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30/11/2005
-
12h04
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A indústria paulista já esperava por um PIB (Produto Interno Bruto) negativo no terceiro trimestre do ano. No entanto, a queda de 1,2% em relação ao segundo trimestre foi maior do que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) esperavam.
"O que se discutia era o tamanho da queda. Ninguém esperava por um resultado positivo para o terceiro trimestre", disse o presidente do Ciesp, Claudio Vaz.
O Ciesp e a Fiesp responsabilizaram a política econômica do governo pelo desempenho negativo da economia brasileira. "Quando se dá tanto veneno para um corpo sadio, chega uma hora que ele adoece", afirmou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.
Entre os vilões do crescimento da economia apontados pela indústria paulista estão os juros altos, o dólar depreciado e a redução dos investimentos públicos.
Segundo Vaz, o resultado do PIB divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afeta as expectativas de crescimento para 2006. "Ao contrário de 2004, vamos terminar o ano com a economia em trajetória de queda."
Francini disse que o governo terá muito trabalho para reverter essa queda. "Quando se está numa ladeira e se quer interromper a descida é preciso parar de cair, estabilizar e ganhar impulso para subir. O esforço para crescer será muito maior."
Segundo Vaz, o quarto trimestre será melhor que o período anterior. "O último trimestre não deve ser tão ruim, pois há um incentivo ao consumo."
No entanto, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, disse que a melhora do quarto trimestre não será suficiente para compensar as perdas do terceiro trimestre. "O Brasil terá mais um ano de baixo crescimento, o que é lamentável", afirmou.
Pelas expectativas de Vaz, a economia brasileira deverá terminar o ano com um crescimento de 3%. "Será preciso trabalhar muito para chegar a esse resultado."
No entanto, ele disse que a política econômica deverá prejudicar o desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2006. "Esse trimestre, que tradicionalmente é fraco, será afetado pelas doses de juros altos e dólar baixo que foram aplicadas em 2005."
Segundo Vaz, mesmo que essa política seja invertida agora, os resultados serão sentidos apenas no segundo trimestre de 2006. "Existe um tempo para que as políticas econômicas passem a surtir efeito."
Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve expansão de 1% no PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país). No acumulados dos nove primeiros meses de 2005, a alta é de 2,6%.
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Para indústria, PIB negativo afeta expectativa de crescimento para 2006
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da Folha Online
A indústria paulista já esperava por um PIB (Produto Interno Bruto) negativo no terceiro trimestre do ano. No entanto, a queda de 1,2% em relação ao segundo trimestre foi maior do que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) esperavam.
"O que se discutia era o tamanho da queda. Ninguém esperava por um resultado positivo para o terceiro trimestre", disse o presidente do Ciesp, Claudio Vaz.
O Ciesp e a Fiesp responsabilizaram a política econômica do governo pelo desempenho negativo da economia brasileira. "Quando se dá tanto veneno para um corpo sadio, chega uma hora que ele adoece", afirmou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.
Entre os vilões do crescimento da economia apontados pela indústria paulista estão os juros altos, o dólar depreciado e a redução dos investimentos públicos.
Segundo Vaz, o resultado do PIB divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afeta as expectativas de crescimento para 2006. "Ao contrário de 2004, vamos terminar o ano com a economia em trajetória de queda."
Francini disse que o governo terá muito trabalho para reverter essa queda. "Quando se está numa ladeira e se quer interromper a descida é preciso parar de cair, estabilizar e ganhar impulso para subir. O esforço para crescer será muito maior."
Segundo Vaz, o quarto trimestre será melhor que o período anterior. "O último trimestre não deve ser tão ruim, pois há um incentivo ao consumo."
No entanto, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, disse que a melhora do quarto trimestre não será suficiente para compensar as perdas do terceiro trimestre. "O Brasil terá mais um ano de baixo crescimento, o que é lamentável", afirmou.
Pelas expectativas de Vaz, a economia brasileira deverá terminar o ano com um crescimento de 3%. "Será preciso trabalhar muito para chegar a esse resultado."
No entanto, ele disse que a política econômica deverá prejudicar o desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2006. "Esse trimestre, que tradicionalmente é fraco, será afetado pelas doses de juros altos e dólar baixo que foram aplicadas em 2005."
Segundo Vaz, mesmo que essa política seja invertida agora, os resultados serão sentidos apenas no segundo trimestre de 2006. "Existe um tempo para que as políticas econômicas passem a surtir efeito."
Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve expansão de 1% no PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país). No acumulados dos nove primeiros meses de 2005, a alta é de 2,6%.
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