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14/03/2006
-
15h26
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Analistas vêem pouca repercussão no mercado financeiro com a escolha do governador Geraldo Alckmin para candidato tucano à Presidência. Para eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais chances de ser reeleito neste ano, seja Alckmin ou o prefeito José Serra seu principal adversário.
Os profissionais de mercado consultados pela Folha Online admitem, porém, que a escolha de Serra poderia gerar maior temor no mercado.
"A maior parte dos investidores considera que Serra é muito centralizador e em um eventual governo dele não haveria independência do Banco Central. Já o Alckmin traria uma gestão mais profissional. Numa eleição entre Alckmin e Lula a eleição seria entre o igual e o melhor", afirma o economista-chefe da corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, da Planner, além de considerar Serra controlador, o mercado desconfia que ele poderia abandonar a atual política econômica, que tem como pilares metas fiscais e de inflação bastante apertadas.
"Serra quando foi ministro do Planejamento de FHC [de 1995 a 1996] foi dissidente da política econômica e tentou derrubar o Malan. O Serra é mais desenvolvimentista, mas entre ele e o Alckmin não tem muita diferença."
Tommy Taterka, trader da corretora Concórdia, já afirma sem rodeios: "O mercado não gostaria do Serra. Queira ou não queira, ele mudaria a política econômica que é o cartão de visitas do Lula".
Apesar dos "contras", os analistas são unânimes em afirmar que não haveria sobressaltos caso Serra ocupasse o Planalto. "Quem engoliu Lula, engole Serra sem água", afirmou um analista de corretora que não quis se identificar.
Para Luiz Roberto Monteiro, da corretora Souza Barros, a política, assim como as denúncias ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não tem respingado nos negócios. "Não há indicação de que o mercado está olhando muito nem para Alckmin nem para Serra. Até porque até agora nenhum deles faz frente ao Lula."
Hoje a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 2,02% aos 37.541 pontos e o dólar em queda de 0,37%, vendido a R$ 2,126. O mercado, entretanto, atribuiu o otimismo não à escolha de Alckmin, mas à alta das Bolsas dos Estados Unidos.
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Os profissionais de mercado consultados pela Folha Online admitem, porém, que a escolha de Serra poderia gerar maior temor no mercado.
"A maior parte dos investidores considera que Serra é muito centralizador e em um eventual governo dele não haveria independência do Banco Central. Já o Alckmin traria uma gestão mais profissional. Numa eleição entre Alckmin e Lula a eleição seria entre o igual e o melhor", afirma o economista-chefe da corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, da Planner, além de considerar Serra controlador, o mercado desconfia que ele poderia abandonar a atual política econômica, que tem como pilares metas fiscais e de inflação bastante apertadas.
"Serra quando foi ministro do Planejamento de FHC [de 1995 a 1996] foi dissidente da política econômica e tentou derrubar o Malan. O Serra é mais desenvolvimentista, mas entre ele e o Alckmin não tem muita diferença."
Tommy Taterka, trader da corretora Concórdia, já afirma sem rodeios: "O mercado não gostaria do Serra. Queira ou não queira, ele mudaria a política econômica que é o cartão de visitas do Lula".
Apesar dos "contras", os analistas são unânimes em afirmar que não haveria sobressaltos caso Serra ocupasse o Planalto. "Quem engoliu Lula, engole Serra sem água", afirmou um analista de corretora que não quis se identificar.
Para Luiz Roberto Monteiro, da corretora Souza Barros, a política, assim como as denúncias ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não tem respingado nos negócios. "Não há indicação de que o mercado está olhando muito nem para Alckmin nem para Serra. Até porque até agora nenhum deles faz frente ao Lula."
Hoje a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 2,02% aos 37.541 pontos e o dólar em queda de 0,37%, vendido a R$ 2,126. O mercado, entretanto, atribuiu o otimismo não à escolha de Alckmin, mas à alta das Bolsas dos Estados Unidos.
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