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02/03/2006
-
12h15
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O diretor da área de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou hoje que o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) já avisou a empresa para que esteja preparada para fornecer gasolina com apenas 20% de álcool anidro na fórmula por um "longo" período de tempo.
"A previsão que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, nos passou é para que estejamos preparados para fornecer essa gasolina com 20% de álcool por um período longo", disse.
Desde ontem foi reduzida de 25% para 20% a mistura de álcool na gasolina, medida que tem como objetivo reduzir a demanda por álcool em 100 milhões de litros por mês e garantir o abastecimento. Apesar de ter sido adotada para reduzir o impacto da entressafra da cana-de-açúcar, a medida não tem prazo para deixar de vigorar.
Mesmo tendo que direcionar uma maior quantidade de gasolina para o mercado interno, o diretor da Petrobras afirmou também que a redução das exportações desse combustível não vão comprometer a meta de US$ 3 bilhões para o saldo positivo entre exportações e importações da companhia a ser alcançada neste ano.
Segundo Costa, a companhia está empenhada em atender a demanda adicional de gasolina no mercado interno pelo tempo que seja necessário. Ele afirmou que a estatal já fez uma série de mudanças nas refinarias para adequá-las ao processamento dessa gasolina.
Segundo Costa, a mudança não afeta o preço da gasolina vendida na refinaria, mas para pode ocasionar impacto para o consumidor. "Não é a Petrobras que faz a mistura, são as distribuidoras."
Pesquisa realizada ontem pela Folha Online em 20 postos da cidade de São Paulo mostra que a gasolina subiu até R$ 0,159 desde a última sexta-feira devido à redução do álcool na fórmula da gasolina. Já o preço do álcool subiu até R$ 0,25 e chegou a ser vendido por R$ 1,999 o litro.
Os aumentos superaram as previsões do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do Estado de São Paulo), que previa uma alta média de R$ 0,20 para o litro do álcool e de R$ 0,09 para a gasolina.
A alta aconteceu devido à disparada do preço do álcool nas usinas. Segundo o Cepea-USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço do anidro passou de R$ 1,07279 para R$ 1,14934 (sem impostos) na semana passada. Já o hidratado foi comercializado a R$ 1,15300, depois de ser vendido a R$ 1,07213 na semana retrasada.
O preço está em alta nas usinas devido à entressafra da cana-de-açúcar, ao aumento dos preços do açúcar no mercado internacional, à elevação das exportações e ao crescimento da demanda interna com a popularização dos carros bicombustível. Além disso, o consumidor também paga mais pelo produto devido à maior fiscalização contra fraudes.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre preço do álcool
Leia o que já foi publicado sobre preço da gasolina
Gasolina terá menos álcool por "período longo", diz Petrobras
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da Folha Online, no Rio
O diretor da área de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou hoje que o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) já avisou a empresa para que esteja preparada para fornecer gasolina com apenas 20% de álcool anidro na fórmula por um "longo" período de tempo.
"A previsão que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, nos passou é para que estejamos preparados para fornecer essa gasolina com 20% de álcool por um período longo", disse.
Desde ontem foi reduzida de 25% para 20% a mistura de álcool na gasolina, medida que tem como objetivo reduzir a demanda por álcool em 100 milhões de litros por mês e garantir o abastecimento. Apesar de ter sido adotada para reduzir o impacto da entressafra da cana-de-açúcar, a medida não tem prazo para deixar de vigorar.
Mesmo tendo que direcionar uma maior quantidade de gasolina para o mercado interno, o diretor da Petrobras afirmou também que a redução das exportações desse combustível não vão comprometer a meta de US$ 3 bilhões para o saldo positivo entre exportações e importações da companhia a ser alcançada neste ano.
Segundo Costa, a companhia está empenhada em atender a demanda adicional de gasolina no mercado interno pelo tempo que seja necessário. Ele afirmou que a estatal já fez uma série de mudanças nas refinarias para adequá-las ao processamento dessa gasolina.
Segundo Costa, a mudança não afeta o preço da gasolina vendida na refinaria, mas para pode ocasionar impacto para o consumidor. "Não é a Petrobras que faz a mistura, são as distribuidoras."
Pesquisa realizada ontem pela Folha Online em 20 postos da cidade de São Paulo mostra que a gasolina subiu até R$ 0,159 desde a última sexta-feira devido à redução do álcool na fórmula da gasolina. Já o preço do álcool subiu até R$ 0,25 e chegou a ser vendido por R$ 1,999 o litro.
Os aumentos superaram as previsões do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do Estado de São Paulo), que previa uma alta média de R$ 0,20 para o litro do álcool e de R$ 0,09 para a gasolina.
A alta aconteceu devido à disparada do preço do álcool nas usinas. Segundo o Cepea-USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço do anidro passou de R$ 1,07279 para R$ 1,14934 (sem impostos) na semana passada. Já o hidratado foi comercializado a R$ 1,15300, depois de ser vendido a R$ 1,07213 na semana retrasada.
O preço está em alta nas usinas devido à entressafra da cana-de-açúcar, ao aumento dos preços do açúcar no mercado internacional, à elevação das exportações e ao crescimento da demanda interna com a popularização dos carros bicombustível. Além disso, o consumidor também paga mais pelo produto devido à maior fiscalização contra fraudes.
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