.
Foi o que afirmou Oscar Vilhena, secretário-executivo do
Instituto Latino - Americano das Nações Unidas (Ilanud),
durante o lançamento do Manual "O que as empresas podem
fazer pela reabilitação do preso", realizado
esta manhã, em São Paulo.
Pesquisas realizadas
pelo Ilanud mostram que 90% da população não
quer ver os presidiários ociosos. "As pessoas acreditam
que ao trabalhar o preso pode contribuir de forma positiva para
a sociedade", explica Vilhena. Para ele, portanto, a iniciativa
de elaborar um manual para facilitar investimentos de empresários
nessa área viabilizará melhorias no sistema carcerário.
A publicação
é fruto do trabalho conjunto entre o Instituto Ethos de Empresas
e Responsabilidade Social e do Conselho de Cidadania do Sistema
Penitenciário do Estado de São Paulo. "O instituto
sempre incentivou a atuação social do empresariado
em educação, saúde e ética profissional.
Não vejo por que não desenvolver projetos nessa área
tão carente de estímulo", diz Oded Grajew, presidente
do Ethos.
Além
de uma completa análise sobre o políticas criminais
e penitenciária, o manual apresenta com dicas de como a empresa
pode investir na reabilitação dos presos e experiências
efetivas realizadas em diversos estados brasileiros. O manual será
entregue às 500 empresas associadas ao instituto e ao Conselho
de Cidadania do Sistema Penitenciário.
Para supervisionar
as iniciativas empresariais estará a Fundação
Prof. Manoel Pedro Pimentel, instituição ligada ao
governo do estado que administra ações nos presídios.
"A idéia é desenvolver a formação
profissional do detento para sua futura reabilitação
social. Com isso, evitaremos que os presos não sejam utilizados
apenas como mão-de-obra barata", garante Berenice Giannella,
diretora executiva da fundação.
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