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Dia 21.08.01 às 11h40min
 

 

Número de empregos engana trabalhadores

Cristina Veiga
Especial GD

Quem leu os grandes jornais achou que estava em algum país próspero, do Primeiro Mundo, tal a quantidade de empregos anunciada. Nem parecia o Brasil onde a taxa de inflação sobe, o dólar bate recordes diariamente, as taxas de juros estão no teto, a indústria e o comércio demitem, existe racionamento de energia e o Produto Interno Bruto (PIB) está em queda livre. E que ainda é vizinho da Argentina, que atravessa uma de suas piores crises econômicas.

"O mercado formal de trabalho absorveu 71.386 novos trabalhadores em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho", anunciou um jornal. "O Brasil já gerou este ano 645.375 novas vagas", alardeou outro. "O ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dornelles, afirmou que foram criadas 430 mil vagas no mercado formal segundo trimestre deste ano nesse período. É o dobro do resultado levantado entre os meses de janeiro e março", informou um terceiro.

Fora as matérias extras que falavam de uma feira que oferece estágios e empregos, com 2,2 mil vagas para programas de estágio e trainee, "20% a mais do que no ano passado". Raros foram os órgãos da imprensa que também informaram que houve queda do emprego no setor industrial. "A perda mais acentuada foi na indústria de borracha, fumo e couro, com saldo negativo de 6.453 empregados. Também ocorreram mais demissões do que contratações de pessoal na indústria têxtil e de vestuário, na de madeira e mobiliário, na de material elétrico, na mecânica e na de produtos minerais não metálicos".

Um outro jornal anunciou a criação dos empregos formais, mas alertou: "O resultado foi inferior ao apresentado em junho, quando o cadastro contabilizou 108.571 novos postos de trabalho formais e bem menos expressivo que o balanço de maio - 161.898 novas vagas com carteira assinada. A queda desse desempenho pode ser atribuída, entre outras razões, ao racionamento de energia, em vigor desde junho, segundo um técnico do ministério".

Leia mais

Emprego formal absorveu 71 mil pessoas em julho

Dornelles anuncia 430 mil vagas

Mostra oferece 2.200 vagas

Racionamento e queda do PIB não afetam mercado de emprego

Criados mais 71 mil postos de trabalho

 

 
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Emprego formal absorveu 71 mil pessoas em julho

O mercado formal de trabalho absorveu 71.386 novos trabalhadores em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado ontem. O Brasil já gerou este ano 645.375 novas vagas. Embora este seja o sétimo mês consecutivo de crescimento no número de postos com carteira assinada no país, o resultado de julho já reflete uma queda da demanda no mercado interno, provocada pelas altas taxas de juros da economia e pelo temor da crise argentina, segundo o economista José Marcio Camargo.

No último trimestre, a média de geração de novos empregos chegou a 136 mil, quase o dobro do valor alcançado no mês passado. Mesmo assim, Camargo acredita que o número de empregos gerados em julho pode ser um sinal positivo. Para o ministro do Trabalho e do Emprego, Francisco Dornelles, o crescimento do mercado de trabalho acumulado nos últimos quatro meses mostra que a redução inesperada do PIB no segundo trimestre e a crise energética não chegaram a afetar o nível de emprego. Segundo ele, foram criados cerca de 410 mil novos empregos no segundo trimestre, mais que o dobro dos 163 mil gerados nos primeiros três meses do ano.

Os setores de serviços e agropecuária foram os que tiveram o maior crescimento em julho: 38.199 e 20.617, respectivamente. No acumulado do ano, o setor de serviços manteve a liderança com 230.913 postos das 645.375 vagas criadas este ano. A agropecuária ficou em segundo lugar, com 183.918 postos. A indústria de transformação, por sua vez, demitiu 2.246 funcionários em julho e a construção fechou 730 postos. No Rio, foram criadas 6.623 novas vagas.

(O Globo)

 

 
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Dornelles anuncia 430 mil vagas

Ao antecipar pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente ao segundo trimestre deste ano, o ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dornelles, afirmou que foram criadas 430 mil vagas no mercado formal nesse período. É o dobro do resultado levantado entre os meses de janeiro e março, quando o número de postos chegou a 212 mil. Pelo menos no início de implementação, o racionamento parece não ter afetado o mercado de trabalho.

No que depender das expectativas do ministro Francisco Dornelles, o mês de julho também pode contrariar as estimativas mais pessimistas quanto à criação de emprego. Mesmo com a indústria em plena desaceleração, além da escassez de energia, Dornelles prevê a geração de 70 mil vagas no país.

'O racionamento ainda não prejudicou o mercado de trabalho', disse o ministro, sem ousar arriscar, entretanto, projeções para os próximos trimestres. 'Não estou falando sobre o segundo semestre', disse Dornelles, depois de almoço-palestra sobre legislação trabalhista, na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Sobre os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já indicam desaquecimento do mercado de trabalho, o ministro não opinou. Disse apenas que os números do Caged são mais abrangentes, uma vez que o IBGE apura a Pesquisa Mensal de Emprego em seis capitais.

Os números do Caged não foram a única novidade divulgada ontem pelo governo no setor trabalhista. O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que estuda enviar ao Congresso projeto que eleva em 3,5% o salário do funcionalismo.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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Mostra oferece 2.200 vagas

A 5ª Edição da Mostra-PUC, feira que oferece estágios e empregos, vai reunir cerca de 60 empresas de pequeno, médio e grande porte. São 2.200 vagas para programas de estágio e trainee, 20% a mais do que no ano passado. A expectativa dos organizadores do evento, que começa hoje e vai até sexta-feira, é reunir 100 mil estudantes na mostra.

A preocupação com o primeiro emprego e novidades do mercado empresarial são alguns dos assuntos a serem abordados na mostra, cujo tema é ''O prazer de trabalhar: mito ou realidade?''. Entre as empresas participantes estão Esso, General Electric, IBM, LOréal, Petrobras e Souza Cruz. A feira, com entrada franca, fica aberta ao público das 10h às 20h, no campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na Gávea, Zona Sul do Rio.

Com o objetivo de integrar os alunos ao meio empresarial, as empresas vão apresentar cerca de 120 workshops. ''Queremos estimular o jovem a aprimorar seu conhecimento'', disse o coordenador da mostra, Luiz Cesar Monnerat Tardin. A economista Patrícia Jardim, de 25 anos, conseguiu seu primeiro grande emprego através da feira. Ela se inscreveu na LOréal, fez provas e foi escolhida para trabalhar como estagiária. A efetivação veio um ano depois. ''O evento é importante porque concentra boas companhias em um mesmo lugar'', disse.

A vice-presidente de recursos humanos da LOréal, Cândida Goes, reconhece o sucesso do recrutamento. ''Esse é o segundo ano consecutivo que patrocinamos e participamos da mostra. O aproveitamento é muito bom''. Dos 27 estagiários da LOréal, 24 foram recrutados através da feira.

Nesta edição, a empresa vai oferecer 30 vagas. O processo de seleção inclui a triagem dos currículos enviados pelo site {www.talentos.com.br}, dinâmicas de grupos, teste de redação, idioma e entrevistas. São aceitos alunos a partir do 5° período. O salário oferecido é de R$ 600 e a jornada de trabalho é de seis a oito a horas.

A Esso participará pela primeira vez da mostra e oferecerá 122 vagas. Os alunos poderão se inscrever pelo site {www.esso.com.br/estagio}. A remuneração é de R$ 650 por uma jornada de 20 horas semanais. Para estágio de nível técnico é de R$ 560 por 40 horas semanais. A coordenadora do programa de estágios da Esso, Beatrice Araújo está confiante. ''Nosso objetivo é criar um banco de dados e recrutar os estudantes, conhecidos pelo bom nível de ensino''.

Outra companhia participante do evento é a Souza Cruz. Inglês fluente e conhecimento de informática são as principais exigências. ''Procuramos jovens que tenham garra, persuasão e visão de negócios'', acrescentou a gerente de Recursos Humanos, Renata Pires. Cabe lembrar que a participação na mostra não se limita aos alunos da PUC. Podem comparecer estudantes de outras faculdades, recém-formados ou alunos de 2° grau.

(Jornal do Brasil)

 

 
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