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09/05/2006 - 14h19

Tensão sobre crise nuclear no Irã leva petróleo de volta aos US$ 71

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

Depois de fechar ontem no patamar de US$ 69, o preço do petróleo voltou a cruzar a marca de US$ 71 nesta terça-feira, ainda devido aos temores de que a tensão sobre a crise nuclear no Irã possa levar a problemas no fornecimento da commodity para o mercado mundial.

Às 13h45 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em junho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 70,80 (alta de 1,48%), mas pela manhã chegou a US$ 71,40.

A queda de ontem se deveu principalmente aos reflexos positivos do aumento nas reservas de gasolina americanas, informada na semana passada pelo Departamento de Energia, e pela carta enviada pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao presidente norte-americano, George W. Bush, na qual fala em encontrar "novos caminhos" para problemas mundiais --sem tratar diretamente da crise nuclear.

A mensagem da carta foi entendida pelos investidores como um sinal de que a crise nuclear poderia estar perto de uma certa distensão. Hoje, no entanto, os EUA rejeitaram a carta, por "não resolver a preocupação internacional sobre a segurança", gerada pelas atividades nucleares do Irã.

O temor no mercado é de que o Irã possa responder a eventuais sanções impostas pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) com restrições a suas exportações de petróleo --e o país é o segundo maior exportador da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Devido à tensão causada pelos atritos entre o Irã e os EUA, além do Reino Unido, da França e de outros países ocidentais, sobre o programa iraniano de enriquecimento de urânio, o preço do barril chegou a passar dos US$ 75 em abril.

As reservas americanas de gasolina também preocupam devido à proximidade do verão: o aumento do consumo pode exceder a capacidade de suprir o mercado, forçando importações do produto --e as refinarias americanas, localizadas principalmente no sul do país, ainda não se recuperaram plenamente dos estragos causados no ano passado, com a passagem de furacões na região.

A expectativa dos analistas quanto ao relatório de estoques do departamento americano, a ser divulgado amanhã, é de que tenha havido um novo crescimento de reservas, o que deve fazer o preço ter um ligeiro recuo.

Com agências internacionais

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