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25/01/2006
-
17h26
da France Presse, em Davos
Dois estudos divulgados nesta quarta na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, apontam o Brasil, a Rússia, a Índia e a China como os países de maior papel na condução dos rumos da economia do planeta.
Num dos estudos, a PricewaterhouseCoopers ouviu 1.410 empresários sobre suas propostas de investimento. Desse total, 71% disseram que suas sociedades têm intenção de desenvolver atividades em pelo menos um desses países --Brasil, Rússia, Índia e China. O levantamento foi feito no terceiro trimestre do ano passo em 45 países.
O estudo considera a China como o país mais atraente dos quatro. Os chineses tiveram 78% das preferências dos entrevistados. Em segundo, vieram os indianos com 64% das preferências; seguidos dos russos, com 48% e do Brasil, com 46%.
O segundo estudo foi feito pela Goldman Sachs e levou em conta 13 indicadores econômicos --como inflação, déficits públicos, dívida, nível de investimentos, além de estabilidade política e inserção da internet. O estudo colocou também a China como o país mais interessante para investimentos, seguido pela Rússia, Brasil e Índia.
Para Jim O' Neil, responsável pela pesquisa da Goldman Sachs, esses quatro países não dependem de milagres econômicos para garantir sua viabilidade. "Em particular o Brasil, esses países só precisam evitar as crises. Estes países têm uma influência muito maior do que pensávamos", disse O'Neil", disse.
O'Neill lembrou, no entanto, de outro estudo da Goldman Sachs, feito há 30 anos, que afirmava que o Brasil seguiria os passos dos Estados Unidos como potência econômica. "É válido lembrar que há mais de 30 anos achávamos que o Brasil fosse se igualar rapidamente aos Estados Unidos, antes da crise inflacionária dos anos 80", disse.
Os dirigentes de empresas brasileiras, russas, indianas e chinesas consultados pela PricewaterhouseCoopers, acreditam que suas vantagem comparativas residem na qualidade e na produtividade de suas respectivas mãos-de-obra, assim como em sua estabilidade política e sua proximidade de mercados de consumo de grande peso.
Para O'Neil, o fato de a China não ser uma democracia é uma vantagem. "Boa parte de seu crescimento é gerado por decisões governamentais e esta é a principal explicação para os melhores resultados da China em comparação com a Índia", disse.
Para a PricewaterhouseCoopers, os grandes empresários preferem a China para "reduzir custos e aumentar suas capacidades" produtivas.
"A Índia, com seus custos relativamente baixos de mão-de-obra, supera o Brasil e a Rússia como destino para reduzir custos de produção. Mas a Índia é a primeira para os empresários que querem um mercado com mão-de-obra altamente qualificada", avaliava o estudo da Price.
Especial
Confira a cobertura completa dos fóruns globais de 2006
Davos vê futuro da economia mundial no Brasil, Rússia, Índia e China
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Dois estudos divulgados nesta quarta na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, apontam o Brasil, a Rússia, a Índia e a China como os países de maior papel na condução dos rumos da economia do planeta.
Num dos estudos, a PricewaterhouseCoopers ouviu 1.410 empresários sobre suas propostas de investimento. Desse total, 71% disseram que suas sociedades têm intenção de desenvolver atividades em pelo menos um desses países --Brasil, Rússia, Índia e China. O levantamento foi feito no terceiro trimestre do ano passo em 45 países.
O estudo considera a China como o país mais atraente dos quatro. Os chineses tiveram 78% das preferências dos entrevistados. Em segundo, vieram os indianos com 64% das preferências; seguidos dos russos, com 48% e do Brasil, com 46%.
O segundo estudo foi feito pela Goldman Sachs e levou em conta 13 indicadores econômicos --como inflação, déficits públicos, dívida, nível de investimentos, além de estabilidade política e inserção da internet. O estudo colocou também a China como o país mais interessante para investimentos, seguido pela Rússia, Brasil e Índia.
Para Jim O' Neil, responsável pela pesquisa da Goldman Sachs, esses quatro países não dependem de milagres econômicos para garantir sua viabilidade. "Em particular o Brasil, esses países só precisam evitar as crises. Estes países têm uma influência muito maior do que pensávamos", disse O'Neil", disse.
O'Neill lembrou, no entanto, de outro estudo da Goldman Sachs, feito há 30 anos, que afirmava que o Brasil seguiria os passos dos Estados Unidos como potência econômica. "É válido lembrar que há mais de 30 anos achávamos que o Brasil fosse se igualar rapidamente aos Estados Unidos, antes da crise inflacionária dos anos 80", disse.
Os dirigentes de empresas brasileiras, russas, indianas e chinesas consultados pela PricewaterhouseCoopers, acreditam que suas vantagem comparativas residem na qualidade e na produtividade de suas respectivas mãos-de-obra, assim como em sua estabilidade política e sua proximidade de mercados de consumo de grande peso.
Para O'Neil, o fato de a China não ser uma democracia é uma vantagem. "Boa parte de seu crescimento é gerado por decisões governamentais e esta é a principal explicação para os melhores resultados da China em comparação com a Índia", disse.
Para a PricewaterhouseCoopers, os grandes empresários preferem a China para "reduzir custos e aumentar suas capacidades" produtivas.
"A Índia, com seus custos relativamente baixos de mão-de-obra, supera o Brasil e a Rússia como destino para reduzir custos de produção. Mas a Índia é a primeira para os empresários que querem um mercado com mão-de-obra altamente qualificada", avaliava o estudo da Price.
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