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31/01/2006
-
10h03
CLARICE SPITZ
da Folha Online
O desemprego na região metropolitana de São Paulo encerrou 2005 com o menor patamar desde 1997. A taxa média de desemprego recuou pelo segundo ano consecutivo desde 2001 e atingiu 16,9% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo pesquisa elaborada pela Fundação Seade-Dieese. Em 1997, ela alcançou 16%.
Somente em dezembro, o desemprego em São Paulo atingiu 15,8% da PEA, inferior apenas ao mesmo mês de 1996 (14,2%).
Em 2004, a taxa média anual recuou para 18,7%, após atingir 19,9% em 2003 e 19% em 2002. Antes disso, o desemprego alcançou a taxa de 19,3% em 1999; 17,6% em 2000; e 17,6% em 2001.
No ano passado, foram criados 260 mil empregos, número superior à oferta de 97 mil vagas, o que fez com que o contingente de desempregados na região metropolitana sofresse uma redução de 163 mil pessoas. No total, o contingente de desempregados ficou em 1,69 milhão de pessoas em São Paulo.
O nível de ocupação avançou 3,2% no ano passado e foi resultado da geração de postos, sobretudo, no setor de serviços (138 mil). A indústria registrou 83 mil, o comércio 34 mil, e os chamados outros setores --compostos por construção civil e trabalhos domésticos--, contribuiu com mais 5 mil.
De acordo com os pesquisadores do Seade e do Dieese, a indústria foi o setor com maior dinamismo e um dos que mais influenciou a redução do desemprego em São Paulo em 2005.
Na indústria, o número de ocupados cresceu 5,4% em 2005, perdendo apenas para seu desempenho em 2000, que foi de 6,3%. Os segmentos de transporte, montadoras e autopeças, artefatos de borracha tiveram papel de destaque.
"Essa é uma notícia muito positiva porque é a indústria que dá sustentação ao dinamismo da economia como um todo", afirma Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Dieese.
Além disso, a maioria dos postos abertos foi de assalariados com carteira assinada e com uma jornada média semanal menor de 43 horas semanais, isto é, menor em uma hora que a de 2004.
Rendimento
Ao contrário da trajetória de declínio do desemprego, a renda média do trabalhador em São Paulo caiu 0,4% em 2005, passando de R$ 1.065 para R$ 1.060. Na comparação com 2000, quando o rendimento médio era de R$ 1.340, houve uma queda expressiva de 20,9%.
"O nível de rendimento está destoando. Em 2004, comemoramos a retomada do crescimento dos rendimentos. Hoje isso não é mais possível", afirma Alexandre Loloian, coordenador de pesquisas do Seade.
Segundo os pesquisadores, a queda no rendimento decepciona ainda mais uma vez que o crescimento de postos com carteira assinada subiu 6,8% em 2005, ante 2,5% sem carteira.
A indústria foi a exceção, como único setor que apresentou aumento do rendimento médio real em 1,8%.
2006.
Os pesquisadores preferem não fazer previsões a respeito do comportamento do desemprego em 2006, mas não têm dúvidas que ele vai depender da dinâmica do crescimento.
"Os anos de 2004 e 2005 mostram que houve uma resposta muito rápida em termos de emprego quando houve crescimento da economia", afirma Loloian.
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da Folha Online
O desemprego na região metropolitana de São Paulo encerrou 2005 com o menor patamar desde 1997. A taxa média de desemprego recuou pelo segundo ano consecutivo desde 2001 e atingiu 16,9% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo pesquisa elaborada pela Fundação Seade-Dieese. Em 1997, ela alcançou 16%.
Somente em dezembro, o desemprego em São Paulo atingiu 15,8% da PEA, inferior apenas ao mesmo mês de 1996 (14,2%).
Em 2004, a taxa média anual recuou para 18,7%, após atingir 19,9% em 2003 e 19% em 2002. Antes disso, o desemprego alcançou a taxa de 19,3% em 1999; 17,6% em 2000; e 17,6% em 2001.
No ano passado, foram criados 260 mil empregos, número superior à oferta de 97 mil vagas, o que fez com que o contingente de desempregados na região metropolitana sofresse uma redução de 163 mil pessoas. No total, o contingente de desempregados ficou em 1,69 milhão de pessoas em São Paulo.
O nível de ocupação avançou 3,2% no ano passado e foi resultado da geração de postos, sobretudo, no setor de serviços (138 mil). A indústria registrou 83 mil, o comércio 34 mil, e os chamados outros setores --compostos por construção civil e trabalhos domésticos--, contribuiu com mais 5 mil.
De acordo com os pesquisadores do Seade e do Dieese, a indústria foi o setor com maior dinamismo e um dos que mais influenciou a redução do desemprego em São Paulo em 2005.
Na indústria, o número de ocupados cresceu 5,4% em 2005, perdendo apenas para seu desempenho em 2000, que foi de 6,3%. Os segmentos de transporte, montadoras e autopeças, artefatos de borracha tiveram papel de destaque.
"Essa é uma notícia muito positiva porque é a indústria que dá sustentação ao dinamismo da economia como um todo", afirma Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Dieese.
Além disso, a maioria dos postos abertos foi de assalariados com carteira assinada e com uma jornada média semanal menor de 43 horas semanais, isto é, menor em uma hora que a de 2004.
Rendimento
Ao contrário da trajetória de declínio do desemprego, a renda média do trabalhador em São Paulo caiu 0,4% em 2005, passando de R$ 1.065 para R$ 1.060. Na comparação com 2000, quando o rendimento médio era de R$ 1.340, houve uma queda expressiva de 20,9%.
"O nível de rendimento está destoando. Em 2004, comemoramos a retomada do crescimento dos rendimentos. Hoje isso não é mais possível", afirma Alexandre Loloian, coordenador de pesquisas do Seade.
Segundo os pesquisadores, a queda no rendimento decepciona ainda mais uma vez que o crescimento de postos com carteira assinada subiu 6,8% em 2005, ante 2,5% sem carteira.
A indústria foi a exceção, como único setor que apresentou aumento do rendimento médio real em 1,8%.
2006.
Os pesquisadores preferem não fazer previsões a respeito do comportamento do desemprego em 2006, mas não têm dúvidas que ele vai depender da dinâmica do crescimento.
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