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03/12/2005
-
09h18
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Os governos do Brasil e da Argentina assinaram acordo de cooperação para o desenvolvimento de um sistema único de televisão digital. A iniciativa foi anunciada ontem pelo Ministério das Comunicações. O acordo abre espaço para que os dois países articulem a produção e a venda de bens e serviços.
O objetivo da Argentina ao optar por uma ação articulada com o Brasil é reativar sua produção industrial. Segundo o diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, Igor Vilas Boas, a Colômbia manifestou interesse em aderir ao acordo e há perspectivas de que outros países vizinhos façam o mesmo, criando assim um sistema regional na América do Sul.
Segundo Vilas Boas, partiu da Argentina a iniciativa da assinatura do acordo de cooperação. O secretário de Comunicação argentino, Mario Guilhermo Moreno, formalizou o interesse durante visita ao Brasil. Na semana passada, o ministério enviou dois representantes a Buenos Aires para dar seguimento às conversas.
Segundo Vilas Boas, são metas dos dois países reduzir o pagamento de royalties e produção industrial a preços competitivos.
A aproximação com a Argentina acontece às vésperas da conclusão do relatório técnico sobre o resultado das pesquisas científicas e das discussões empreendidas nos últimos dois anos para a criação do sistema brasileiro de televisão digital. O relatório deve ser apresentado pelo comitê gestor, ao governo, no dia 10.
Segundo o assessor da Casa Civil André Barbosa, que integra o comitê, o relatório vai detalhar as características do sistema brasileiro de televisão digital pelas universidades, examinar a perspectiva de inclusão desse sistema no mercado internacional e a necessidade de mudanças no modelo regulatório brasileiro. No início de fevereiro, o governo deve anunciar a escolha do sistema que será adotado no Brasil.
Corrida
Nesta segunda-feira, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a Sociedade Brasileira de Computação e a Sociedade Brasileira de Telecomunicações farão uma demonstração, em São Paulo, do que foi desenvolvido pelas universidades: TV de alta definição e transmissão interativa. O governo já investiu R$ 50 milhões em pesquisas.
O presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Paulo Saab, em entrevista à Folha nesta semana, criticou a falta de transparência do governo nas discussões sobre a TV digital.
Segundo ele, a indústria está preocupada com a possibilidade de o governo tomar a decisão sem ouvir os fabricantes, que terão de investir US$ 1 bilhão nas linhas de produção. "As empresas são contra a criação de um sistema brasileiro próprio e querem a adoção de um dos sistemas já consagrados no exterior", diz Saab.
EUA, Europa e Japão pressionam para que o Brasil escolha os sistemas de TV digital oferecidos por cada um deles. Uma missão japonesa, com representes do governo e da indústria, esteve nesta semana no Brasil. O Japão acena com a redução de royalties.
A Comissão Européia, em carta enviada aos presidentes das principais redes de televisão, há duas semanas, acenou com financiamento de 5 milhões para pesquisa. Os EUA prometeram linha de crédito de US$ 150 milhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre TV digital
Brasil e Argentina fecham acordo para a TV digital
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Os governos do Brasil e da Argentina assinaram acordo de cooperação para o desenvolvimento de um sistema único de televisão digital. A iniciativa foi anunciada ontem pelo Ministério das Comunicações. O acordo abre espaço para que os dois países articulem a produção e a venda de bens e serviços.
O objetivo da Argentina ao optar por uma ação articulada com o Brasil é reativar sua produção industrial. Segundo o diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, Igor Vilas Boas, a Colômbia manifestou interesse em aderir ao acordo e há perspectivas de que outros países vizinhos façam o mesmo, criando assim um sistema regional na América do Sul.
Segundo Vilas Boas, partiu da Argentina a iniciativa da assinatura do acordo de cooperação. O secretário de Comunicação argentino, Mario Guilhermo Moreno, formalizou o interesse durante visita ao Brasil. Na semana passada, o ministério enviou dois representantes a Buenos Aires para dar seguimento às conversas.
Segundo Vilas Boas, são metas dos dois países reduzir o pagamento de royalties e produção industrial a preços competitivos.
A aproximação com a Argentina acontece às vésperas da conclusão do relatório técnico sobre o resultado das pesquisas científicas e das discussões empreendidas nos últimos dois anos para a criação do sistema brasileiro de televisão digital. O relatório deve ser apresentado pelo comitê gestor, ao governo, no dia 10.
Segundo o assessor da Casa Civil André Barbosa, que integra o comitê, o relatório vai detalhar as características do sistema brasileiro de televisão digital pelas universidades, examinar a perspectiva de inclusão desse sistema no mercado internacional e a necessidade de mudanças no modelo regulatório brasileiro. No início de fevereiro, o governo deve anunciar a escolha do sistema que será adotado no Brasil.
Corrida
Nesta segunda-feira, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a Sociedade Brasileira de Computação e a Sociedade Brasileira de Telecomunicações farão uma demonstração, em São Paulo, do que foi desenvolvido pelas universidades: TV de alta definição e transmissão interativa. O governo já investiu R$ 50 milhões em pesquisas.
O presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Paulo Saab, em entrevista à Folha nesta semana, criticou a falta de transparência do governo nas discussões sobre a TV digital.
Segundo ele, a indústria está preocupada com a possibilidade de o governo tomar a decisão sem ouvir os fabricantes, que terão de investir US$ 1 bilhão nas linhas de produção. "As empresas são contra a criação de um sistema brasileiro próprio e querem a adoção de um dos sistemas já consagrados no exterior", diz Saab.
EUA, Europa e Japão pressionam para que o Brasil escolha os sistemas de TV digital oferecidos por cada um deles. Uma missão japonesa, com representes do governo e da indústria, esteve nesta semana no Brasil. O Japão acena com a redução de royalties.
A Comissão Européia, em carta enviada aos presidentes das principais redes de televisão, há duas semanas, acenou com financiamento de 5 milhões para pesquisa. Os EUA prometeram linha de crédito de US$ 150 milhões.
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