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30/03/2006
-
09h21
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Com a expectativa de que os investimentos serão maiores em 2006,o Banco Central espera que o crescimento da economia não cause pressões sobre os preços internos. De acordo com o relatório de inflação, a autoridade monetária manteve em 4% a expectativa de crescimento para este ano, contra 2,3% em 2005. Já a previsão para a inflação passou de 3,8% para 3,7%, abaixo da meta de 4,5%.
"O recuo das taxas de inflação, a melhora nos indicadores referentes ao mercado de trabalho, a elevação da renda real, o aumento das intenções de investimento, bem como os efeitos da flexibilização da política monetária e as perspectivas mais favoráveis para o setor agropecuário, possibilitam antever para 2006 um cenário com crescimento superior ao observado em 2005", avalia o relatório de inflação do BC, divulgado hoje.
A previsão de inflação está dentro da meta do BC, que é um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5%, com um intervalo de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Já a previsão de inflação para 2007 foi elevada de 3,6% para 3,7%.
De acordo com o documento, o aumento da intenção de investimentos colabora para a expectativa de que o maior crescimento em 2006 não deverá enfrentar restrições de oferta que possam se traduzir em pressões inflacionárias.
O aumento da renda, o crescimento de crédito e o processo de redução das taxas de juros também serão fatores determinantes no desempenho da economia neste ano.
"Olhando à frente, a expansão do nível de emprego e da renda, o crescimento do crédito e o processo de flexibilização da política monetária são fatores que impulsionarão a atividade ao longo dos próximos trimestres", diz o documento.
Desde setembro do ano passado, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) vem reduzindo a taxa básica de juros da economia, que agora está em 16,5% ao ano. Foram seis cortes nas últimas seis reuniões.
Ainda de acordo com o relatório de inflação, o aumento do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 a partir do dia 1º de abril e os benefícios fiscais concedidos nos últimos meses injetarão mais recursos da economia. Além disso, o BC prevê a recomposição dos estoques das empresas.
"Não se pode descartar, ademais, uma possível recomposição de estoques depois da redução estimada em 2005. A dimensão do processo de ajustamento de estoques indica que a economia deverá acelerar seu ritmo de crescimento ao longo de 2006, com perspectivas favoráveis do ponto de vista da ampliação da oferta de bens e serviços."
Cenários
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 16,5% até o final do ano e um dólar cotado a R$ 2,15.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 é de 4,6% e, para 2007, de 5,4%.
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BC prevê crescimento de 4% neste ano e inflação bem abaixo da meta
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da Folha Online, em Brasília
Com a expectativa de que os investimentos serão maiores em 2006,o Banco Central espera que o crescimento da economia não cause pressões sobre os preços internos. De acordo com o relatório de inflação, a autoridade monetária manteve em 4% a expectativa de crescimento para este ano, contra 2,3% em 2005. Já a previsão para a inflação passou de 3,8% para 3,7%, abaixo da meta de 4,5%.
"O recuo das taxas de inflação, a melhora nos indicadores referentes ao mercado de trabalho, a elevação da renda real, o aumento das intenções de investimento, bem como os efeitos da flexibilização da política monetária e as perspectivas mais favoráveis para o setor agropecuário, possibilitam antever para 2006 um cenário com crescimento superior ao observado em 2005", avalia o relatório de inflação do BC, divulgado hoje.
A previsão de inflação está dentro da meta do BC, que é um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5%, com um intervalo de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Já a previsão de inflação para 2007 foi elevada de 3,6% para 3,7%.
De acordo com o documento, o aumento da intenção de investimentos colabora para a expectativa de que o maior crescimento em 2006 não deverá enfrentar restrições de oferta que possam se traduzir em pressões inflacionárias.
O aumento da renda, o crescimento de crédito e o processo de redução das taxas de juros também serão fatores determinantes no desempenho da economia neste ano.
"Olhando à frente, a expansão do nível de emprego e da renda, o crescimento do crédito e o processo de flexibilização da política monetária são fatores que impulsionarão a atividade ao longo dos próximos trimestres", diz o documento.
Desde setembro do ano passado, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) vem reduzindo a taxa básica de juros da economia, que agora está em 16,5% ao ano. Foram seis cortes nas últimas seis reuniões.
Ainda de acordo com o relatório de inflação, o aumento do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 a partir do dia 1º de abril e os benefícios fiscais concedidos nos últimos meses injetarão mais recursos da economia. Além disso, o BC prevê a recomposição dos estoques das empresas.
"Não se pode descartar, ademais, uma possível recomposição de estoques depois da redução estimada em 2005. A dimensão do processo de ajustamento de estoques indica que a economia deverá acelerar seu ritmo de crescimento ao longo de 2006, com perspectivas favoráveis do ponto de vista da ampliação da oferta de bens e serviços."
Cenários
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 16,5% até o final do ano e um dólar cotado a R$ 2,15.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 é de 4,6% e, para 2007, de 5,4%.
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