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21/04/2006
-
10h51
EDUARDO SCOLESE
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Numa linha contrária do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da colega Dilma Rousseff (Casa Civil), o ministro Waldir Pires (Defesa) admitiu ontem a possibilidade de o governo injetar dinheiro público para amenizar a crise financeira da Varig.
Questionado sobre essa possibilidade ontem no Palácio do Planalto, ele não deu detalhes, mas sugeriu que a ajuda financeira à Varig não está descartada, como Dilma tem repetido nas últimas semanas. "Desde que ela [ajuda pública] possa ser legal", afirmou.
O ministro da Defesa apenas citou o BNDES como uma opção. Mas não apresentou nenhuma outra alternativa para que essa suposta ajuda ocorra. Limitou-se a dizer que há estudo no governo.
"Se estiver legal e se chegar a uma governança da Varig ou do conjunto de empresas que se componha com a Varig para que a bandeira brasileira em todo o comércio de aviação civil do mundo permaneça presente e respeitada, claro [que há possibilidade de ajuda]. E, se isso ocorrer, sem dúvida o governo fará o esforço que for possível. Porque sobre todas as formas é inclusive conveniente isso, porque, do contrário, o prejuízo já está feito", disse Pires.
Anteontem, Dilma afirmou que o governo já socorreu a Varig em anos anteriores e que aportar mais dinheiro poderia prejudicar ainda mais a empresa. Lula disse na semana passada que o governo não iria usar recursos públicos para socorrer a Varig.
Pires foi mais flexível. "O governo apóia que a Varig, que foi um patrimônio de presença do Brasil no mundo, possa vir a ser preservada. Há um pedaço de tempo muito grande em que as coisas não se concluíram e não se resolveram. Só se agravaram. O governo só pode gastar dinheiro público na forma da lei. O governo está empenhado nisso, está desejando que isso ocorra."
Ontem, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) publicou no "Diário Oficial" da União decisão na qual considera nula a operação de venda da Varig Log para a Volo. Segundo a decisão, a operação não teve validade porque não houve pedido prévio de autorização para a venda. A agência deu dez dias úteis para que os interessados na operação protocolem os documentos na agência.
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HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Numa linha contrária do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da colega Dilma Rousseff (Casa Civil), o ministro Waldir Pires (Defesa) admitiu ontem a possibilidade de o governo injetar dinheiro público para amenizar a crise financeira da Varig.
Questionado sobre essa possibilidade ontem no Palácio do Planalto, ele não deu detalhes, mas sugeriu que a ajuda financeira à Varig não está descartada, como Dilma tem repetido nas últimas semanas. "Desde que ela [ajuda pública] possa ser legal", afirmou.
O ministro da Defesa apenas citou o BNDES como uma opção. Mas não apresentou nenhuma outra alternativa para que essa suposta ajuda ocorra. Limitou-se a dizer que há estudo no governo.
"Se estiver legal e se chegar a uma governança da Varig ou do conjunto de empresas que se componha com a Varig para que a bandeira brasileira em todo o comércio de aviação civil do mundo permaneça presente e respeitada, claro [que há possibilidade de ajuda]. E, se isso ocorrer, sem dúvida o governo fará o esforço que for possível. Porque sobre todas as formas é inclusive conveniente isso, porque, do contrário, o prejuízo já está feito", disse Pires.
Anteontem, Dilma afirmou que o governo já socorreu a Varig em anos anteriores e que aportar mais dinheiro poderia prejudicar ainda mais a empresa. Lula disse na semana passada que o governo não iria usar recursos públicos para socorrer a Varig.
Pires foi mais flexível. "O governo apóia que a Varig, que foi um patrimônio de presença do Brasil no mundo, possa vir a ser preservada. Há um pedaço de tempo muito grande em que as coisas não se concluíram e não se resolveram. Só se agravaram. O governo só pode gastar dinheiro público na forma da lei. O governo está empenhado nisso, está desejando que isso ocorra."
Ontem, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) publicou no "Diário Oficial" da União decisão na qual considera nula a operação de venda da Varig Log para a Volo. Segundo a decisão, a operação não teve validade porque não houve pedido prévio de autorização para a venda. A agência deu dez dias úteis para que os interessados na operação protocolem os documentos na agência.
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