Publicidade
Publicidade
30/01/2006
-
11h07
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A economia para o pagamento de juros da dívida ficou R$ 10,755 bilhões acima da meta prevista para 2005. Entre janeiro e dezembro, o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) foi de R$ 93,505 bilhões, o equivalente a 4,84% do PIB (Produto Interno Bruto). A meta para o ano era de 4,25% (R$ 82,75 bilhões).
O aumento de gastos em dezembro não foi suficiente para compensar todo o arrocho fiscal feito durante o ano. O aperto excessivo foi um dos motivos do embate público do ministro Antonio Palocci (Fazenda) com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Ela reclamou da rigidez fiscal, que reduz os investimentos do setor público.
O governo federal foi o que mais contribuiu para essa economia, com R$ 55,741 bilhões, ou 2,88% do PIB. A economia foi acima da prevista para o setor, que era de 2,38%.
As estatais também economizaram acima do necessário e contribuíram com R$ 16,441 bilhões para o resultado consolidado do ano, ou 0,85% do PIB. A meta dessas empresas era de 0,77%.
Só os governos regionais (Estados e municípios) cumpriram a meta sem sobras na economia, ou seja, não ultrapassaram o percentual previsto. Eles economizaram R$ 21,323 bilhões (1,1% do PIB).
Juros
A economia feita durante o ano não foi suficiente para o pagamento de juros, que somaram R$ 157,145 bilhões, um crescimento de 35% na comparação com 2004. Com isso, o governo gerou um déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) de R$ 63,641 bilhões.
Em 2004, a economia feita foi de R$ 81,112 bilhões, contra uma meta nominal de R$ 71,5 bilhões. Já em 2002 (último ano do governo FHC), o esforço fiscal foi de R$ 52,39 bilhões, contra uma meta de R$ 50,3 bilhões.
Dezembro
No último mês do ano o setor público registrou um déficit de R$ 5,1 bilhões.
Esse comportamento é normal no último mês do ano, já que o governo faz uma aceleração dos gastos e além disso há o pagamento de 13º dos servidores públicos e dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Já os gastos com juros somaram R$ 10,676 bilhões. Com isso, o déficit nominal foi de R$ 15,775 bilhões em dezembro.
Leia mais
Erramos: Economia para pagamento de juros foi de 4,84% do PIB e superou meta
Especial
Leia o que já foi publicado sobre superávit primário
Economia para pagamento de juros foi de 4,84% do PIB e superou meta
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A economia para o pagamento de juros da dívida ficou R$ 10,755 bilhões acima da meta prevista para 2005. Entre janeiro e dezembro, o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) foi de R$ 93,505 bilhões, o equivalente a 4,84% do PIB (Produto Interno Bruto). A meta para o ano era de 4,25% (R$ 82,75 bilhões).
O aumento de gastos em dezembro não foi suficiente para compensar todo o arrocho fiscal feito durante o ano. O aperto excessivo foi um dos motivos do embate público do ministro Antonio Palocci (Fazenda) com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Ela reclamou da rigidez fiscal, que reduz os investimentos do setor público.
O governo federal foi o que mais contribuiu para essa economia, com R$ 55,741 bilhões, ou 2,88% do PIB. A economia foi acima da prevista para o setor, que era de 2,38%.
As estatais também economizaram acima do necessário e contribuíram com R$ 16,441 bilhões para o resultado consolidado do ano, ou 0,85% do PIB. A meta dessas empresas era de 0,77%.
Só os governos regionais (Estados e municípios) cumpriram a meta sem sobras na economia, ou seja, não ultrapassaram o percentual previsto. Eles economizaram R$ 21,323 bilhões (1,1% do PIB).
Juros
A economia feita durante o ano não foi suficiente para o pagamento de juros, que somaram R$ 157,145 bilhões, um crescimento de 35% na comparação com 2004. Com isso, o governo gerou um déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) de R$ 63,641 bilhões.
Em 2004, a economia feita foi de R$ 81,112 bilhões, contra uma meta nominal de R$ 71,5 bilhões. Já em 2002 (último ano do governo FHC), o esforço fiscal foi de R$ 52,39 bilhões, contra uma meta de R$ 50,3 bilhões.
Dezembro
No último mês do ano o setor público registrou um déficit de R$ 5,1 bilhões.
Esse comportamento é normal no último mês do ano, já que o governo faz uma aceleração dos gastos e além disso há o pagamento de 13º dos servidores públicos e dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Já os gastos com juros somaram R$ 10,676 bilhões. Com isso, o déficit nominal foi de R$ 15,775 bilhões em dezembro.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice