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10/11/2005
-
19h13
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O consumidor de baixa renda prefere os mercadinhos de bairro aos hipermercados na hora de fazer compras, apontou pesquisa da LatinPanel. De acordo com o estudo, 55% dos consumidores de baixa renda concentram suas compras em canais alternativos, como mercearias, caminhões e venda porta a porta. Nas classes mais altas o comportamento é inverso: 70% concentram seus gastos nos supermercados.
Essa diferença está relacionada, principalmente, à distância entre a casa do consumidor e o ponto de venda. A diretora comercial da LatinPanel, Ana Cláudia Fioratti, disse que a facilidade de acesso à loja é fundamental para o consumidor de baixa renda.
"Esse consumidor costuma fazer suas compras a pé. Por isso, a proximidade entre a casa e o ponto de venda é essencial."
Estudo da LatinPanel mostra que 72% dos consumidores da classes D fazem compras a pé. Na classe C, o percentual cai para 63%. Já 75% dos consumidores das classes A e B vão às compras de carro.
A maneira como o consumidor se locomove e encara a ida até o supermercado também altera as características consideradas importantes por ele no ponto de venda. "O consumidor de baixa renda valoriza a área de lazer infantil. A classe alta dá mais importância ao estacionamento", disse Fioratti.
Apesar das diferenças, ela diz que existem atributos que são valorizados em todas as classes sociais: preço, variedade e localização. "A baixa renda é fiel às marcas, inclusive aos produtos de primeira marca. Como ela tem restrição de renda, não pode se dar ao luxo de comprar um produto, errar e trocar por outro."
Potencial
As grandes redes varejistas querem roubar do comércio informal o consumidor de baixa renda. Esse interesse pode ser justificado pela tamanho desse público: 77% da população domiciliar brasileira está distribuída nas classes C, D e E, segundo a LatinPanel.
"Os fabricantes e varejistas já conquistaram participação nas classes A e B. O desafio é desenvolver produtos com preços acessíveis para a baixa renda", disse Juracy Parente, da Coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas).
Segundo ele, a preocupação em atingir a classe baixa aumentou depois da expansão do crédito. "A ampliação do crédito ampliou a capacidade de consumo das camadas mais pobres."
Para atingir esse público, Parente diz que as redes varejistas precisam investir em qualidade, preço e ferramentas de crédito. Entre os itens com mais espaço para serem consumidos pela baixa renda estão aparelhos de celular, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e material de construção. "Existe um potencial enorme de desenvolvimento de vendas para a baixa renda", afirmou Fioratti.
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Essa diferença está relacionada, principalmente, à distância entre a casa do consumidor e o ponto de venda. A diretora comercial da LatinPanel, Ana Cláudia Fioratti, disse que a facilidade de acesso à loja é fundamental para o consumidor de baixa renda.
"Esse consumidor costuma fazer suas compras a pé. Por isso, a proximidade entre a casa e o ponto de venda é essencial."
Estudo da LatinPanel mostra que 72% dos consumidores da classes D fazem compras a pé. Na classe C, o percentual cai para 63%. Já 75% dos consumidores das classes A e B vão às compras de carro.
A maneira como o consumidor se locomove e encara a ida até o supermercado também altera as características consideradas importantes por ele no ponto de venda. "O consumidor de baixa renda valoriza a área de lazer infantil. A classe alta dá mais importância ao estacionamento", disse Fioratti.
Apesar das diferenças, ela diz que existem atributos que são valorizados em todas as classes sociais: preço, variedade e localização. "A baixa renda é fiel às marcas, inclusive aos produtos de primeira marca. Como ela tem restrição de renda, não pode se dar ao luxo de comprar um produto, errar e trocar por outro."
Potencial
As grandes redes varejistas querem roubar do comércio informal o consumidor de baixa renda. Esse interesse pode ser justificado pela tamanho desse público: 77% da população domiciliar brasileira está distribuída nas classes C, D e E, segundo a LatinPanel.
"Os fabricantes e varejistas já conquistaram participação nas classes A e B. O desafio é desenvolver produtos com preços acessíveis para a baixa renda", disse Juracy Parente, da Coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas).
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