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04/11/2005
-
13h39
IVONE PORTES
da Folha Online
Ao contrário do esperado por alguns economistas, o preço da carne bovina acelerou em São Paulo e registrou alta de até 9,44%, pressionando a inflação do município, que atingiu 0,63% em outubro --maior índice desde abril.
Com o embargo à carne brasileira promovido por mais de 40 países, após a constatação de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, analistas chegaram a prever um recuo no preço do produto no mercado doméstico, em razão da possibilidade de aumento da oferta interna com a redução nas exportações.
"Mas não foi o que aconteceu", explica o coordenador da pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), Paulo Picchetti. "Houve um minichoque de oferta negativa de carne bovina", disse.
Com isso, a carne bovina ficou mais cara e contribuiu com 0,18 ponto percentual na inflação de outubro. Ou seja, respondeu por quase um terço da taxa registrada no mês, ultrapassando os impactos gerados pelos reajustes dos combustíveis e de água/esgoto, que foram de 0,14 ponto percentual cada.
Por cortes de carne, a maior alta foi do patinho, de 9,44%, seguida pelo coxão mole (+8,81%), alcatra (+8,35%), contrafilé (+8,63%), coxão duro (+7,47%) e acém (+6,05%).
Picchetti ressalta, entretanto, que o preço da carne já vinha subindo desde o começo de outubro --antes do problema da aftosa--, por conta do período de entressafra, mas de forma menos acentuada. No ano, o preço do produto ainda acumula queda de 1%.
Novembro
Para novembro, o coordenador da Fipe projeta inflação de 0,5%. Ele não descarta, porém, a possibilidade de a taxa ultrapassar essa previsão caso a carne bovina continue subindo.
Segundo ele, se o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe ficar em torno de 0,5% em cada um dos dois últimos meses do ano, o índice acumulado em 2005 ficará próximo de 5%. De janeiro a outubro, o IPC acumula alta de 3,92%.
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Ao contrário do esperado por alguns economistas, o preço da carne bovina acelerou em São Paulo e registrou alta de até 9,44%, pressionando a inflação do município, que atingiu 0,63% em outubro --maior índice desde abril.
Com o embargo à carne brasileira promovido por mais de 40 países, após a constatação de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, analistas chegaram a prever um recuo no preço do produto no mercado doméstico, em razão da possibilidade de aumento da oferta interna com a redução nas exportações.
"Mas não foi o que aconteceu", explica o coordenador da pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), Paulo Picchetti. "Houve um minichoque de oferta negativa de carne bovina", disse.
Com isso, a carne bovina ficou mais cara e contribuiu com 0,18 ponto percentual na inflação de outubro. Ou seja, respondeu por quase um terço da taxa registrada no mês, ultrapassando os impactos gerados pelos reajustes dos combustíveis e de água/esgoto, que foram de 0,14 ponto percentual cada.
Por cortes de carne, a maior alta foi do patinho, de 9,44%, seguida pelo coxão mole (+8,81%), alcatra (+8,35%), contrafilé (+8,63%), coxão duro (+7,47%) e acém (+6,05%).
Picchetti ressalta, entretanto, que o preço da carne já vinha subindo desde o começo de outubro --antes do problema da aftosa--, por conta do período de entressafra, mas de forma menos acentuada. No ano, o preço do produto ainda acumula queda de 1%.
Novembro
Para novembro, o coordenador da Fipe projeta inflação de 0,5%. Ele não descarta, porém, a possibilidade de a taxa ultrapassar essa previsão caso a carne bovina continue subindo.
Segundo ele, se o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe ficar em torno de 0,5% em cada um dos dois últimos meses do ano, o índice acumulado em 2005 ficará próximo de 5%. De janeiro a outubro, o IPC acumula alta de 3,92%.
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