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28/03/2006
-
10h25
da Folha Online
Preservado o combate à inflação, não há razão que impeça uma queda mais expressiva na taxa básica da economia, a Selic (hoje em 16,5%), que tem de ser mais "civilizada", disse nesta terça-feira o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
'O Brasil tem de ter taxas de juros civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo. A inflação estando sob controle, não há nada que impeça a queda das taxas de juros', disse o ministro, em entrevista ao programa 'Bom Dia Brasil'.
Ele negou, entretanto, que o governo planeje interferir sobre a autonomia do Banco Central, a quem cabe definir a taxa básica de juros.
"O Banco Central tem uma autonomia, que lhe é dada pelo presidente da República, vamos respeitá-la e vamos dialogar. Mas o BC já está fazendo a lição de casa. Foram cinco ou seis reuniões consecutivas do Copom [Comitê de Política Monetária] com redução da taxa de juros", afirmou.
Mantega também defendeu durante a entrevista o câmbio flutuante e chamou de "experiência amarga" a utilização de câmbio fixo durante o primeiro mandato do governo FHC.
O ministro, entretanto, admitiu que o real valorizado "prejudica alguns setores". "Mas não podemos driblar o princípio do câmbio flutuante. Existem paliativos, como o Banco Central comprar divisas no mercado, fazer swap cambial reverso. E, agora, com a redução da taxa de juros, vamos ter uma melhoria também porque a taxa de juros muito elevada atrai capital especulativo", disse.
Equipe
Além da saída do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, que ontem pediu demissão, Mantega também confirmou que o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, deve mesmo sair do governo para assumir a vice-presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Ele, entretanto, afirmou que pediu para os demais secretários permanecerem.
Ainda durante a entrevista, ele disse que a política econômica durante o governo Lula "já está rumando para um crescimento maior, com criação de empregos e atividade econômica mais robusta".
"O Brasil vai crescer 4%, 5% ao ano? Eu digo sim, estamos nesse caminho e esse caminho foi pavimentado com a política econômica que foi praticada nesses três anos, que teve evidentemente uma forte participação do ministro Palocci", afirmou Mantega.
Ainda sobre os juros, o ministro disse que "é uma unanimidade no país que os juros poderiam ser mais baixos". "Evidentemente não podemos afrouxar no combate na inflação. Isso é sagrado", afirmou, acrescentando que a inflação prejudica fundamentalmente o trabalhador. "Uma das virtudes da economia hoje sem inflação é que o salário real do trabalhador está subindo."
"Preservado o combate a inflação, que é fundamental, temos que praticar juros mais baixos. O BC já está fazendo isso", acrescentou.
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Mantega defende juros "civilizados" e diz que câmbio "prejudica alguns setores"
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Preservado o combate à inflação, não há razão que impeça uma queda mais expressiva na taxa básica da economia, a Selic (hoje em 16,5%), que tem de ser mais "civilizada", disse nesta terça-feira o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
'O Brasil tem de ter taxas de juros civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo. A inflação estando sob controle, não há nada que impeça a queda das taxas de juros', disse o ministro, em entrevista ao programa 'Bom Dia Brasil'.
Ele negou, entretanto, que o governo planeje interferir sobre a autonomia do Banco Central, a quem cabe definir a taxa básica de juros.
"O Banco Central tem uma autonomia, que lhe é dada pelo presidente da República, vamos respeitá-la e vamos dialogar. Mas o BC já está fazendo a lição de casa. Foram cinco ou seis reuniões consecutivas do Copom [Comitê de Política Monetária] com redução da taxa de juros", afirmou.
Mantega também defendeu durante a entrevista o câmbio flutuante e chamou de "experiência amarga" a utilização de câmbio fixo durante o primeiro mandato do governo FHC.
O ministro, entretanto, admitiu que o real valorizado "prejudica alguns setores". "Mas não podemos driblar o princípio do câmbio flutuante. Existem paliativos, como o Banco Central comprar divisas no mercado, fazer swap cambial reverso. E, agora, com a redução da taxa de juros, vamos ter uma melhoria também porque a taxa de juros muito elevada atrai capital especulativo", disse.
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Além da saída do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, que ontem pediu demissão, Mantega também confirmou que o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, deve mesmo sair do governo para assumir a vice-presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Ele, entretanto, afirmou que pediu para os demais secretários permanecerem.
Ainda durante a entrevista, ele disse que a política econômica durante o governo Lula "já está rumando para um crescimento maior, com criação de empregos e atividade econômica mais robusta".
"O Brasil vai crescer 4%, 5% ao ano? Eu digo sim, estamos nesse caminho e esse caminho foi pavimentado com a política econômica que foi praticada nesses três anos, que teve evidentemente uma forte participação do ministro Palocci", afirmou Mantega.
Ainda sobre os juros, o ministro disse que "é uma unanimidade no país que os juros poderiam ser mais baixos". "Evidentemente não podemos afrouxar no combate na inflação. Isso é sagrado", afirmou, acrescentando que a inflação prejudica fundamentalmente o trabalhador. "Uma das virtudes da economia hoje sem inflação é que o salário real do trabalhador está subindo."
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