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03/11/2005
-
09h15
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), uma das principais entidades pecuaristas do país, com sede em Uberaba (MG), queria que o governo ajudasse a financiar o controle da aftosa no Paraguai e na Bolívia, mas ouviu, segundo seu presidente, um "não" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há sete meses.
Naquela oportunidade, a associação já estava preocupada com a questão da febre aftosa nos países vizinhos. Agora, a ABCZ dá início a uma nova articulação, visando uma estratégia conjunta de combate à aftosa entre todos os países da América do Sul, e quer o apoio do governo. A organização quer que esse acordo seja selado pelos ministérios da Agricultura da região na Expozebu, em Uberaba, em maio de 2006.
Quem falou sobre a negativa do presidente Lula em financiar o combate à aftosa no Paraguai e na Bolívia foi o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Jr., pecuarista em Três Lagoas (MS).
O motivo foi a falta de recursos. "Ele [Lula] disse: "Nós não temos condições de ajudá-los porque temos problemas para liberar o nosso dinheiro" [para a defesa sanitária no próprio país]."
"Quando nós fomos ao presidente, essa questão [reaparecimento da aftosa] já estava sendo vislumbrada", disse Tibery Jr., que esteve com Lula no Palácio do Planalto "no fim de março ou começo de abril". Foi convidá-lo para a Expozebu-05, oportunidade em que também reclamou do corte no orçamento do Ministério da Agricultura para a defesa sanitária. Estavam presentes o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) e José Dirceu (ex-Casa Civil).
Lula não foi à abertura da exposição. Foi representado pelo vice-presidente, José Alencar, que recebeu de Tibery Jr. a "Carta da Expozebu 2005", assinada pelas principais lideranças da cadeia produtiva da carne, cuja essência era um alerta e queixas sobre o corte de verbas para a defesa sanitária animal. Alencar, em discurso, se desculpou pela ausência de Lula e disse que "Brasília sofre da síndrome da falta de recursos".
Outro lado
O ministério da Agricultura informou que o presidente Lula mencionou sua intenção de liderar uma campanha de combate à febre aftosa no hemisfério Sul. Segundo o site do ministério, a afirmação do presidente foi feita em dezembro de 2004.
O assunto será levado à discussão pelo ministro Roberto Rodrigues na reunião do Conselho do Agronegócio do Sul, que acontecerá nos próximos dias 10 e 11 em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).
Sobre um convênio com países vizinhos para a erradicação da febre aftosa, o ministério informou que há dez anos o Brasil tem uma parceira com a Bolívia.
Cerca de 2 milhões de cabeças de gado são vacinados contra a doença no país vizinho com o apoio técnico do Brasil.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a febre aftosa
Lula vetou ajuda a Paraguai e Bolívia, diz criador
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), uma das principais entidades pecuaristas do país, com sede em Uberaba (MG), queria que o governo ajudasse a financiar o controle da aftosa no Paraguai e na Bolívia, mas ouviu, segundo seu presidente, um "não" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há sete meses.
Naquela oportunidade, a associação já estava preocupada com a questão da febre aftosa nos países vizinhos. Agora, a ABCZ dá início a uma nova articulação, visando uma estratégia conjunta de combate à aftosa entre todos os países da América do Sul, e quer o apoio do governo. A organização quer que esse acordo seja selado pelos ministérios da Agricultura da região na Expozebu, em Uberaba, em maio de 2006.
Quem falou sobre a negativa do presidente Lula em financiar o combate à aftosa no Paraguai e na Bolívia foi o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Jr., pecuarista em Três Lagoas (MS).
O motivo foi a falta de recursos. "Ele [Lula] disse: "Nós não temos condições de ajudá-los porque temos problemas para liberar o nosso dinheiro" [para a defesa sanitária no próprio país]."
"Quando nós fomos ao presidente, essa questão [reaparecimento da aftosa] já estava sendo vislumbrada", disse Tibery Jr., que esteve com Lula no Palácio do Planalto "no fim de março ou começo de abril". Foi convidá-lo para a Expozebu-05, oportunidade em que também reclamou do corte no orçamento do Ministério da Agricultura para a defesa sanitária. Estavam presentes o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) e José Dirceu (ex-Casa Civil).
Lula não foi à abertura da exposição. Foi representado pelo vice-presidente, José Alencar, que recebeu de Tibery Jr. a "Carta da Expozebu 2005", assinada pelas principais lideranças da cadeia produtiva da carne, cuja essência era um alerta e queixas sobre o corte de verbas para a defesa sanitária animal. Alencar, em discurso, se desculpou pela ausência de Lula e disse que "Brasília sofre da síndrome da falta de recursos".
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O ministério da Agricultura informou que o presidente Lula mencionou sua intenção de liderar uma campanha de combate à febre aftosa no hemisfério Sul. Segundo o site do ministério, a afirmação do presidente foi feita em dezembro de 2004.
O assunto será levado à discussão pelo ministro Roberto Rodrigues na reunião do Conselho do Agronegócio do Sul, que acontecerá nos próximos dias 10 e 11 em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).
Sobre um convênio com países vizinhos para a erradicação da febre aftosa, o ministério informou que há dez anos o Brasil tem uma parceira com a Bolívia.
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