Responsabilidade
social deve ser mais incisiva durante eleições
Rodrigo Zavala
Equipe GD
Ser transparente,
seguir um código de ética e fazer da empresa um ambiente
mais educativo para os funcionários, são os pontos
principais da nova publicação "A Responsabilidade
Social das Empresas no Período Eleitoral", lançada
hoje pelo Instituto Ethos. Nela, a instituição tenta
combater o abuso do poder econômico no apoio a políticos
e partidos na corrida eleitoral.
"As eleições
se tornaram um negócio milionário, que escancara as
portas para a corrupção", diz Ricardo Young,
presidente da Yázigi Internexus, empresa que patrocinou a
publicação. Uma postura mais transparente por parte
da iniciativa privada, acredita, poderia coibir desvios de recursos
e duvidosas trocas de favores.
Didática,
a cartilha apresenta experiências nacionais e internacionais
sobre o processo eleitoral, mostrando ao empresariado como proceder.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, a
publicação alerta para os impactos do financiamento
a candidatos, seja para presidente ou mesmo para deputados. "A
legalidade deve ser o marco zero para qualquer iniciativa, para
não se tornar mais um caso como o de Roseana Sarney",
afirma.
Outro ponto
importante levantado por Grajew é o caráter educativo
que a empresa pode - e deve - adotar. Para ele, aproveitar a comunicação
interna e a influência da empresa como instrumento de informação
para seus colaboradores é um caminho. "Elaborar um material
que reúna a vida pregressa dos candidatos é simples
e pode ser facilmente feito pela empresa", defende.
Com o apoio
da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), os 25 mil exemplares da publicação
chegaram às mãos dos associados do Ethos e da Federação,
que controlam mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
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