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24/02/2006 - 18h14

Preço do álcool dispara 7% e falta combustível em usinas de SP

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CLARICE SPITZ
da Folha Online

O preço do álcool na usina disparou nesta semana e superou em 9,46% o teto do acordo que havia sido feito com o governo e usineiros no início de janeiro.

Nesta semana, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), órgão da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, tanto o anidro (misturado à gasolina) quanto o hidratado (usado no abastecimento de veículos) comercializados junto a produtores de São Paulo tiveram um salto de 7%.

O preço do anidro nas usinas passou de R$ 1,07279 para R$ 1,14934 (sem impostos). Já o hidratado foi comercializado a R$ 1,15300 depois de ser vendido a R$ 1,07213.

Na semana passada, os usineiros já haviam descumprido o acordo feito com o governo e comercializaram álcool acima do teto fixado de R$ 1,05.

Os produtores afirmam que condições atuais de mercado fazem com que o acordo esteja "superado". "O governo fez um apelo e nós aceitamos e findamos vendo que não deu certo", disse o presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), Eduardo Pereira de Carvalho.

A partir da próxima quarta-feira, entretanto, o governo determinou que seja reduzida a mistura do álcool na gasolina de 25% para 20% da composição desse último combustível. A medida vai reduzir a demanda por álcool em 100 milhões de litros por mês e pode reduzir a pressão sobre os preços.

Consumidor

Com menos fôlego, o preço do álcool também subiu para o consumidor. Segundo levantamento semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio do litro de álcool vendido nos postos do país variou 1,36% e chegou a R$ 1,785 nesta semana. Já as distribuidoras reajustaram o preço do álcool em 2,1%.

Só no Estado de São Paulo, o preço subiu 2% para o consumidor, com o combustível sendo vendido a R$ 1,565 em média.

Desabastecimento

Apesar de negarem que haja desabastecimento, distribuidoras de combustível encontram dificuldade em comprar álcool em algumas usinas do interior de São Paulo nesta semana.

Segundo o Sindicom (Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis), a oferta reduzida de álcool em unidades da região de Ribeirão Preto (oeste do Estado) gerou congestionamentos de caminhões e atrapalhou o fornecimento para alguns postos.

A Petrobras Distribuidora informa "que encontrou dificuldades para a retirada do produto nas unidades produtoras pela concentração de oferta em poucas usinas".

O vice-presidente do Sindicom, Alísio Vaz, afirma que as dificuldades "logísticas" e "operacionais" se devem a entressafra da cana-de-açúcar somada ao aumento das encomendas em razão do Carnaval e notícias sobre aumento do álcool nas últimas semanas.

"São problemas pontuais e passageiros que estão sendo solucionados", afirma.

Vaz descarta perigo de desabastecimento de álcool durante o Carnaval. "Pode estar faltando álcool em um ou outro posto, mas não vai faltar álcool para o consumidor no Carnaval", afirma Alísio Vaz.

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