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15/12/2005
-
09h45
MAURO ZAFALON
da Folha de S.Paulo
A agricultura vive um ano ruim, e os resultados recordes de 2004 ficaram para trás. Essa crise, no entanto, está superavaliada e o produtor tem sempre uma tendência a exagerar na dose. A afirmação também poderia ser exagerada se não viesse de um executivo de uma das empresas mais afetadas pela retração: Valentino Rizzioli, da CNH.
Além de olhar para este ano como um período "não tão ruim e que trouxe resultados econômicos aceitáveis", o presidente da CNH (Case New Holland Latin America Ltda.) não se espanta se houver uma retomada do setor agrícola logo em 2006.
Para sustentar o otimismo, mostra a taxa de inadimplência dos produtores rurais com o banco da CNH. "Não chega a 2%."
Também produtor rural, Rizzioli dá a receita para um crescimento sustentado da agricultura no Brasil. Falta um planejamento geral, que deveria incluir orientações que vão desde custos e plantios adequados a orientações sobre preços e mercado externo.
Outra falha da agricultura brasileira é a ausência de seguro rural --e com juros subsidiados--, "como se faz em outros países".
A recuperação da agricultura passa também pela valorização do dólar, o que deve ocorrer no próximo ano, segundo Rizzioli.
Montada sobre dois braços --máquinas agrícolas e para construção, amparados por um banco para financiamento--, a CNH não repete o faturamento de US$ 1,4 bilhão de 2004, mas terá lucro neste ano, embora menor.
A diversificação foi um dos pontos altos da empresa. Enquanto o agrícola mostra desaceleração, o de construção vive o melhor período dos últimos cinco anos. O resultado positivo da empresa vem, ainda, de uma estratégia de nacionalizar ainda mais suas indústrias e elevar a qualidade na produção. Com isso, diminuiu estoques e reduziu custos.
Mesmo no setor agrícola, a diversificação da CNH foi importante. Se a empresa viu suas vendas de máquinas ruírem no setor de grãos, o mesmo não ocorreu na área de cana-de-açúcar. A empresa tem 60% desse mercado, que deve crescer 70% neste ano.
A empresa foi beneficiada, ainda, pelo avanço do café, das frutas e do leite.
Produtor exagera sobre crise, diz executivo
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da Folha de S.Paulo
A agricultura vive um ano ruim, e os resultados recordes de 2004 ficaram para trás. Essa crise, no entanto, está superavaliada e o produtor tem sempre uma tendência a exagerar na dose. A afirmação também poderia ser exagerada se não viesse de um executivo de uma das empresas mais afetadas pela retração: Valentino Rizzioli, da CNH.
Além de olhar para este ano como um período "não tão ruim e que trouxe resultados econômicos aceitáveis", o presidente da CNH (Case New Holland Latin America Ltda.) não se espanta se houver uma retomada do setor agrícola logo em 2006.
Para sustentar o otimismo, mostra a taxa de inadimplência dos produtores rurais com o banco da CNH. "Não chega a 2%."
Também produtor rural, Rizzioli dá a receita para um crescimento sustentado da agricultura no Brasil. Falta um planejamento geral, que deveria incluir orientações que vão desde custos e plantios adequados a orientações sobre preços e mercado externo.
Outra falha da agricultura brasileira é a ausência de seguro rural --e com juros subsidiados--, "como se faz em outros países".
A recuperação da agricultura passa também pela valorização do dólar, o que deve ocorrer no próximo ano, segundo Rizzioli.
Montada sobre dois braços --máquinas agrícolas e para construção, amparados por um banco para financiamento--, a CNH não repete o faturamento de US$ 1,4 bilhão de 2004, mas terá lucro neste ano, embora menor.
A diversificação foi um dos pontos altos da empresa. Enquanto o agrícola mostra desaceleração, o de construção vive o melhor período dos últimos cinco anos. O resultado positivo da empresa vem, ainda, de uma estratégia de nacionalizar ainda mais suas indústrias e elevar a qualidade na produção. Com isso, diminuiu estoques e reduziu custos.
Mesmo no setor agrícola, a diversificação da CNH foi importante. Se a empresa viu suas vendas de máquinas ruírem no setor de grãos, o mesmo não ocorreu na área de cana-de-açúcar. A empresa tem 60% desse mercado, que deve crescer 70% neste ano.
A empresa foi beneficiada, ainda, pelo avanço do café, das frutas e do leite.
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