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26/10/2005
-
09h48
JANAÍNA LEITE
da Folha de S. Paulo, em Florianópolis
A BrT (Brasil Telecom) anunciou ontem que até o final do ano vai lançar um serviço de telefonia por meio da internet (VoIP, tecnologia de voz sobre IP) para seus assinantes residenciais. A empresa será a primeira operadora de telefonia fixa do país a ofertar esse tipo de produto para o cliente final. O anúncio foi feito pelo presidente da BrT, Ricardo Knopfelmacher, durante sua participação no Futurecom, em Florianópolis.
Ricardo K., como é conhecido o executivo, adiantou ainda que a BrT venderá celulares a R$ 99 nas promoções de Natal. Ele, no entanto, recusou-se a falar em números. Não quis falar o valor total dos investimentos em VoIP nem as expectativas quanto ao desempenho nas vendas de dezembro.
Segundo ele, outro ponto operacional que será revisto para novos clientes será o modelo "pula-pula" da BrT GSM, braço de telefonia celular da empresa.
O anúncio da BrT é a face mais visível de uma das disputas mais acirradas da Futurecom, maior feira de telecomunicações da América Latina. Com bilhões no caixa, as grandes operadoras fazem movimentos defensivos para impedir o avanço do VoIP. Ao mesmo tempo, querem manter um pé nesse barco, que, ao que tudo indica, deve navegar bem.
O lado menos conhecido vem de operadoras menores cujo foco são os serviços de telefonia por internet. Sem estandes ou grandes equipes, elas lançaram mão do marketing de guerrilha. Interceptam com sucesso transeuntes do Futurecom para explicar seu plano de negócios. Exemplo é a Hip Telecom, que tem licença para oferecer ligações por meio de banda larga em todo o país.
A empresa lançou ontem o pacote Hip Net São Paulo Ilimitado, que prevê o pagamento mensal de R$ 99 em troca de quantas chamadas locais o cliente quiser. O sistema é diferente do Skype, porque o usuário não precisa ficar com o computador ligado e dá direito a cem minutos adicionais de conversação para fora da cidade de origem e ainda outros países.
O público-alvo são pessoas que usam muito o telefone, internautas e pequenos empresários. A favor, o argumento é que as ligações ficam até 70% mais baratas e livres do pagamento de assinaturas. Contra, que as queixas serão "endereçadas ao bispo" -pela legislação atual, não está claro quem cuida do assunto.
No Brasil, estima-se a existência de 9 milhões de usuários da internet por meio de banda larga. Desses, 10% deverão usar serviços de telefonia IP até 2008. A Hip quer 40% desses 900 mil clientes.
Os EUA vivem situação semelhante. A AT&T lançou um serviço "defensivo" VoIP. Segundo especialistas do setor, é dona de uma fatia de 5% desse tipo de mercado. A Vonage, especializada em telefonia IP, atende entre 90% e 95% do total de usuários.
BrT terá telefonia via internet no fim do ano
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da Folha de S. Paulo, em Florianópolis
A BrT (Brasil Telecom) anunciou ontem que até o final do ano vai lançar um serviço de telefonia por meio da internet (VoIP, tecnologia de voz sobre IP) para seus assinantes residenciais. A empresa será a primeira operadora de telefonia fixa do país a ofertar esse tipo de produto para o cliente final. O anúncio foi feito pelo presidente da BrT, Ricardo Knopfelmacher, durante sua participação no Futurecom, em Florianópolis.
Ricardo K., como é conhecido o executivo, adiantou ainda que a BrT venderá celulares a R$ 99 nas promoções de Natal. Ele, no entanto, recusou-se a falar em números. Não quis falar o valor total dos investimentos em VoIP nem as expectativas quanto ao desempenho nas vendas de dezembro.
Segundo ele, outro ponto operacional que será revisto para novos clientes será o modelo "pula-pula" da BrT GSM, braço de telefonia celular da empresa.
O anúncio da BrT é a face mais visível de uma das disputas mais acirradas da Futurecom, maior feira de telecomunicações da América Latina. Com bilhões no caixa, as grandes operadoras fazem movimentos defensivos para impedir o avanço do VoIP. Ao mesmo tempo, querem manter um pé nesse barco, que, ao que tudo indica, deve navegar bem.
O lado menos conhecido vem de operadoras menores cujo foco são os serviços de telefonia por internet. Sem estandes ou grandes equipes, elas lançaram mão do marketing de guerrilha. Interceptam com sucesso transeuntes do Futurecom para explicar seu plano de negócios. Exemplo é a Hip Telecom, que tem licença para oferecer ligações por meio de banda larga em todo o país.
A empresa lançou ontem o pacote Hip Net São Paulo Ilimitado, que prevê o pagamento mensal de R$ 99 em troca de quantas chamadas locais o cliente quiser. O sistema é diferente do Skype, porque o usuário não precisa ficar com o computador ligado e dá direito a cem minutos adicionais de conversação para fora da cidade de origem e ainda outros países.
O público-alvo são pessoas que usam muito o telefone, internautas e pequenos empresários. A favor, o argumento é que as ligações ficam até 70% mais baratas e livres do pagamento de assinaturas. Contra, que as queixas serão "endereçadas ao bispo" -pela legislação atual, não está claro quem cuida do assunto.
No Brasil, estima-se a existência de 9 milhões de usuários da internet por meio de banda larga. Desses, 10% deverão usar serviços de telefonia IP até 2008. A Hip quer 40% desses 900 mil clientes.
Os EUA vivem situação semelhante. A AT&T lançou um serviço "defensivo" VoIP. Segundo especialistas do setor, é dona de uma fatia de 5% desse tipo de mercado. A Vonage, especializada em telefonia IP, atende entre 90% e 95% do total de usuários.
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