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23/11/2005
-
19h20
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu hoje a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 19% para 18,5% ao ano. Esse é o terceiro corte consecutivo na Selic.
O corte de 0,5 ponto percentual na Selic já era esperado pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, mesmo depois de a inflação de setembro ter ficado bem acima da registrada no mês anterior --0,75% contra 0,35%. Ainda assim, uma pequena parte do mercado acreditava em uma redução maior, de 0,75 ponto percentual.
"Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic para 18,5% ao ano, sem viés", diz a nota divulgada pelo BC após a reunião.
A continuidade da política de redução dos juros foi foi possível porque a trajetória da inflação para este ano e para o próximo continuam próximas da meta. Na última pesquisa feita pelo BC com analistas, a previsão era de um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) de 5,53% neste ano. Para o ano que vem, eles esperam uma inflação de 4,55%.
O IPCA é o indicador usado pelo governo para as metas de inflação, que neste ano é de 4,5%, com uma margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Embora a meta seja de 4,5%, o BC anunciou em setembro do ano passado que iria perseguir uma taxa de 5,1%. Para 2006, a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais.
Um dos motivos que levou o BC a adotar uma política monetária mais dura por nove meses --entre setembro do ano passado e maio deste ano-- foi o temor de que a recuperação econômica provocasse reajustes nos preços por parte da indústria. Essa pressão pode ser maior se a indústria não for capaz de atender toda a demanda.
Mas esse risco foi descartado neste ano, quando a indústria passou a crescer em um ritmo um pouco menor. Em setembro, a produção industrial caiu 2% na comparação com agosto, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento foi de 0,2%.
Além disso, a preocupação em relação ao petróleo no mercado internacional está menor, já que houve um recuo nos preços. Isso afasta a possibilidade de um novo reajuste nos preços da gasolina no mercado interno.
O Copom divulga a ata da reunião ocorrida ontem e hoje na quinta-feira da próxima semana.
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da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu hoje a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 19% para 18,5% ao ano. Esse é o terceiro corte consecutivo na Selic.
O corte de 0,5 ponto percentual na Selic já era esperado pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, mesmo depois de a inflação de setembro ter ficado bem acima da registrada no mês anterior --0,75% contra 0,35%. Ainda assim, uma pequena parte do mercado acreditava em uma redução maior, de 0,75 ponto percentual.
"Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic para 18,5% ao ano, sem viés", diz a nota divulgada pelo BC após a reunião.
A continuidade da política de redução dos juros foi foi possível porque a trajetória da inflação para este ano e para o próximo continuam próximas da meta. Na última pesquisa feita pelo BC com analistas, a previsão era de um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) de 5,53% neste ano. Para o ano que vem, eles esperam uma inflação de 4,55%.
O IPCA é o indicador usado pelo governo para as metas de inflação, que neste ano é de 4,5%, com uma margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Embora a meta seja de 4,5%, o BC anunciou em setembro do ano passado que iria perseguir uma taxa de 5,1%. Para 2006, a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais.
Um dos motivos que levou o BC a adotar uma política monetária mais dura por nove meses --entre setembro do ano passado e maio deste ano-- foi o temor de que a recuperação econômica provocasse reajustes nos preços por parte da indústria. Essa pressão pode ser maior se a indústria não for capaz de atender toda a demanda.
Mas esse risco foi descartado neste ano, quando a indústria passou a crescer em um ritmo um pouco menor. Em setembro, a produção industrial caiu 2% na comparação com agosto, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento foi de 0,2%.
Além disso, a preocupação em relação ao petróleo no mercado internacional está menor, já que houve um recuo nos preços. Isso afasta a possibilidade de um novo reajuste nos preços da gasolina no mercado interno.
O Copom divulga a ata da reunião ocorrida ontem e hoje na quinta-feira da próxima semana.
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