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21/04/2006
-
17h15
da Folha Online
O preço do barril de petróleo ultrapassou hoje US$ 75 em Nova York e bateu um novo recorde histórico com os temores de um ataque ao Irã e sobre uma possível escassez de gasolina nos Estados Unidos.
O barril de óleo cru leve para entrega em junho (contrato de referência do mercado) fechou cotado a US$ 75,17, uma alta de US$ 1,48 sobre o preço de quinta-feira. A valorização acumulada no último ano chega a 40%.
Apesar de ser o recorde nominal para o preço do barril, descontada a inflação o valor continua 20% abaixo do verificado durante a crise do petróleo de 1979.
Além dos seguidos anos de crescimento da economia mundial, que aumentam a demanda por combustíveis, o petróleo tem se valorizado por motivos geopolíticos.
O temor de que a insistência do Irã em manter seu programa enriquecimento de urânio apesar das pressões da comunidade internacional leve a um ataque ao segundo maior produtor de petróleo da Opep tem sido o principal responsável pelos aumentos de preços.
Ontem, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou a jornalistas brasileiros que se os EUA atacarem o Irã, o petróleo pode chegar a US$ 100 o barril.
Além disso, problemas na produção da Nigéria também geram intranqüilidade sobre a oferta mundial da commodity. Os atentados que ocorreram no país nos últimos meses têm feito crescer o temor sobre segurança no país.
Os ataques fizeram a produção petrolífera nigeriana cair em 20% nos últimos meses. A Nigéria é o principal exportador africano de petróleo e é o quinto maior fornecedor do produto para os EUA.
Agentes de mercado já especulam que pode haver escassez de gasolina nos EUA durante o verão, quando os americanos costumam aumentar o consumo em viagens. Os estoques de gasolina do país já estão no menor nível desde novembro.
As refinarias americanas também têm permanecido mais tempo em manutenção neste ano devido a estragos gerados pelo grande número de furacões que atingiram o sul do país em 2005.
A expectativa é de que o preço da commodity continue a subir até que haja alguma definição no cenário de crise no Irã. No médio prazo, um eventual aumento de reservas nos EUA aliviaria um pouco a pressão sobre as cotações, mas, segundo analistas, o preço deve continuar acima dos US$ 70 por algum tempo.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
Leia o que já foi publicado sobre estoques de petróleo e gasolina nos EUA
Petróleo ultrapassa US$ 75 e bate recorde com tensão sobre Irã
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O preço do barril de petróleo ultrapassou hoje US$ 75 em Nova York e bateu um novo recorde histórico com os temores de um ataque ao Irã e sobre uma possível escassez de gasolina nos Estados Unidos.
O barril de óleo cru leve para entrega em junho (contrato de referência do mercado) fechou cotado a US$ 75,17, uma alta de US$ 1,48 sobre o preço de quinta-feira. A valorização acumulada no último ano chega a 40%.
Apesar de ser o recorde nominal para o preço do barril, descontada a inflação o valor continua 20% abaixo do verificado durante a crise do petróleo de 1979.
Além dos seguidos anos de crescimento da economia mundial, que aumentam a demanda por combustíveis, o petróleo tem se valorizado por motivos geopolíticos.
O temor de que a insistência do Irã em manter seu programa enriquecimento de urânio apesar das pressões da comunidade internacional leve a um ataque ao segundo maior produtor de petróleo da Opep tem sido o principal responsável pelos aumentos de preços.
Ontem, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou a jornalistas brasileiros que se os EUA atacarem o Irã, o petróleo pode chegar a US$ 100 o barril.
Além disso, problemas na produção da Nigéria também geram intranqüilidade sobre a oferta mundial da commodity. Os atentados que ocorreram no país nos últimos meses têm feito crescer o temor sobre segurança no país.
Os ataques fizeram a produção petrolífera nigeriana cair em 20% nos últimos meses. A Nigéria é o principal exportador africano de petróleo e é o quinto maior fornecedor do produto para os EUA.
Agentes de mercado já especulam que pode haver escassez de gasolina nos EUA durante o verão, quando os americanos costumam aumentar o consumo em viagens. Os estoques de gasolina do país já estão no menor nível desde novembro.
As refinarias americanas também têm permanecido mais tempo em manutenção neste ano devido a estragos gerados pelo grande número de furacões que atingiram o sul do país em 2005.
A expectativa é de que o preço da commodity continue a subir até que haja alguma definição no cenário de crise no Irã. No médio prazo, um eventual aumento de reservas nos EUA aliviaria um pouco a pressão sobre as cotações, mas, segundo analistas, o preço deve continuar acima dos US$ 70 por algum tempo.
Com agências internacionais
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