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05/12/2005
-
19h36
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Após uma briga que durou cerca de dois meses, representantes da Volkswagen do Brasil e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aceitaram hoje a proposta do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Vantuil Abdala, para o pagamento da PLR (participação nos lucros e resultados) deste ano.
A greve foi a segunda maior da montadora e a primeira realizada por um maior bônus por desempenho. A proposta do TST alterou parcialmente a decisão do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, que havia determinado o não-desconto dos dias parados.
O pagamento dos 17 dias úteis de paralisação será dividido entre os funcionários e a empresa. Os trabalhadores receberão o equivalente a 11 dias e deverão descontar os outros seis paralisados. Quando o TRT-SP determinou o pagamento dos dias parados, a Volks já havia descontado o período de paralisação.
De acordo com a proposta, os trabalhadores receberão R$ 4.750 de PLR. No encontro de hoje, a empresa se comprometeu a pagar a segunda parcela da PLR, de R$ 2.750, na próxima sexta-feira. A primeira parcela, de R$ 2.000, foi paga em abril.
A proposta será submetida ainda à assembléia dos trabalhadores, prevista para quarta-feira.
Queda de braço
A resolução da greve pode ser apenas um ensaio de outros confrontos entre sindicato e montadora. As maiores tensões deverão ser enfrentadas a partir do próximo ano, com a negociação sobre a renovação ou não do contrato de estabilidade de emprego.
Em novembro de 2006, expira o contrato que foi fechado pelo então presidente do sindicato Luiz Marinho e a Volks na Alemanha e que garantia estabilidade para os cerca de 12.500 funcionários da planta de Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os empregos estariam condicionados à produção do Fox para Europa na unidade.
Desde que assumiu, o presidente da Volks no Brasil, Hans-Christian Maergner, já deixou bem claro que não pretende renovar o acordo. À época, ele disse literalmente que a renovação do acordo só aconteceria "por cima de seu cadáver".
A Ford que é outra montadora que se beneficiou com a estabilidade não espera pela renovação do contrato. João Cayres, dirigente do Sistema Único de Representação da Ford, disse que o sindicato pretende garantir os empregos com a produção de um novo carro popular a partir do próximo ano em suas unidades. "Renovação do contrato é muito difícil, mas com o carro, nós conseguimos a estabilidade", afirma.
A Volks por enquanto não tem notícias sobre a produção de um novo modelo na unidade. Ao contrário, a montadora transferiu a maior parte da produção do carro para sua fábrica em Curitiba e deixou apenas parte reduzida dela na linha de montagem do ABC.
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó, promete muita briga para manter a estabilidade na fábrica. "Ninguém tenha dúvida de que nós vamos lutar pela renovação do contrato", garante.
Especial
Leia mais sobre o pagamento da PLR
Volks e sindicato fecham acordo no TST sobre pagamento de PLR
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da Folha Online
Após uma briga que durou cerca de dois meses, representantes da Volkswagen do Brasil e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aceitaram hoje a proposta do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Vantuil Abdala, para o pagamento da PLR (participação nos lucros e resultados) deste ano.
A greve foi a segunda maior da montadora e a primeira realizada por um maior bônus por desempenho. A proposta do TST alterou parcialmente a decisão do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, que havia determinado o não-desconto dos dias parados.
O pagamento dos 17 dias úteis de paralisação será dividido entre os funcionários e a empresa. Os trabalhadores receberão o equivalente a 11 dias e deverão descontar os outros seis paralisados. Quando o TRT-SP determinou o pagamento dos dias parados, a Volks já havia descontado o período de paralisação.
De acordo com a proposta, os trabalhadores receberão R$ 4.750 de PLR. No encontro de hoje, a empresa se comprometeu a pagar a segunda parcela da PLR, de R$ 2.750, na próxima sexta-feira. A primeira parcela, de R$ 2.000, foi paga em abril.
A proposta será submetida ainda à assembléia dos trabalhadores, prevista para quarta-feira.
Queda de braço
A resolução da greve pode ser apenas um ensaio de outros confrontos entre sindicato e montadora. As maiores tensões deverão ser enfrentadas a partir do próximo ano, com a negociação sobre a renovação ou não do contrato de estabilidade de emprego.
Em novembro de 2006, expira o contrato que foi fechado pelo então presidente do sindicato Luiz Marinho e a Volks na Alemanha e que garantia estabilidade para os cerca de 12.500 funcionários da planta de Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os empregos estariam condicionados à produção do Fox para Europa na unidade.
Desde que assumiu, o presidente da Volks no Brasil, Hans-Christian Maergner, já deixou bem claro que não pretende renovar o acordo. À época, ele disse literalmente que a renovação do acordo só aconteceria "por cima de seu cadáver".
A Ford que é outra montadora que se beneficiou com a estabilidade não espera pela renovação do contrato. João Cayres, dirigente do Sistema Único de Representação da Ford, disse que o sindicato pretende garantir os empregos com a produção de um novo carro popular a partir do próximo ano em suas unidades. "Renovação do contrato é muito difícil, mas com o carro, nós conseguimos a estabilidade", afirma.
A Volks por enquanto não tem notícias sobre a produção de um novo modelo na unidade. Ao contrário, a montadora transferiu a maior parte da produção do carro para sua fábrica em Curitiba e deixou apenas parte reduzida dela na linha de montagem do ABC.
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó, promete muita briga para manter a estabilidade na fábrica. "Ninguém tenha dúvida de que nós vamos lutar pela renovação do contrato", garante.
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