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29/09/2005 - 18h15

Prefeitura multa 8 agências por descumprir lei da fila em SP

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da Folha Online

Ao menos oito agências bancárias foram multadas hoje na cidade de São Paulo por descumprirem a lei que limitou o tempo de espera nas filas.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Subprefeituras, cinco multas foram aplicadas por fiscais da Subprefeitura de Pinheiros (zona oeste) em agências do Banco do Brasil, Banespa, Caixa Econômica Federal, Real e Itaú. Outras três autuações foram feitas pela Subprefeitura de São Mateus (zona leste) ao Banespa, Itaú e Nossa Caixa. Cada uma dessas agências deverá pagar uma multa de R$ 564, que dobra em caso de reincidência.

A secretaria informou que o balanço completo das fiscalização deve ser divulgado somente nas proximas horas.

Já a Folha Online visitou nove agências de diferentes instituições financeiras no centro da cidade e constatou que apenas quatro cumpriram os limites fixados mesmo após a prefeitura ter dado um prazo de 120 dias para a adequação das agências à nova legislação.

As multas são aplicadas aos bancos que obrigarem seus clientes a esperar mais de 15 minutos na fila --as exceções são véspera ou dia seguinte de feriados (máximo de 25 minutos) e dias de pagamentos de funcionários públicos (30 minutos).

Os bancos foram obrigados a instalar máquinas no início da fila para o atendimento nos caixas. Essas máquinas devem imprimir boletos com o horário em que o cliente entra na fila. Esse boleto deve ser apresentado ao funcionário do caixa no momento em que o cliente começar a ser atendido e registrará o tempo de espera na fila.

Das nove agências visitadas, no entanto, quatro não possuíam ao menos a máquina que registra a entrada dos clientes. São elas as agências do HSBC e do Itaú na praça da República, do Safra na rua Barão de Itapetininga e do Banco do Brasil na rua Sete de Abril.

O HSBC e o Safra, mesmo sem fornecerem senhas de controle de atendimento, não tinham filas.

No BB, o comerciante Carlos Alberto Barbosa, 44, ficou 15 minutos na fila e afirmou que desistiu porque só duas das 49 pessoas que aguardavam foram atendidas nesse período.

Já Renato Santos, 31, funcionário de atendimento pessoal, também desistiu e reclamou da falta de empregados nas agências. "Claro que essa lei não vai dar certo, não se investe em funcionário", afirmou.

No Itaú, o analista de suporte técnico Ricardo Vieira, 29, disse que vai levar sua reclamação à subprefeitura por ter esperado mais de 15 minutos na fila. "Banco escorregou comigo, é sem massagem", disse.

Foi a agência da Caixa Econômica Federal na rua Sete de Abril, no entanto, que mais irritou os clientes. Nesse local, as pessoas eram obrigadas a retornar em horário posterior para serem atendidas.

A assistente técnica Cristina Silva, que chegou às 14h40 na agência, afirmou que teve que pegar uma senha que marcava seu atendimento para as 16h30. Além disso, ela teria de retornar antes das 16h, horário do fechamento dos bancos. Para ela, a nova lei piorou ainda mais o atendimento.

Por outro lado, os quatro bancos que atenderam a lei e marcaram o tempo de fila foram Sudameris, Bradesco, Real e Banespa, todos localizados na praça da República.

A teleoperadora Hebe Cristina Mendes, que foi ao Bradesco, disse ter sido atendida em dois minutos, mais rápido que normalmente. Para ela, a lei é "ótima e maravilhosa".

Denúncia

A prefeitura orienta os clientes que constatarem o não-cumprimento da lei que encaminhem a denúncia para a subprefeitura onde está localizada a agência. A denúncia deve ser feita por escrito e estar acompanhada do boleto que comprova a irregularidade.

Para saber o endereço ou o telefone da subprefeitura, o cliente deve ligar para o número 156. Esse telefone também serve para que o cidadão apresente denúncias contra bancos que não tenham instalado a máquina de medir o tempo na fila nas agências e estão sujeitos a multa.

As denúncias vão servir para que os 700 fiscais da Secretaria de Subprefeituras de São Paulo possam concentrar as blitze que serão realizadas nas agências mais problemáticas.

A secretaria também planeja preparar um relatório sobre as ações fiscalizatórias e poderá divulgar posteriormente quais são as instituições financeiras com mais dificuldade em cumprir a legislação.

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