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15/12/2005
-
20h28
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O presidente do Aerus, Odilon Junqueira, disse que o Tribunal de Justiça tomou uma decisão sábia ao afastar hoje a Fundação Ruben Berta, que detém 87% do capital votante da Varig, do controle da empresa. A decisão foi tomada após a Fundação pedir na Justiça a desistência do processo de recuperação da Varig, que foi solicitado em junho.
"Tenho orgulho do Tribunal de Justiça do Rio. Os juízes tomaram uma decisão sábia e que ajudará no soerguimento da Varig", disse ele.
Com a saída da Fundação, a Varig continuará sendo presidida por Marcelo Bottini, que vinha costurando com os credores um plano baseado na criação de quatro FIPs (Fundos de Investimento e Participações). Cada classe de credor --trabalhista, com garantia e sem garantia-- ficaria com um desses fundos. O quarto fundo abrigaria o controle da Fundação, mas teria a administração nomeada pelos credores.
"A saída da Fundação vai facilitar em muito a aprovação do plano de moratória. Há muitos interessados na Varig e com negociadores de boa fé será fácil encontrar uma boa proposta pela empresa, que é viável", disse Junqueira.
Segundo ele, os curadores da Fundação nunca entenderam a função que ocupavam. "Eles nunca entenderam o propósito da criação da Fundação. Extrapolaram seus poderes [dentro da Varig]."
Na prática, o plano de Bottini --que será avaliado na assembléia de credores de segunda-feira-- amplia a sobrevivência da Varig. É que se houver rejeição do plano na assembléia, a Justiça decreta a falência da empresa.
Para evitar a falência, o plano transforma os créditos em ações da Varig. A idéia de Bottini é utilizar esse mecanismo até encontrar uma proposta melhor de compra da Varig, pois considera que as ofertas feitas até agora estão aquém da companhia.
Não se sabe se os credores da classe 3 (sem garantias), representados pelo Banco do Brasil, Infraero e BR Distribuidora, vão concordar com esse plano. Executivos do setor disseram que a classe 3 apresentará um plano alternativo na assembléia.
A classe trabalhista está rachada. Os sindicatos de aeronautas e aeroviários disputam o direito de representação dos trabalhadores com a associação TGV (Trabalhadores do Grupo Varig). Os sindicatos chegaram a avaliar positivamente a proposta de criação de FIPs, mas não sabem se será boa para os trabalhadores.
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O presidente do Aerus, Odilon Junqueira, disse que o Tribunal de Justiça tomou uma decisão sábia ao afastar hoje a Fundação Ruben Berta, que detém 87% do capital votante da Varig, do controle da empresa. A decisão foi tomada após a Fundação pedir na Justiça a desistência do processo de recuperação da Varig, que foi solicitado em junho.
"Tenho orgulho do Tribunal de Justiça do Rio. Os juízes tomaram uma decisão sábia e que ajudará no soerguimento da Varig", disse ele.
Com a saída da Fundação, a Varig continuará sendo presidida por Marcelo Bottini, que vinha costurando com os credores um plano baseado na criação de quatro FIPs (Fundos de Investimento e Participações). Cada classe de credor --trabalhista, com garantia e sem garantia-- ficaria com um desses fundos. O quarto fundo abrigaria o controle da Fundação, mas teria a administração nomeada pelos credores.
"A saída da Fundação vai facilitar em muito a aprovação do plano de moratória. Há muitos interessados na Varig e com negociadores de boa fé será fácil encontrar uma boa proposta pela empresa, que é viável", disse Junqueira.
Segundo ele, os curadores da Fundação nunca entenderam a função que ocupavam. "Eles nunca entenderam o propósito da criação da Fundação. Extrapolaram seus poderes [dentro da Varig]."
Na prática, o plano de Bottini --que será avaliado na assembléia de credores de segunda-feira-- amplia a sobrevivência da Varig. É que se houver rejeição do plano na assembléia, a Justiça decreta a falência da empresa.
Para evitar a falência, o plano transforma os créditos em ações da Varig. A idéia de Bottini é utilizar esse mecanismo até encontrar uma proposta melhor de compra da Varig, pois considera que as ofertas feitas até agora estão aquém da companhia.
Não se sabe se os credores da classe 3 (sem garantias), representados pelo Banco do Brasil, Infraero e BR Distribuidora, vão concordar com esse plano. Executivos do setor disseram que a classe 3 apresentará um plano alternativo na assembléia.
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