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20/10/2005
-
18h06
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O mercado financeiro decidiu focar as atenções no público gay. Menos de um mês depois de ter sido criada a primeira casa de câmbio voltada especificamente para este segmento, o país acaba de ganhar os primeiros clubes de investimento voltados especificamente para o público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros).
Os clubes GLBT e GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) foram criados pela Sparta Investimentos, de Porto Alegre, em parceria com a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Parte da taxa de administração do clube será revertida para a associação, que pretende alocar os recursos em projetos sociais.
Segundo o sócio da Sparta, Zulmir Tres, o objetivo do fundo é oferecer uma alternativa para diversificar os investimentos por meio de uma carteira de ações composta de papéis como Petrobras, Vale do Rio Doce e Braskem, entre outros. "Percebemos que a Bovespa vinha focando suas campanhas nas mulheres e percebemos que havia espaço para criar um produto voltado para este segmento", disse.
Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Renato Baldim, existe uma tendência, não só do mercado financeiro, de concentrar as atenções em nichos específicos. "Isto pode ser verificado não só no mercado GLS e GLBT, como também nos produtos voltados especificamente para mulheres e idosos. A idéia não é excluir os outros grupos, mas sim dar visibilidade a estes nichos", afirmou.
O investidor interessado em participar tem a possibilidade de cadastrar também o nome do parceiro, como se o investimento fosse uma conta conjunta. "Dessa forma, o parceiro terá direito aos recursos mesmo em caso de morte do titular", afirmou Tres.
Apesar de a corretora estar localizada no Rio Grande do Sul, é possível aplicar a partir de qualquer lugar do país. O investimento inicial deve ficar entre R$ 1.000 e R$ 1.500. A partir daí, o montante a ser investido fica a critério do participante. A documentação é enviada pelo correio e o investidor acompanha o desempenho do clube e a sua participação por meio de relatórios mensais.
Dos 5% ao ano cobrados como taxa de administração, 2% serão destinados à Associação. "A parada já existe há dez anos e a associação há sete anos. Temos muitos projetos sociais voltados para a promoção da cidadania deste nicho que ainda sofre muita discriminação e que precisam de recursos para serem postos em prática", afirmou Baldim.
Normalmente, um clube de investimentos deve ter no mínimo três e no máximo 150 participantes, mas como estes clubes estão vinculados a um movimento social, não será necessário se limitar a este total de participantes. A principal regra é que nenhum dos participantes poderá investir mais do que 40% do patrimônio do clube.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre clubes de investimento
Corretora lança primeiro clube de investimento voltado para o público gay
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da Folha Online, no Rio
O mercado financeiro decidiu focar as atenções no público gay. Menos de um mês depois de ter sido criada a primeira casa de câmbio voltada especificamente para este segmento, o país acaba de ganhar os primeiros clubes de investimento voltados especificamente para o público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros).
Os clubes GLBT e GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) foram criados pela Sparta Investimentos, de Porto Alegre, em parceria com a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Parte da taxa de administração do clube será revertida para a associação, que pretende alocar os recursos em projetos sociais.
Segundo o sócio da Sparta, Zulmir Tres, o objetivo do fundo é oferecer uma alternativa para diversificar os investimentos por meio de uma carteira de ações composta de papéis como Petrobras, Vale do Rio Doce e Braskem, entre outros. "Percebemos que a Bovespa vinha focando suas campanhas nas mulheres e percebemos que havia espaço para criar um produto voltado para este segmento", disse.
Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Renato Baldim, existe uma tendência, não só do mercado financeiro, de concentrar as atenções em nichos específicos. "Isto pode ser verificado não só no mercado GLS e GLBT, como também nos produtos voltados especificamente para mulheres e idosos. A idéia não é excluir os outros grupos, mas sim dar visibilidade a estes nichos", afirmou.
O investidor interessado em participar tem a possibilidade de cadastrar também o nome do parceiro, como se o investimento fosse uma conta conjunta. "Dessa forma, o parceiro terá direito aos recursos mesmo em caso de morte do titular", afirmou Tres.
Apesar de a corretora estar localizada no Rio Grande do Sul, é possível aplicar a partir de qualquer lugar do país. O investimento inicial deve ficar entre R$ 1.000 e R$ 1.500. A partir daí, o montante a ser investido fica a critério do participante. A documentação é enviada pelo correio e o investidor acompanha o desempenho do clube e a sua participação por meio de relatórios mensais.
Dos 5% ao ano cobrados como taxa de administração, 2% serão destinados à Associação. "A parada já existe há dez anos e a associação há sete anos. Temos muitos projetos sociais voltados para a promoção da cidadania deste nicho que ainda sofre muita discriminação e que precisam de recursos para serem postos em prática", afirmou Baldim.
Normalmente, um clube de investimentos deve ter no mínimo três e no máximo 150 participantes, mas como estes clubes estão vinculados a um movimento social, não será necessário se limitar a este total de participantes. A principal regra é que nenhum dos participantes poderá investir mais do que 40% do patrimônio do clube.
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