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05/05/2006
-
12h20
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
Se havia tensão entre a Bolívia e o Brasil devido ao decreto de nacionalização das reservas bolivianas de petróleo e gás natural, o mal-estar foi desfeito após a reunião entre os presidentes do Brasil, da Argentina, da Venezuela e da Bolívia, segundo a imprensa e o presidente do país vizinho.
O site do jornal boliviano "El Deber" afirma que a declaração conjunta emitida pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner, Hugo Chávez e Evo Morales "marcou o início de uma nova etapa e encerrou um capítulo de tensões exaltadas nos últimos dias pelos interesses" dos quatro países.
"Nesse sentido, tanto Morales quanto Lula se encarregaram de pôr panos quentes sobre as seqüelas das declarações feitas por executivos da Petrobras e do próprio mandatário boliviano", referindo-se às declarações do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, de que não haverá mais investimentos da empresa na Bolívia, e de Morales, que afirmou que a posição da Petrobras seria "chantagem".
O diário boliviano "La Prensa" afirma que Morales conseguiu que o Brasil mantenha seus investimentos no setor petrolífero do país apesar do decreto de nacionalização. Em entrevista concedida por Morales ontem, ao voltar de Puerto Iguazú (Argentina), onde ocorreu a reunião presidencial, ele destacou "o compromisso do mandatário do Brasil de sustentar os investimentos brasileiros no país, contradizendo a posição da Petrobras". "Lula está acima da Petrobras, e isso é o que nos interessa", disse Morales, segundo o diário.
Já o jornal "Opinión" foi mais cauteloso: "Lula, cujo país foi o mais afetado pela nacionalização dos hidrocarbonetos, voltou a descartar uma crise diplomática com a Bolívia, mas evitou responder se irá influenciar para reverter a decisão da Petrobras de suspender investimentos em solo boliviano".
Preços
Parte da imprensa boliviana, no entanto, foi menos entusiasta, ao lembrar que ainda há a fase de negociação de preços antes de dizer que a nacionalização foi um sucesso.
O site do jornal boliviano "El Diario" lembra que na reunião presidencial de ontem ficou decidido que Morales irá negociar o preço do gás natural com o Brasil e a Argentina --maiores compradores do gás boliviano-- em encontros bilaterais.
Já o diário "Correo del Sur" destaca que Morales recebeu respaldo de seus colegas sul-americanos, mas ainda não ficou claro como será tratada a questão dos preços do gás ou a situação das empresas petrolíferas no país. "As situações das empresas estrangeiras, como a Petrobras ou a Repsol (...) foram tratadas de forma marginal ou diretamente ignoradas."
O site do diário "Los Tiempos" afirma que Lula, "a quem o conflito" com a Bolívia "surpreendeu em plena campanha por sua reeleição", evitou comentar as declarações de Morales sobre a "chantagem" da Petrobras.
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da Folha Online
Se havia tensão entre a Bolívia e o Brasil devido ao decreto de nacionalização das reservas bolivianas de petróleo e gás natural, o mal-estar foi desfeito após a reunião entre os presidentes do Brasil, da Argentina, da Venezuela e da Bolívia, segundo a imprensa e o presidente do país vizinho.
O site do jornal boliviano "El Deber" afirma que a declaração conjunta emitida pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner, Hugo Chávez e Evo Morales "marcou o início de uma nova etapa e encerrou um capítulo de tensões exaltadas nos últimos dias pelos interesses" dos quatro países.
"Nesse sentido, tanto Morales quanto Lula se encarregaram de pôr panos quentes sobre as seqüelas das declarações feitas por executivos da Petrobras e do próprio mandatário boliviano", referindo-se às declarações do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, de que não haverá mais investimentos da empresa na Bolívia, e de Morales, que afirmou que a posição da Petrobras seria "chantagem".
O diário boliviano "La Prensa" afirma que Morales conseguiu que o Brasil mantenha seus investimentos no setor petrolífero do país apesar do decreto de nacionalização. Em entrevista concedida por Morales ontem, ao voltar de Puerto Iguazú (Argentina), onde ocorreu a reunião presidencial, ele destacou "o compromisso do mandatário do Brasil de sustentar os investimentos brasileiros no país, contradizendo a posição da Petrobras". "Lula está acima da Petrobras, e isso é o que nos interessa", disse Morales, segundo o diário.
Já o jornal "Opinión" foi mais cauteloso: "Lula, cujo país foi o mais afetado pela nacionalização dos hidrocarbonetos, voltou a descartar uma crise diplomática com a Bolívia, mas evitou responder se irá influenciar para reverter a decisão da Petrobras de suspender investimentos em solo boliviano".
Preços
Parte da imprensa boliviana, no entanto, foi menos entusiasta, ao lembrar que ainda há a fase de negociação de preços antes de dizer que a nacionalização foi um sucesso.
O site do jornal boliviano "El Diario" lembra que na reunião presidencial de ontem ficou decidido que Morales irá negociar o preço do gás natural com o Brasil e a Argentina --maiores compradores do gás boliviano-- em encontros bilaterais.
Já o diário "Correo del Sur" destaca que Morales recebeu respaldo de seus colegas sul-americanos, mas ainda não ficou claro como será tratada a questão dos preços do gás ou a situação das empresas petrolíferas no país. "As situações das empresas estrangeiras, como a Petrobras ou a Repsol (...) foram tratadas de forma marginal ou diretamente ignoradas."
O site do diário "Los Tiempos" afirma que Lula, "a quem o conflito" com a Bolívia "surpreendeu em plena campanha por sua reeleição", evitou comentar as declarações de Morales sobre a "chantagem" da Petrobras.
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