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26/01/2006
-
09h45
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A taxa de desemprego de seis regiões metropolitanas do país recuou de 9,6% para para 8,3% em dezembro, o menor marca já verificada na nova Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002. Além disso, a renda do trabalhador subiu 2% no ano passado.
Já o contingente de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas foi estimado em 1,8 milhão, uma queda de 13,6% em relação ao mês anterior. Trata-se da primeira vez que esse número cai abaixo de 2 milhões.
No entanto, a população ocupada não se alterou em relação a novembro e somou 20,2 milhões de pessoas. O dado mostra que a queda do desemprego deve-se mais à saída de pessoas do mercado de trabalho do que à criação de novas vagas.
Segundo o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, a queda da taxa reflete o aumento da contratação de trabalhadores temporários, com destaque para o comércio em São Paulo, que registrou crescimento de 5,2%, com a entrada de 82 mil pessoas,e principalmente, o desestímulo à procura por trabalho nas duas últimas semanas do ano.
Depois de um fim de ano promissor em 2004, com redução significativa da taxa de desemprego, o mercado de trabalho patinou ao longo de 2005, mas se recuperou no final do ano. A taxa média de desemprego no ano passado foi de 9,8%, contra 11,5% em 2004.
Segundo Marcelo de Ávila, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, existiam dúvidas quanto ao ritmo de queda da taxa em dezembro. Historicamente, ele aponta que a redução era da ordem de 1 ponto percentual.
Antes de ser influenciada pelo 'efeito fim de ano' a taxa de desemprego permaneceu estatisticamente estável por seis meses seguidos, de junho a novembro. Fatores como a taxa de juros elevada, carga tributária e crise política minaram o ânimo do empresariado. O mercado de trabalho sofreu ainda com a desaceleração da economia no terceiro trimestre, quando o PIB (Produto Interno Bruto) recuou 1,2%.
"Os indicadores de referência mostram uma melhora significativa quando comparados com os resultados de 2003 e de 2004, principalmente no que se refere a rendimento e melhora do emprego. O desemprego caiu em praticamente todas as regiões metropolitanas, houve aumento da qualidade do emprego, com o crescimento do número de vagas com carteira assinada", afirmou Azeredo.
Entre as seis regiões pesquisadas, três apresentaram queda na taxa de desocupação em dezembro: Belo Horizonte (de 8,2% para 7%), Rio de Janeiro (de 7,7% para 6,8%) e São Paulo (9,7% para 7,8%). Em Porto Alegre, Recife e Salvador houve estabilidade. Esta é a primeira vez que São Paulo, a região metropolitana de maior peso, apresentou uma taxa de desemprego abaixo da média.
Renda
A renda do trabalhador acompanhou o movimento de recuperação do mercado de trabalho em dezembro e subiu de R$ 978,07 em novembro para R$ 995,40 em dezembro, uma alta de 1,8%. Em relação a dezembro de 2004 houve alta de 5,8%.
O rendimento médio de 2005 teve alta de 2% em relação ao ano anterior. Segundo o IBGE, é a primeira vez que a renda cresce na nova série histórica, iniciada em março de 2002.
Segundo Azeredo, um dos fatores que justificam a melhora do rendimento no ano foi a queda da inflação. "Ela aumenta o poder de compra e garante movimentação maior da economia. Não podemos esquecer que temos uma base fraca de comparação: 2003 foi um ano de recessão e 2004 apresentou melhora, mas ainda sofreu os efeitos do ano anterior", disse.
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A taxa de desemprego de seis regiões metropolitanas do país recuou de 9,6% para para 8,3% em dezembro, o menor marca já verificada na nova Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002. Além disso, a renda do trabalhador subiu 2% no ano passado.
Já o contingente de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas foi estimado em 1,8 milhão, uma queda de 13,6% em relação ao mês anterior. Trata-se da primeira vez que esse número cai abaixo de 2 milhões.
No entanto, a população ocupada não se alterou em relação a novembro e somou 20,2 milhões de pessoas. O dado mostra que a queda do desemprego deve-se mais à saída de pessoas do mercado de trabalho do que à criação de novas vagas.
Segundo o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, a queda da taxa reflete o aumento da contratação de trabalhadores temporários, com destaque para o comércio em São Paulo, que registrou crescimento de 5,2%, com a entrada de 82 mil pessoas,e principalmente, o desestímulo à procura por trabalho nas duas últimas semanas do ano.
Depois de um fim de ano promissor em 2004, com redução significativa da taxa de desemprego, o mercado de trabalho patinou ao longo de 2005, mas se recuperou no final do ano. A taxa média de desemprego no ano passado foi de 9,8%, contra 11,5% em 2004.
Segundo Marcelo de Ávila, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, existiam dúvidas quanto ao ritmo de queda da taxa em dezembro. Historicamente, ele aponta que a redução era da ordem de 1 ponto percentual.
Antes de ser influenciada pelo 'efeito fim de ano' a taxa de desemprego permaneceu estatisticamente estável por seis meses seguidos, de junho a novembro. Fatores como a taxa de juros elevada, carga tributária e crise política minaram o ânimo do empresariado. O mercado de trabalho sofreu ainda com a desaceleração da economia no terceiro trimestre, quando o PIB (Produto Interno Bruto) recuou 1,2%.
"Os indicadores de referência mostram uma melhora significativa quando comparados com os resultados de 2003 e de 2004, principalmente no que se refere a rendimento e melhora do emprego. O desemprego caiu em praticamente todas as regiões metropolitanas, houve aumento da qualidade do emprego, com o crescimento do número de vagas com carteira assinada", afirmou Azeredo.
Entre as seis regiões pesquisadas, três apresentaram queda na taxa de desocupação em dezembro: Belo Horizonte (de 8,2% para 7%), Rio de Janeiro (de 7,7% para 6,8%) e São Paulo (9,7% para 7,8%). Em Porto Alegre, Recife e Salvador houve estabilidade. Esta é a primeira vez que São Paulo, a região metropolitana de maior peso, apresentou uma taxa de desemprego abaixo da média.
Renda
A renda do trabalhador acompanhou o movimento de recuperação do mercado de trabalho em dezembro e subiu de R$ 978,07 em novembro para R$ 995,40 em dezembro, uma alta de 1,8%. Em relação a dezembro de 2004 houve alta de 5,8%.
O rendimento médio de 2005 teve alta de 2% em relação ao ano anterior. Segundo o IBGE, é a primeira vez que a renda cresce na nova série histórica, iniciada em março de 2002.
Segundo Azeredo, um dos fatores que justificam a melhora do rendimento no ano foi a queda da inflação. "Ela aumenta o poder de compra e garante movimentação maior da economia. Não podemos esquecer que temos uma base fraca de comparação: 2003 foi um ano de recessão e 2004 apresentou melhora, mas ainda sofreu os efeitos do ano anterior", disse.
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