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22/09/2005
-
10h41
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) avaliou na ata de sua última reunião, divulgada hoje, os efeitos que o furacão Katrina pode ter sobre a economia dos EUA.
"Embora os efeitos de catástrofes desse tipo sobre a economia agregada tendam a ser pouco expressivos, a região atingida responde por parcela significativa das atividades de extração, refino e distribuição de petróleo e derivados nos Estados Unidos. Nesse sentido, a decorrente restrição de oferta trouxe pressão adicional às cotações do petróleo, podendo resultar em pressões inflacionárias e conseqüentes efeitos sobre a renda disponível e sobre a confiança dos consumidores", diz a ata do Copom.
O Katrina atingiu a costa Sul dos EUA, principalmente os Estados do Mississippi e da Louisiana, e o golfo do México no final de agosto, provocando fechamento de refinarias e plataformas na região, o que fez o preço do petróleo disparar para pouco mais de US$ 70 no último dia 30.
No documento, o comitê lembra sobre as especulações de que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) interromperia seu processo de elevação dos juros --a catástrofe poderia causar um desaquecimento na economia.
"Porém, já nos primeiros dias de setembro, as cotações de petróleo retrocederam e as taxas de juros dos títulos do tesouro americano retornaram para próximos de seus patamares anteriores." No entanto, um outro furacão, o Rita, atingirá a mesma região nos próximos dias, o que aumenta os temores de que as instalações de produção no golfo do México e no Texas sejam atingidas.
Sobre a economia internacional como um todo, o comitê destacou a queda do risco-país brasileiro --que está em torno de 370 pontos, retornando ao patamar de 1997-- e os desequilíbrios nas contas externas de alguns países, como os EUA, mas o Copom vê como baixo o risco de deterioração dos mercados.
"Um fator de preocupação adicional está associado aos desequilíbrios nas contas externas de algumas das principais economias mundiais e à possibilidade de que eventuais ajustes em suas trajetórias determinem grandes flutuações cambiais. Apesar desse quadro, no qual há incertezas relevantes, o Copom continua atribuindo baixa probabilidade a um cenário de deterioração significativa nos mercados financeiros internacionais", diz o documento.
O Copom ressaltou ainda o nível de atividade menos aquecido registrado no Japão e nos países do Euro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a ata do Copom
Leia o que já foi publicado sobre os preços do petróleo
Copom avalia efeitos do Katrina sobre economia dos EUA
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da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) avaliou na ata de sua última reunião, divulgada hoje, os efeitos que o furacão Katrina pode ter sobre a economia dos EUA.
"Embora os efeitos de catástrofes desse tipo sobre a economia agregada tendam a ser pouco expressivos, a região atingida responde por parcela significativa das atividades de extração, refino e distribuição de petróleo e derivados nos Estados Unidos. Nesse sentido, a decorrente restrição de oferta trouxe pressão adicional às cotações do petróleo, podendo resultar em pressões inflacionárias e conseqüentes efeitos sobre a renda disponível e sobre a confiança dos consumidores", diz a ata do Copom.
O Katrina atingiu a costa Sul dos EUA, principalmente os Estados do Mississippi e da Louisiana, e o golfo do México no final de agosto, provocando fechamento de refinarias e plataformas na região, o que fez o preço do petróleo disparar para pouco mais de US$ 70 no último dia 30.
No documento, o comitê lembra sobre as especulações de que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) interromperia seu processo de elevação dos juros --a catástrofe poderia causar um desaquecimento na economia.
"Porém, já nos primeiros dias de setembro, as cotações de petróleo retrocederam e as taxas de juros dos títulos do tesouro americano retornaram para próximos de seus patamares anteriores." No entanto, um outro furacão, o Rita, atingirá a mesma região nos próximos dias, o que aumenta os temores de que as instalações de produção no golfo do México e no Texas sejam atingidas.
Sobre a economia internacional como um todo, o comitê destacou a queda do risco-país brasileiro --que está em torno de 370 pontos, retornando ao patamar de 1997-- e os desequilíbrios nas contas externas de alguns países, como os EUA, mas o Copom vê como baixo o risco de deterioração dos mercados.
"Um fator de preocupação adicional está associado aos desequilíbrios nas contas externas de algumas das principais economias mundiais e à possibilidade de que eventuais ajustes em suas trajetórias determinem grandes flutuações cambiais. Apesar desse quadro, no qual há incertezas relevantes, o Copom continua atribuindo baixa probabilidade a um cenário de deterioração significativa nos mercados financeiros internacionais", diz o documento.
O Copom ressaltou ainda o nível de atividade menos aquecido registrado no Japão e nos países do Euro.
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