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09/11/2005 - 15h49

Após votação de MP 258, técnicos admitem suspender greve

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Os técnicos da Receita Federal já admitem a possibilidade de suspender a greve nacional da categoria, iniciada em agosto. Essa disposição surgiu após a Câmara aprovar ontem o texto básico da medida provisória 258, que criou a Super-Receita --estrutura que unifica a secretaria de receita federal com a receita previdenciária.

Segundo Rodrigo Thompson, diretor de assuntos parlamentares do Sindireceita (Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal), a MP trouxe alguns avanços para a categoria, que reivindica mudanças na estrutura de cargos e carreiras.

"O texto aprovado já traz algum avanço para a categoria. Queríamos avançar mais, mas as alterações feitas trazem alguma justiça para nossa categoria", disse.

Entre as mudanças está a denominação do cargo, que passa a ser analista técnico. "Antes éramos tratados na MP como auxiliares. Com a mudança, ficamos mais perto da realidade", afirmou Thompson.

Segundo ele, a greve da categoria está mantida até domingo, conforme decisão tomada anteriormente em assembléia. "Deveremos realizar uma assembléia amanhã para decidir se a paralisação será mantida ou se vamos suspender o movimento."

Por outro lado, auditores da Receita e técnicos da Previdência devem manter a paralisação da categoria até que a MP seja votada no Senado.

"Vamos manter nossa luta. Acreditamos que é possível derrubar a MP ou impedir que ela seja votada dentro do prazo", afirmou Clair Hichmann, diretora do Unafisco Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal).

O Sinsprev (Sindicato dos Servidores da Previdência Social) também manterá o sistema de operação-padrão, que deve resultar na demora do atendimento ou análise de processos. "Essa MP não atende os interesses da sociedade nem da categoria", afirmou a diretora do Sinsprev, Rita de Cássia Assis Bueno.

O Unafisco e o Sinsprev criticam a unificação do caixa da Previdência com a Receita Federal. "A arrecadação previdenciária tem de ser usada no pagamento de aposentadorias e pensões. Tememos que com a unificação das duas arrecadações aconteça um desvirtuamento dessa finalidade", disse Bueno.

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