Número
de empregos engana trabalhadores
Cristina
Veiga Especial
GD
Quem leu os
grandes jornais achou que estava em algum país próspero,
do Primeiro Mundo, tal a quantidade de empregos anunciada. Nem parecia
o Brasil onde a taxa de inflação sobe, o dólar
bate recordes diariamente, as taxas de juros estão no teto,
a indústria e o comércio demitem, existe racionamento
de energia e o Produto Interno Bruto (PIB) está em queda
livre. E que ainda é vizinho da Argentina, que atravessa
uma de suas piores crises econômicas.
"O mercado
formal de trabalho absorveu 71.386 novos trabalhadores em julho,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do
Ministério do Trabalho", anunciou um jornal. "O
Brasil já gerou este ano 645.375 novas vagas", alardeou
outro. "O ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dornelles,
afirmou que foram criadas 430 mil vagas no mercado formal segundo
trimestre deste ano nesse período. É o dobro do resultado
levantado entre os meses de janeiro e março", informou
um terceiro.
Fora as matérias
extras que falavam de uma feira que oferece estágios e empregos,
com 2,2 mil vagas para programas de estágio e trainee, "20%
a mais do que no ano passado". Raros foram os órgãos
da imprensa que também informaram que houve queda do emprego
no setor industrial. "A perda mais acentuada foi na indústria
de borracha, fumo e couro, com saldo negativo de 6.453 empregados.
Também ocorreram mais demissões do que contratações
de pessoal na indústria têxtil e de vestuário,
na de madeira e mobiliário, na de material elétrico,
na mecânica e na de produtos minerais não metálicos".
Um outro jornal
anunciou a criação dos empregos formais, mas alertou:
"O resultado foi inferior ao apresentado em junho, quando o
cadastro contabilizou 108.571 novos postos de trabalho formais e
bem menos expressivo que o balanço de maio - 161.898 novas
vagas com carteira assinada. A queda desse desempenho pode ser atribuída,
entre outras razões, ao racionamento de energia, em vigor
desde junho, segundo um técnico do ministério".
Leia
mais
Emprego
formal absorveu 71 mil pessoas em julho
Dornelles anuncia 430 mil vagas
Mostra oferece 2.200 vagas
Racionamento
e queda do PIB não afetam mercado de emprego
Criados
mais 71 mil postos de trabalho
|
|
|
Subir
|
|
Emprego
formal absorveu 71 mil pessoas em julho
O mercado formal
de trabalho absorveu 71.386 novos trabalhadores em julho, segundo
o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério
do Trabalho, divulgado ontem. O Brasil já gerou este ano
645.375 novas vagas. Embora este seja o sétimo mês
consecutivo de crescimento no número de postos com carteira
assinada no país, o resultado de julho já reflete
uma queda da demanda no mercado interno, provocada pelas altas taxas
de juros da economia e pelo temor da crise argentina, segundo o
economista José Marcio Camargo.
No último
trimestre, a média de geração de novos empregos
chegou a 136 mil, quase o dobro do valor alcançado no mês
passado. Mesmo assim, Camargo acredita que o número de empregos
gerados em julho pode ser um sinal positivo. Para o ministro do
Trabalho e do Emprego, Francisco Dornelles, o crescimento do mercado
de trabalho acumulado nos últimos quatro meses mostra que
a redução inesperada do PIB no segundo trimestre e
a crise energética não chegaram a afetar o nível
de emprego. Segundo ele, foram criados cerca de 410 mil novos empregos
no segundo trimestre, mais que o dobro dos 163 mil gerados nos primeiros
três meses do ano.
Os setores de
serviços e agropecuária foram os que tiveram o maior
crescimento em julho: 38.199 e 20.617, respectivamente. No acumulado
do ano, o setor de serviços manteve a liderança com
230.913 postos das 645.375 vagas criadas este ano. A agropecuária
ficou em segundo lugar, com 183.918 postos. A indústria de
transformação, por sua vez, demitiu 2.246 funcionários
em julho e a construção fechou 730 postos. No Rio,
foram criadas 6.623 novas vagas.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
Dornelles
anuncia 430 mil vagas
Ao antecipar
pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
referente ao segundo trimestre deste ano, o ministro do Trabalho
e Emprego, Francisco Dornelles, afirmou que foram criadas 430 mil
vagas no mercado formal nesse período. É o dobro do
resultado levantado entre os meses de janeiro e março, quando
o número de postos chegou a 212 mil. Pelo menos no início
de implementação, o racionamento parece não
ter afetado o mercado de trabalho.
No que depender
das expectativas do ministro Francisco Dornelles, o mês de
julho também pode contrariar as estimativas mais pessimistas
quanto à criação de emprego. Mesmo com a indústria
em plena desaceleração, além da escassez de
energia, Dornelles prevê a geração de 70 mil
vagas no país.
'O racionamento
ainda não prejudicou o mercado de trabalho', disse o ministro,
sem ousar arriscar, entretanto, projeções para os
próximos trimestres. 'Não estou falando sobre o segundo
semestre', disse Dornelles, depois de almoço-palestra sobre
legislação trabalhista, na Associação
Comercial do Rio de Janeiro.
Sobre os dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
que já indicam desaquecimento do mercado de trabalho, o ministro
não opinou. Disse apenas que os números do Caged são
mais abrangentes, uma vez que o IBGE apura a Pesquisa Mensal de
Emprego em seis capitais.
Os números
do Caged não foram a única novidade divulgada ontem
pelo governo no setor trabalhista. O presidente Fernando Henrique
Cardoso disse que estuda enviar ao Congresso projeto que eleva em
3,5% o salário do funcionalismo.
(Gazeta Mercantil)
|
|
|
Subir
|
|
Mostra
oferece 2.200 vagas
A 5ª Edição
da Mostra-PUC, feira que oferece estágios e empregos, vai
reunir cerca de 60 empresas de pequeno, médio e grande porte.
São 2.200 vagas para programas de estágio e trainee,
20% a mais do que no ano passado. A expectativa dos organizadores
do evento, que começa hoje e vai até sexta-feira,
é reunir 100 mil estudantes na mostra.
A preocupação
com o primeiro emprego e novidades do mercado empresarial são
alguns dos assuntos a serem abordados na mostra, cujo tema é
''O prazer de trabalhar: mito ou realidade?''. Entre as empresas
participantes estão Esso, General Electric, IBM, LOréal,
Petrobras e Souza Cruz. A feira, com entrada franca, fica aberta
ao público das 10h às 20h, no campus da Pontifícia
Universidade Católica (PUC), na Gávea, Zona Sul do
Rio.
Com o objetivo
de integrar os alunos ao meio empresarial, as empresas vão
apresentar cerca de 120 workshops. ''Queremos estimular o jovem
a aprimorar seu conhecimento'', disse o coordenador da mostra, Luiz
Cesar Monnerat Tardin. A economista Patrícia Jardim, de 25
anos, conseguiu seu primeiro grande emprego através da feira.
Ela se inscreveu na LOréal, fez provas e foi escolhida para
trabalhar como estagiária. A efetivação veio
um ano depois. ''O evento é importante porque concentra boas
companhias em um mesmo lugar'', disse.
A vice-presidente
de recursos humanos da LOréal, Cândida Goes, reconhece
o sucesso do recrutamento. ''Esse é o segundo ano consecutivo
que patrocinamos e participamos da mostra. O aproveitamento é
muito bom''. Dos 27 estagiários da LOréal, 24 foram
recrutados através da feira.
Nesta edição,
a empresa vai oferecer 30 vagas. O processo de seleção
inclui a triagem dos currículos enviados pelo site {www.talentos.com.br},
dinâmicas de grupos, teste de redação, idioma
e entrevistas. São aceitos alunos a partir do 5° período.
O salário oferecido é de R$ 600 e a jornada de trabalho
é de seis a oito a horas.
A Esso participará
pela primeira vez da mostra e oferecerá 122 vagas. Os alunos
poderão se inscrever pelo site {www.esso.com.br/estagio}.
A remuneração é de R$ 650 por uma jornada de
20 horas semanais. Para estágio de nível técnico
é de R$ 560 por 40 horas semanais. A coordenadora do programa
de estágios da Esso, Beatrice Araújo está confiante.
''Nosso objetivo é criar um banco de dados e recrutar os
estudantes, conhecidos pelo bom nível de ensino''.
Outra companhia
participante do evento é a Souza Cruz. Inglês fluente
e conhecimento de informática são as principais exigências.
''Procuramos jovens que tenham garra, persuasão e visão
de negócios'', acrescentou a gerente de Recursos Humanos,
Renata Pires. Cabe lembrar que a participação na mostra
não se limita aos alunos da PUC. Podem comparecer estudantes
de outras faculdades, recém-formados ou alunos de 2°
grau.
(Jornal do Brasil)
|
|
|
Subir
|
|
|