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08/06/2006
-
14h46
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A ausência de propostas da TAM, da Gol e de outras empresas aéreas no leilão da Varig realizado hoje no Rio de Janeiro foi uma aposta no fracasso do leilão e na falência da empresa, segundo avaliação do presidente da Infraero, Brigadeiro José Carlos Pereira.
Segundo ele, provavelmente essas companhias preferiram investir no próprio crescimento, diante de uma possível ausência da Varig no mercado, do que numa operação de risco, que seria a compra da Varig. Esse risco estaria relacionado principalmente ao possível arresto de aeronaves, que será julgado pela Corte de Nova York no próximo dia 13.
"Se [a Varig] quebra [o mercado] cai no colo de alguém de graça, sem precisar comprar", disse José Carlos à Folha Online.
Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra. TAM, Gol, OceanAir e Céu Azul (do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) chegaram a se credenciar para apresentar propostas, mas não fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leilão realizado hoje.
O brigadeiro, que se disse "preocupado" com os desdobramentos da crise da empresa, afirmou que resta à Infraero, credora da companhia, apenas "rezar".
Segundo ele, a única oferta de compra da empresa (US$ 449 milhões), do grupo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), já havia sido recusada pelos credores anteriormente porque não é suficiente para abater a dívida e o aporte seria consumido rapidamente para a operação da empresa.
A Justiça, no entanto, terá 24 horas para analisar a oferta e decidir se é válida. Após o leilão, o juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida do caso, elogiou o TGV, mas não descartou decretar a falência da Varig caso a proposta seja invalidada.
O grupo também terá que provar ter condições de garantir esses pagamentos e também de fazer o aporte necessário para dar continuidade aos vôos da empresa.
"A primeira grande lei do mercado diz que as pessoas compram pelo preço mais barato. Na verdade [a falta de interessados no leilão] não causa surpresa, mas angústia. Está na mão de um juiz. Que vai ver se existem recursos para bancar e manter empresa viva. Estou muito preocupado como cidadão", afirmou.
A Infraero, estatal que tem créditos de aproximadamente R$ 525 milhões com a Varig, já pediu providências ao Ministério Público Federal acusando a companhia aérea de apropriação indébita de valores.
Segundo a estatal, a Varig estaria retendo R$ 28 milhões em taxas de embarque pagas pelos passageiros, que deveriam ser repassadas quinzenalmente à estatal.
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da Folha Online, em Brasília
A ausência de propostas da TAM, da Gol e de outras empresas aéreas no leilão da Varig realizado hoje no Rio de Janeiro foi uma aposta no fracasso do leilão e na falência da empresa, segundo avaliação do presidente da Infraero, Brigadeiro José Carlos Pereira.
Segundo ele, provavelmente essas companhias preferiram investir no próprio crescimento, diante de uma possível ausência da Varig no mercado, do que numa operação de risco, que seria a compra da Varig. Esse risco estaria relacionado principalmente ao possível arresto de aeronaves, que será julgado pela Corte de Nova York no próximo dia 13.
"Se [a Varig] quebra [o mercado] cai no colo de alguém de graça, sem precisar comprar", disse José Carlos à Folha Online.
Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra. TAM, Gol, OceanAir e Céu Azul (do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) chegaram a se credenciar para apresentar propostas, mas não fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leilão realizado hoje.
O brigadeiro, que se disse "preocupado" com os desdobramentos da crise da empresa, afirmou que resta à Infraero, credora da companhia, apenas "rezar".
Segundo ele, a única oferta de compra da empresa (US$ 449 milhões), do grupo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), já havia sido recusada pelos credores anteriormente porque não é suficiente para abater a dívida e o aporte seria consumido rapidamente para a operação da empresa.
A Justiça, no entanto, terá 24 horas para analisar a oferta e decidir se é válida. Após o leilão, o juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida do caso, elogiou o TGV, mas não descartou decretar a falência da Varig caso a proposta seja invalidada.
O grupo também terá que provar ter condições de garantir esses pagamentos e também de fazer o aporte necessário para dar continuidade aos vôos da empresa.
"A primeira grande lei do mercado diz que as pessoas compram pelo preço mais barato. Na verdade [a falta de interessados no leilão] não causa surpresa, mas angústia. Está na mão de um juiz. Que vai ver se existem recursos para bancar e manter empresa viva. Estou muito preocupado como cidadão", afirmou.
A Infraero, estatal que tem créditos de aproximadamente R$ 525 milhões com a Varig, já pediu providências ao Ministério Público Federal acusando a companhia aérea de apropriação indébita de valores.
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